Capítulo 8

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Pov Kim Jisoo

Fim de semana havia finalmente chegado e eu tinha uma promessa, iria visitar os meus pais em Busan. Chaeyoung aproveitou que eu iria para a Coréia e também resolveu visitar seus pais que moravam em Seul, no fim das contas acabamos viajando na sexta-feira após o horário de trabalho, mesmo que o meu trabalho não tem um tempo predeterminado para se dar uma pausa, meu celular sempre irá tocar fora de hora, seja por um assunto urgente ou seja para algo de menor importância.

Durante o voo aproveitei para descansar e dormir o máximo que eu poderia, assim quando chegasse em casa poderia ficar o maior tempo possível com meus pais e meu irmão. O voo parou em Seul e eu me despedi de Chaeyoung, desejando que ela aproveitasse esse tempo com a sua família. A segunda parada foi em Busan, a cidade onde meus pais estavam morando ha alguns anos.

Quando saio do avião percebo alguns fotógrafos e repórteres perto, olho para trás e vejo uma atriz conhecida na Coréia, provavelmente pegou o mesmo voo que o meu, continuo o meu caminho quando alguém me para.

- Kim Jisoo, como está a situação da guerra entre Israel e Irã? Alguma previsão para cessar fogo? - Eu fiquei surpresa, porque vamos lá secretária geral da ONU não seria facilmente reconhecida em qualquer lugar.

Respirei fundo e olhei para o rapaz.

- Estamos em negociação e espero que o mais breve possível. Estamos lutando por paz e um acordo internacional entre ambas as partes. - Dito isso, fiz o meu caminho mais rápido para o primeiro táxi.

Mas infelizmente após o repórter me reconhecer, outros começaram a me seguir. Qual é pessoal, tem uma atriz famosa, vão perseguir ela. Ainda bem que consegui entrar no táxi e pedi para ela sair o mais de pressa possível, deixando os repórteres perguntando coisas que infelizmente eu não poderia responder.

- Você é alguma famosa? - Perguntou o motorista.

- Eu? Não, eu sou apenas uma cidadã comum. Provavelmente me confundiram com alguma atriz. - Ele fez um sinal que concordava com o meu pensamento.

- Sim, pode ser isso mesmo. Com todo respeito, a senhorita é muito bonita. Poderia ser uma modelo ou atriz. - Disse o senhor sendo simpático ao meu ver, sorri e não falei mais nada.

Durante o percurso para a casa dos meus pais fui imaginando como seria uma vida com um emprego comum ou sei lá, ter mais tempo para está com meus pais. Mas mesmo assim eu amo o que eu faço e eu só preciso administrar melhor o meu trabalho e tempo.

Chegando na casa dos meus pais eles estão me esperando na porta da frente com um sorriso enorme no rosto, involuntariamente sorrio de volta. Que saudade de está pertinho dos meus velhos, desço do carro e corro para os braços dos meus pais.

- Mama, pai... Que saudade. - Falo apertando eles.

- E eu? Não sente saudades? - Meu irmão cruza os braços e fingi está chateado e eu puxo ele para um abraço apertado.

- Tia Jichu... - Minha sobrinha corre ao meu encontro.

- A família está completa. - Eu brinco e abraço minha cunhada.

Entrei em casa acompanhada da minha família, minha sobrinha puxava minha mão para sentar no chão da sala, porque ela queria mostrar os novos brinquedos que havia ganhado do seu pai. Sorri para meus pais e olhei para eles como quem diz "desculpem, mas preciso da atenção a nossa pequena", minha mãe foi colocar a mesa do jantar juntamente com a minha cunhada.

Meu irmão falava de futebol com meu pai e eu estava conhecendo cada boneca que Mina tinha e no meio de um monólogo sobre Barbies eu não resisto e pego minha sobrinha no colo abraçando fortemente. Ela era uma fofa e eu estava com tantas saudades.

- Tia por que você demorou a vir me ver? - Seu tom estava um pouco chateado e eu entendo a minha pequena.

- Eu estou com muitos trabalhos para fazer, mas tia promete vir mais vezes. - Bom, eu tenho que organizar o meu tempo e tentar passar o máximo de tempo com a minha família, afinal minha sobrinha está crescendo.

- Eu trouxe um presente para você. - Disse indo buscar a minha bolsa e tiro de lá um livro de princesas e um coelho de pelúcia.

- Olha que divertido esse livro. - Conforme eu folheava as páginas o cenário ficava em 3D, montando florestas, palácio, personagens.

- Uau que lindo tia Jichu... Obrigado. - Mina me abraça.

Será que Jennie também tem sobrinhos? Ela parece ser alguém tão solitária. Quem hoje em dia não tem redes sociais? Que loucura. Até eu tenho twitter, óbvio eu preciso ficar bem informada. Enfim...

- Tia chu?

- Oi princesa?

- O que está pensando? Eu estou chamando você. - Disse a pequena segurando meu rosto com suas mãozinhas.

- Em quem chega primeiro na cozinha. - Disse correndo para cozinha e Mina vem atrás, óbvio que eu deixo ela vencer a corrida.

Pego alguns morangos na geladeira e lavo colocando em uma tigela, pego Mina no colo e colo ela sentada na ilha da cozinha enquanto nós duas observamos as outras duas mulheres terminando de colocar a mesa.

- Tem espaço aí para o jantar? - Pergunto a pequena.

- Vovó fez comidas deliciosas. - Disse Mina batendo na barriguinha, provavelmente você poderia imaginar que Mina era sobrinha de chaeyoung, elas amam comer.

Mamãe chamou todos para a mesa e assim sentamos e conversamos sobre assuntos aleatórios, meu irmão falava da sua empresa e sua esposa estava muito orgulhosa, meus pais falavam de uma viagem em família no verão coreano, eu gostaria de fazer planos, mas infelizmente minha agenda é lotada até perder de vista, falo sobre as minhas experiências, contei que tinha conhecido uma das embaixadoras da Coréia.

- Eu já ouvi falar da senhorita Kim. É uma mulher muito boa, inteligente e madura para a sua idade. - Comentou o meu pai que está sempre assistindo as reportagens do mundo a fora pela CNN.

- Recentemente a Coréia e a China assinaram um acordo, para tirar as crianças da zona de extrema pobreza, há muito trabalho escravo infantil na Ásia. - Eu continuo o assunto até que percebo, faz tanto tempo que não vejo eles e ainda assim estou falando de trabalho. Então resolvi ouvir mais do que falar.

Eu realmente estava com saudade de casa, saudade da comida da minha mãe, saudade de ouvir as conversas sobre futebol do meu irmão e as histórias do meu pai quando saía para pescar e Obviamente as mentiras sobre os grandes peixes que ele pegava e nunca se quer havia chego em nossa casa.

Eu sei que eu amo meu trabalho, mas eu também amo muito a minha família e me esforcei muito para dar o melhor para eles e ver que eles estão bem e que estão felizes, fez todo meu esforço vale a pena.

Continua...

Vai Jisoo - JensooOnde histórias criam vida. Descubra agora