Um tempo de tédio

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Pov: Narrador on (eu ia colocar na visão do Douma, mas eu fui burra e fiz narrador e só percebi na metade do capítulo)

O loiro se via em seu quarto novamente, se perguntava o por quê, bom, quem liga né, Douma olhava os arredores e pensou: "se for de noite devo ter um tempo pra passear".

Dito e feito, havia anoitecido e Douma perambulava pelos corredores do seu culto, até que via uma porta, muito maior do que as demais, o motivo? Ali residia seu jardim, onde tal lua olhava cada uma de suas flores que foram bem cultivadas e cuidadas até murcharem, quando ocorria, Douma tinha costume de prensa-las em livros para secá-las e as colecionar.

Mas algo chama atenção, uma bela flor, era nova ali, na qual ainda não havia sabido da chegada, a observava lembrando do exemplo que Muzan havia dado, estava óbvio, era com certeza o lírio tão almejado por seu mestre, mas curiosamente, Douma não pensava em agradá-lo com a flor, se perguntara o por quê, e já sabia a resposta, ele sabia que se entregasse a flor pra muzan, ninguém ficaria vivo, ele os mataria, claro, seriam inúteis, então chegou à conclusão de apenas deixar ali, Muzan não saberia, ele não gosta de ler a mente de Douma, por se preservar de traumas, e por isso também não vai em seus aposentos, então não tem como saber.

— Escutem todos, por favor meus criados, se Akaza vir até este jardim, o impeça, se não, retirem esta flor daqui, Akaza não gosta dela, ela o faz mal, eu agradeço de antemão! — Bastava aquela mentira para deixarem a pequena muda que estava lotada daquela flor em uma estufa de cor escura, aberta quando Akaza não estivesse lá, e fechada quando entrasse.

Douma dava as costas a flor, em direção ao final do jardim, nisto, pegava uma flor, uma papoula vermelha, iria seca-lá naquele momento, assim, se pôs a voltar para seu quarto. Ia em passos largos e lentos, assim chegara em sua porta, era alta, mais de 3 metros e era larga também, feita do Carvalho mais puro que puder imaginar, então dá para saber que é pesada, o loiro abre sem dificuldades e adentra o seu cômodo, usava o tal para conversar com os fiéis e criados que quisessem o venerar.

Ele ia até uma grande estante de livros, não que tenha lido algum, o único que leu era de terror, sobre um massacre em uma vila, ele pega este exato livro, o abre e enfia a flor ali, coloca o objeto deitado e o prensa com outros livros por cima e se senta para atender alguns fiéis antes de seu culto iniciar.

...(Quebra de tempo por que não é necessário de fazer isso)

Com o culto terminado, Douma se esparrama nos pufs e olha com uma cara de preguiça pra cima, tinha tédio, se perguntava o que faria agora, até que o biwa da Nakime tocou, revelando Kaigaku que o olhava com uma feição de animação.

— Oi oi Douma-sama! Eu vim pra saber aquela fofoca! — Ele já se senta na cama. — Pode ir já contando! —

— Puxa vida kaizinho, eu até contaria, mas não sei se posso... — O loiro finge confusão e o moreno o olha feio.

— Deixa de boiolisse homem! Akaza e Kokushibo provavelmente também falam sobre isso um com o outro. —

— Sério? Se bem que faz sentido, eles sempre tiveram aquela amizadezinha. — Douma fala colocando suas mãos no colo e Kaigaku observa o quarto.

— Uau! Aqui é lindo! Você é muito organizado! — Fala Kaigaku admirando o quarto.

— Ah! Muito obrigada! Mas antes de eu começar a fofocar, quer alguma coisa? Tipo chá, café, sangue? — Douma oferece e sem escutar a resposta ele já levanta e vai chamar um criado. — Ei! Você! Pode me fazer um favor, tenho um amigo meu no quarto, e quero que ele tenha algo para comer, acho que pode ser um chá com biscoitos. Obrigada! — O criado sai correndo fazer a tarefa, em quanto Kaigaku que observava de longe boquiaberto com aquilo.

O criado logo voltara com um copo de chá e biscoitos em uma tábua, ele a entrega a Douma e o oni entra novamente no seu quarto, fecha a porta e anda em direção a Kaigaku.

— Aqui está, eu não sei se você gosta mas decidi adivinhar! — O loiro coloca a tábua na cama e se senta ao lado.

— Ah, eu gosto sim, obrigado! Mas sobre hoje mais cedo, o que aconteceu? — Kaigaku pegava um dos biscoitos da tábua e falava de boca cheia.

— Bom, a gente quase transou, só isso, infelizmente! — Douma disse sem devaneios comendo biscoitos junto.

— Ué, porquê vocês não transaram? — O moreno perguntava arqueando uma sobrancelha.

— É por que mestre Muzan nos chamou para a reunião, falando nisso, sobre o que será que ele falou com Akaza? — O superior perguntava em quanto pegava o chá e dava um longo gole, no qual acabara de se queimar mas se regenerou.

— Sinceramente eu não sei, talvez tenha ordenado a não ter nada com você! —

— Mas porque ele faria isso? Já que você e Kokushibo também fizeram e ele não disse nada não é? — O louro pensava que seria muito triste isso acontecer, afinal, ele queria possuir o rosado a muito tempo.

— Olha, pra mim ele não falou nada! Mas talvez para Kokushibo-sama ele tenha dito algo. — Kaigaku ouve uma voz na sua cabeça dizendo que deveria ir a uma missão com Gyokko, sabia que não ia dar bom, mas era uma ordem de Muzan, não tinha o que fazer. — Vish, agora fodeu mesmo... —

— O que aconteceu? — Douma já arregalou os olhos curioso e enfiou na boca o último cookie.

— Vou em uma missão com o Gyokko, tô fodido! — Falava o moreno se arrumando e limpando a boca que estava cheia de farelos.

— Talvez literalmente né... — O louro dava risada em quanto Kaigaku enchia ele de tapas.

— EU NÃO FARIA NADA DO QUE EU FIZ DE NOVO! —

— Quem disse que eu falei de Gyokko? Vai ver o Koku-dono é ciumento! — Se defendia o oni de olhos arco-íris, Kaigaku o olha e parece ficar calmo, nesta mesma hora é teleportado por Nakime.

Douma pensava que era uma pena, queria fofocar mais com Kaigaku, mas não pensou muito sobre isso, desejava deitar-se e adormecer, correu para o banheiro e fez sua higiene, colocou a tábua já vazia na mesinha ao lado e deitou, não demorando muito para dormir como uma pedra.

Pov: Narrador off

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