》Demorei? Sim! Devo explicações, claro. Para quem não sabe, minha primeira obra é "O Beijo da Fada", um romance mais fofis. Ele está em reta final, para então ser retirado, revisado, diagramado e publicado! E em físico! Por isso tenho dedicado meu pouquíssimo tempo de sobra nele!! Mil perdões se essa e outras obras ficaram congeladas! Mas aos poucos, voltarei. E, parabéns!! Alcançamos 900 votos, como pedi anteriormente e vocês atenderam! Fiquem agora com três novos e deliciosos capítulos 😉.
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— Sim. Esse era o nome dele. O nome horrível que o deram, para controla-lo. — O sorriso de Lucia acabou, enquanto suas mãos se fechavam em punhos sobre o colo. Os pensamentos que rondavam sua mente não deveriam ser nada bons. — Quer uma dica, Cassiane? Não chame os androids pelo nome de fábrica. Isso nunca traz boas memórias a eles. Se Attor lhe disse seu nome, use-o. — Seu tom foi forte, mas não autoritário ou irritado como de vezes anteriores.
— Qual era o nome que ele escolheu?
— Advinha? — A mulher abaixou a cabeça, como se não pudesse olhar para mim.
— Dourado? — Minha sugestão fez um riso arrogante sair dela.
— Ele estava aprendendo inglês. — Sua mão subiu rapidamente para limpar algo em sua face. O que presumir ser uma lágrima. — E quando descobriu que eu gostava de sua cor, se auto proclamou...Golden. — Ao levantar a cabeça, o nariz da mulher estava vermelho, assim como seus olhos. — Uma coisa tão simples não deveria ter feito eu me apaixonar por ele, não é? Mas foi o que aconteceu. — Lucia parecia desolada com o que contava, como se a qualquer momento pudesse correr desesperadamente atrás do android AB001.
— Henry...descobriu? — Perguntei devagar, tentando não deixa-la pior com aquele sentimento ou suas dolorosas lembranças.
— Da pior forma, mas sim. Entretanto, ja faziam pelo menos três anos que me encontrava com Golden as escondidas, no porão. Descobri que ele foi o primeiro android a ser criado, entre todos, com o "ingrediente secreto" do meu marido. Mas graças a sua pureza e gentileza, eles o descartaram e o deixaram trancado lá.
— Por que ele não fugiu? — Afinal, era um android. Se era necessário criar um tipo de metal novo como Prozzano para conseguir aguentar os androids, eles tinham de ser realmente fortes.
— Golden não possuía informações como hoje em dia. Na verdade, Attor foi o primeiro android a ter uma vasta biblioteca de informações em seu programa, graças a função de baixar sozinho novas atualizações. — Então AB001 provavelmente só seguiu a ordem dada por Cinthia, como uma criança sem conhecimento. — Ele apenas pensou que era melhor obedecer. E para onde iria se fugisse?
— Eu...sinto muito, Lucia. — A mulher fungou, sem olhar para mim, limpando a ponta de seu nariz, conforme uma lágrima fugitiva escapava de seus olhos.
— Não. Eu que sinto, Cassi. Não deveria estar te tratando tão mal, mesmo sabendo de sua situação delicada. Tudo aqui deve ser assustador para você. — Ela se levantou, abrindo a porta devagar e retirando ao detrás da parede, no corredor. Ao retornar, a mulher deixou um presente muito agradável em meu colo. — Tome. Achei na sala em que permaneceu presa com Attor.
— Minha bolsa! — Peguei o objeto como se fosse minha vida e o abracei, sem nem pensar. Logo depois abri, procurando pelo meu bem mais precioso e encontrando o celular com pouca bateria, mas funcionando. — Obrigada! Pensei que tinha perdido.
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Minha Bela Criação - Trilogia Androids Que Amam
Storie d'amoreCassiane é uma artista renomada, conhecida por suas esculturas que encantam pela beleza e vida que parecem transmitir. Após se tornar uma sensação mundial com suas obras inovadoras, ela é contratada pela empresa de Henry Lakúsvy, especializada na cr...