Minha Bela Criação - Trilogia Androids Que Amam

Capítulo 26

∆ Cadê meus comentaristas? To esperando ler alguma coisa sobre a reação de vocês nessa obra meu povo! Preciso saber o que estão sentindo! Saber o que estão entendendo! Amo seus comentários ♥️☺️

...

— Onde...onde...onde o que mesmo? — Eu só esqueci que era péssima mentirosa.

— Onde estava? — Ele tinha curiosidade pura, enquanto sua voz robótica chegava aos meus ouvidos. Meus olhos pararam em seu pescoço e fiquei pensando se ali tinha uma traqueia de verdade. — Cassi? — Voltei minha atenção para os olhos neons do meu android.

— Ah...eu estava...passeando pelos corredores.

— Passeando? É...você faz muito isso. — Ele pareceu parar por um momento, como se pensasse no meu jeito e nas vezes em que sai para curiar pela empresa. — Mas não fique longe de onde meus olhos possam te ver.

— Seus olhos? — Olhei para a câmera no corredor, atrás dele e sai do elevador. — Attor...— Algo passou pela minha mente, uma ideia, pouco ou muito provável. Depois de ler aqueles documentos, sentia que não sabia de nada e que tudo poderia ser possível. —...você pode controlar as câmeras? Como se fossem seus olhos?

— Você está entendendo as coisas mais rápido. Isso é muito bom. Sei que não é chegada a tecnologia, mas fico feliz que esteja aprendendo mais de nós. — Eu me virei com sua quase afirmação, assustada.

Então não poderia bobear naquele corredores e mostrar a fita ou documentos em minha calça. Se quisesse saber mais, precisaria tomar cuidado e ir até a sala de Lucia algumas vezes. Mas quando me virei, senti meu coração derreter ao observar o rostinho jovem e inocente de Attor. Me senti mal por esconder tais coisas dele, mas ainda queria descobrir outras coisas. Conhecendo meu querido android, ele não me deixaria vasculhar informações que pudessem me manter dele ou que me fizessem sofrer.

— Então tenho um stalker comigo? — Seus olhos acenderam uma luz azulada rapidamente e de maneira intensa, para então voltarem ao normal, como se por um momento eu tivesse mexido profundamente em suas emoções.

— Você não gosta de ser observada por mim?

— Não diria que não gosto, mas privacidade é importante.

— Apenas mantenho uma certa vigia, não observo quando precisa se arrumar ou usar o banheiro, muito menos quando está fazendo algo mais privado. Apenas quero garantir sua segurança e depois...— Ele pensou no que diria por alguns segundos. —...daquele incidente com os montadores, não quero lhe dar a chance para se machucar de novo. Mas é só isso. Não pretendo prende-la ou...

— Shh. — Coloquei um dedo em seus labios brancos e macios. — Já entendi, foi uma brincadeirinha.

— Não me assuste assim. — Ele falou em um tom divertido, e então riu assim que viu o meu sorriso. Era uma sensação incrível saber que aquela arma, capaz de invadir sistemas, burlar leis de programação e controlar aparelhos, era completamente minha e faria tudo que eu quisesse. Mas também me sentia triste de que ele havia recebido todas aquelas habilidades provavelmente de maneira tão dolorosa quanto os outros ou até mais. Ainda não entendia o que androids, o liquido verde e humanos tinham haver, mas não me parecia algo tranquilo.

— Me procurava por que?

— Não pude te levar para o encontro, naquele dia. — Depois de pensar, lembrei da noite que fiquei em claro realizando modificações no rosto de Magnus e lembrei do convite para um encontro noturno que Attor havia preparado para mim. — Inclusive, tenho alguns pedidos para você, se estiver disposta a faze-los, claro. O rosto que fez está chamando atenção.