11 - Diga Algo

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- Puta que pariu.

Duas coisas preocupavam Tzuyu naquele momento. 1) Ela não sabia onde estava, mas era o lugar mais assustador em que já esteve, dormindo ou acordada e 2) Mina estava deitada no chão com uma quantidade preocupante de machucados. E ela não poderia fazer nada porque não estava ali de verdade. Estava apenas se projetando enquanto dormia.

O reino estava um caos, Mina sumira há três dias e ninguém a encontrava. Akira e Sachiko estavam furiosos e deprimidos, e não descartavam a possibilidade de Mina ter fugido. As oito, no entanto, sabiam que Mina não fugiria, então tentaram a encontrar a todo custo. Jihyo imediatamente usara o fone e recebeu apenas três (ou seriam quatro?) palavras: Amaterasu, escuro, quase-morte. E nada além disso. Os ponteiros da bússola estavam invisíveis. Sana tinha parado de sentir Mina. A magia de localização de Tzuyu e Chaeyoung não conseguira nada. Estava tudo uma bagunça.

Então, Tzuyu não esperava que naquela terceira noite seu espírito a levaria àquele lugar, que era onde Mina se encontrava desacordada, fosse ele qual fosse. Foi quando ouviu passos. Nayeon estava lá, segurando sua arma.

- Tzuyu?

Tzuyu piscou algumas vezes de antes de responder.

- Eu tô quase me acostumando com tudo de estranho que acontece na nossa vida. Como trouxe isso?

- Imaginei que o apanhador de sonhos funcionaria assim também, então dormi com ela na mão. Desde que Mina sumiu tenho tentado achar ela por sonho, como fazia antigamente. Acho que consegui. E acho que posso levá-la de volta.

- Eu não posso fazer nada fisicamente, então só vou te dar apoio moral. E espero que esteja tendo uma boa noite de sono.

- Está maravilhosa. Te desejo o mesmo.

Riram e Nayeon se aproximou de Mina.

- Vamos, Mina, diga algo, acorde.

- Não é muita audácia que toquem em minha serva sem que eu permita?

A voz assustou ambas as meninas que pararam em seus lugares. Minha serva? Quem será que...

- Amaterasu - O nome saiu pela boca de Tzuyu assim que a consciência a atingiu e ela se ajoelhou. Nayeon pareceu confusa mas fez o mesmo. - Peço perdão. Não sabíamos de nada e estamos preocupadas com nossa amiga. Os pais dela também estão.

Tzuyu sabia que, se pudesse ver Amaterasu, a deusa estaria revirando os olhos naquele momento.

- Avisem a todos que ela está comigo e que está bem. Não deixarei que morra. Mas ela precisa passar por isso pra fortalecer-se.

Aposto que foi com ela que Jinyoung aprendeu tudo que sabe sobre ensinar a crianças.

Sabendo que não valia a pena discutir com a divindade mais poderosa de todo o Japão, Tzuyu permaneceu de joelhos e cabeça baixa.

- Certo. Avisaremos.

- Com todo respeito, - Nayeon começara a falar - que lugar é esse? E o que está acontecendo com ela?

Um suspiro foi ouvido.

- Este é o lugar oposto à minha existência. Mina precisa entender minha importância para usar minha magia de verdade. Precisa entender o próprio dom também.

- Mas...

- Adeus.

Em um flash, Tzuyu estava acordada e foi jogada no chão do seu quarto.

01 de Novembro

Jeongyeon não tinha nenhuma vontade particular de comemorar o aniversário sem Mina, mas, por ironia do destino, Mina retornou sã e salva na hora do almoço. Muito conveniente.

Não Posso Me Parar (Ato 2) - TWICE AUOnde histórias criam vida. Descubra agora