Momo não enxergava pessoas. Enxergou Dahyun bem, mas de resto, eram apenas manchas que ela via como inimigos. Conseguia se segurar para não atacar ninguém, mas sentia sua consciência indo embora e queria atacar. Uma mão tocou seu ombro, ela pegou o braço e jogou a pessoa longe. Precisava ficar sozinha ou mataria. Uma voz a chamou. Parecia... qual era o nome mesmo?
- Momo!
- Longe.
Momo não podia ver quem era, mas o cheiro era familiar. Por isso pediu que a pessoa ficasse longe. Como não foi ouvida, Momo atacou. A pessoa se defendeu, e Momo sentiu um corte, mas não doeu. Se jogou em cima da figura e desferiu socos, se sentiu sendo atacada também, mas não importava, não pararia. Em uma abertura da oponente, a pegou pelo pescoço e apertou.
Foi quando Momo sentiu todos os músculos do seu corpo doloridos como se alguém batesse neles com um pedaço de madeira. Alguém a levitava pelo ar.
- Momo. Eu não ligo pro seu estado. Se encostar em Sana mais uma vez, eu vou te matar, aqui e agora.
Sana? Eu conheço esse nome... e essa voz...
Momo foi jogada no chão e tentou ir atrás da voz que a repreendera. Viu a mancha que deveria ser essa pessoa e tentou atacar, mas fora jogada longe mais uma vez. Dahyun apareceu em sua frente.
- Já chega, Tzuyu!
- Ela quase matou Sana!
Todos aqueles nomes embaralhavam a cabeça de Momo junto com os cheiros. Ela parou, encarando Dahyun.
- Momo, me deixe te dar isso, por favor.
Momo não se moveu. Eu confio em Dahyun. Nela, eu posso confiar. Dahyun é boa.
Dahyun deu uma bebida de gosto esquisito e azedo para Momo, e de repente, Momo podia ver. Tzuyu estava em sua frente com cara de puro ódio, sua mão brilhando, mostrando que sua magia de ataque estava pronta. Jihyo, de longe, apontava uma lança em direção ao seu peito. Chaeyoung e Nayeon apontavam seus arcos com veneno e fogo para ela. Sana estava no chão, machucada, com o rosto sangrando. Jeongyeon estava um pouco afastada com sua espada na mão. Mina se aproximou de Sana e começou a curá-la. Dahyun a encarava com expectativa. Momo podia vê-las. Mas ainda queria atacar. Conhecia aquelas pessoas pelo nome. Não sentia importância nelas.
Dahyun a abraçou e falou em seu ouvido.
- Venha comigo, por favor.
Momo não queria ir com ela, mas queria levá-la dali. Carregou Dahyun em seus braços, e não entendeu porque os olhos da outra mostravam medo.
- Confia - se esforçou para dizer. Andou devagar enquanto segurava Dahyun, encarando as outras para ver se alguém ousava entrar em seu caminho.
- Momo, se incomoda de me dizer onde está indo? - Era a voz de Tzuyu.
- Floresta.
- Que nojo. Vou preparar uma coisa pra você, Hyun. E qualquer coisa, grite.
Momo não entendeu aquilo, mas Tzuyu saiu voando, rápido.
Ela quer tirar Dahyun de mim?
Momo correu com Dahyun em seus braços a segurando com força. Quando chegou na floresta, Tzuyu não estava lá, mas havia uma cabana e comida.
- Tzuyu fez isso por mim, que amor - Dahyun falou quando foi colocada no chão.
Momo não gostou de ouvir "Tzuyu" e "amor" saindo da boca de Dahyun na mesma frase.
- Não. Momo.
- Você desaprende a falar direito em seu estado de Alfa?
Momo se sentiu envergonhada e olhou pra baixo.
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Não Posso Me Parar (Ato 2) - TWICE AU
FantasíaLivro 2 da Saga Breakthrough O rei exige a princesa de volta. Consequências acontecerão se isso não acontecer. Mas quem é a princesa, afinal? Com fones novos, profecias novas, monstros novos e ambientes assustadores, Elas se encontram em perigo a t...