Não Posso Me Parar (Ato 2) - TWICE AU

4 - Trazer de Volta

Jeongyeon ficou muito orgulhosa da rapidez de Jihyo. Na mesma hora que as cinco meninas desmaiaram na sala que ficava no quarto andar da casa, Jihyo começou a designar tarefas.

- Nayeon, vá na cozinha e pegue água, Mina pode acompanhá-la. Jeongyeon, desça ao porão e veja se encontra algo... tenho a impressão que Jinyoung pode ter previsto esse acontecimento. Vou ficar com elas para caso acordem.

Jeongyeon desceu e viu que havia uma caixa preta enfeitada com um laço ao lado de fora da Porta de Acesso. Deu uma olhada em volta e percebeu que sentia falta do lugar, mas não muita. No máximo, sentia falta de poder usar as roupas que estava acostumada, já que na casa de Momo e das outras tinha que usar roupas adequadas à época para não causar estranhamento (ainda usava suas roupas comuns quando estava dentro da casa, mas na rua era sempre algum tipo de armadura).

Abrindo a caixa, encontrou um Headphone parecido com o de Jihyo, uma carta e fones de ouvido de fio, pequenos, juntos ao que Jeongyeon sabia ser um aparelho MP3. A carta dizia:

"Jihyo, espero que essa carta a encontre bem. Antes de mais nada, se as tiver levado com você, é provável que Momo, Sana, Dahyun, Chaeyoung e Tzuyu tenham desmaiado. Isso se dá pelo choque temporal em viagens para o futuro. Não é sempre que acontece, é claro, ou já teria acontecido antes. Mas quão mais longe da época original, mais provável de acontecer. Não se preocupe, elas acordarão logo.

Este fone é finalmente a versão finalizada, você não ficará mais imóvel com os olhos revirados ao usá-lo, apenas receberá a dica que precisa para continuar. E precisam continuar logo, partam em março, acredito que um ano é período suficiente para Mina se versar em magia e para que vocês três melhorem ainda mais suas habilidades em combate. Sei que a essa altura já devem ter resolvido a epidemia de monstros e o desequilíbrio do ecossistema do Condado, por isso devem explorar outros lugares e tempos, que sofrem do mesmo mal. Não é à toa, Masato está por trás disso. Se minha opinião vale de algo, visitem a Coreia e Son Taemin. Vocês vão precisar de dinheiro, e tudo que tem ali é mais de Chaeyoung do que dele. Estarei torcendo por vocês e nos encontraremos de novo.

P.S¹: Desculpe pela minha partida abrupta da última vez. Tzuyu me pegou de surpresa, e não foi legal ser odiado por vocês nove ao mesmo tempo.

P.S²: Os fones comuns e o MP3, são para você ouvir música mesmo. O modifiquei um pouco para que você pudesse acessar todas as músicas disponíveis até a presente época, com acesso à internet. Também fiz uma playlist com as melhores músicas lançadas no ano que você nasceu.

P.S³: Talvez você já tenha descoberto que menti sobre a época em que sua casa se encontra. Menti mesmo. Mas tive meus motivos.

Com todos os melhores sentimentos que um homem pode ter pela menina que criou como sua própria filha, Park Jinyoung."

A carta não era para ela, mas Jeongyeon ficara emotiva só de ler. Aí, se lembrou de todas as crueldades que ele fez com as outras para deixá-las mais fortes e a emoção foi substituída pelo habitual desprezo. Com a caixa em mãos, subiu e viu que, exatamente como Jinyoung falara na carta, as meninas já tinham acordado. Estavam as oito na sala e as que vinham de tempos antigos estavam completamente transtornada com a televisão. Mina parecia que ia ter uma overdose de serotonina com um simples PSP. Jeongyeon sorriu com a cena, se sentindo em casa. Não pela construção. Porque estava com elas.

- Olá, meninas - cumprimentou.

- Você demorou - Nayeon percebeu.

- Tinha essa caixa na Porta de Acesso. Jinyoung mandou uma carta. Toma, Jihyo.

Jihyo leu em voz alta e, apesar de terem fatores importantes a serem discutidos ali, todas pareciam mais interessadas no MP3.

- Que coisa genial - Mina disse, enquanto explorava o aparelho.