6 - Rainha

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N/A: Como sabemos, na vida real, durante bastante tempo, a Coreia viveu no período dos três reinos, e depois disso vem a sua unificação. Se trata do Período Silla Unificado (668-935): Após a unificação dos Três Reinos, o reino de Silla (um dos três reinos) estabeleceu um governo centralizado. Este período viu o florescimento da cultura e da arte coreanas, bem como o desenvolvimento do budismo na península coreana. Para pareamento com a nossa história aqui, digamos que é este período em que a nossa Coreia fictícia se encontra, mas o reino é popularmente conhecido como "Reino de Seul", ainda que englobe toda Coreia.

N/A²: Esse capítulo é bem grande.

- É claro - Tzuyu dizia - que poderíamos derrotar qualquer um que viesse ao nosso encontro. Mas é melhor irmos do que causarmos problemas diplomáticos. Vou mandar uma carta avisando que estamos indo imediatamente.

Todas concordaram e Chaeyoung observou quando Tzuyu, ao terminar a carta, chamou uma Garça-Entregadora.

- Son Taemin, Seul, Reino da Coreia - falou, entregando tambem algumas moedas de ouro no envelope.

- Como iremos? Não dá pra ir de cavalo. - Momo questionou.

Pararam para pensar.

- Primeiramente - Jihyo falou - Como sabemos para onde queremos ir, não acho que seja necessário usar a bússola, é basicamente uma linha reta, correto? - Dahyun concordou. - Posso testar o fone novo que Jinyoung mandou. Ver o que ele nos diz.

Enquanto Jihyo ia até o quarto para pegar o fone, Chaeyoung tentava esconder o nervosismo. Ela iria conhecer a família que lhe restava, o que era muito legal, mas também iria ver o lugar onde seus pais foram assassinados pelo homem que a criara. Nayeon apareceu do seu lado e a abraçou.

- Sabe, -  a mais velha dissera - eu desconfio que tenho uma conexão mais forte com você que com as outras, mas não sei porque. Quando Jinyoung veio e você ficou com muita raiva, eu me senti nauseada, como se me afetasse, e eu não tenho o dom da Sana. Agora, você tá me deixando ansiosa.

Chaeyoung riu, mesmo que estivesse envergonha.

- Desculpe-me. Eu tô bem nervosa.

- Eu imagino. Mas você não está sozinha, Chaeng. E não vai ficar nunca mais.

Aquelas palavras afundaram no peito de Chaeyoung. Ela passara um ano inteiro sozinha antes que Jinyoung mandasse Tzuyu, e ficar completamente sozinha é a pior coisa que pode acontecer a uma criança. Por isso que ela tinha tanta empatia por Mina - a menina fora a única entre elas que cresceu sem companhia alguma além dos fantasmas que a serviam - e sempre a tratava muito bem.

Como se soubesse por onde vagavam seus pensamentos, Mina também se aproximara.

- Ei, Chaeng, tá tudo bem?

Havia algo de reconfortante nos olhos da outra que Chaeyoung não sabia explicar. Como se ela, que mal começara a aprender magia, tivesse um feitiço para acalmar todos ao seu redor.

- O que eu já falei pra você? É Senhorita Excelentíssima Son Chaeyoung, sou sua professora! - Chaeyoung mal conseguia terminar de falar sem rir da própria bobagem.

- Não é tão boa - Mina rebateu. - Ainda não me ensinou a conjurar bolo de chocolate. Não gosto de viver em uma época sem bolo de chocolate.

Chaeyoung riu. Tinha que admitir que também não gostava.

- Você que não é uma aluna boa, sua bobona. Já te falei que não dá pra conjurar comida. Magia também é ciência, você sabe.

- E qual é a graça, então?

Não Posso Me Parar (Ato 2) - TWICE AUOnde histórias criam vida. Descubra agora