𝐋𝐢𝐬𝐤𝐨𝐨𝐤 | Lalisa finalmente encontrou alguém que a interessasse. Mas, embora seja autoconfiante em vários outros aspectos da vida, carrega nas costas uma bagagem e tanto quando o assunto é sexo e sedução. Não vai ter jeito: ela vai ter que sa...
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JUNGKOOK
Tomo o cuidado de estar em casa — e sozinho —, quando Lisa aparece na quinta à noite. Estou mais alegre do que envergonhado por ela ter me flagrado com Tiff ontem, e, bom, pelo menos não foi na hora dos finalmentes. O rosto de Lisa teria ficado cem vezes mais vermelho se tivesse ouvido os gritos de Tiffany.
Para falar a verdade, uma parte de mim se pergunta se Tiff estava fingindo aqueles gemidos de atriz pornô. Não tenho a pretensão de ser um garanhão na cama, mas sou muito atencioso e nunca recebi reclamações. Na noite passada, no entanto, foi a primeira vez que senti como se a menina estivesse atuando. Tinha algo de incrivelmente… insatisfatório na coisa toda. Não sei se estava fingindo ou só exagerando, mas, de qualquer forma, não estou muito ansioso para repetir a cena.
Lisa bate à minha porta. Não uma, mas pelo menos dez vezes. E mais duas, mesmo depois de a mandar entrar.
A porta se abre, e Lisa tropeça para dentro, cobrindo bem os olhos com as palmas das mãos.
— Posso olhar? – pergunta, em voz alta.
Com os olhos ainda fechados, estica os braços para a frente, como uma cega tateando o caminho em meio à escuridão.
— Você é uma piadista, hein? –digo, com um suspiro.
Suas pálpebras se abrem, e ela me lança um olhar ríspido.
— Só quero ser cuidadosa. – responde, em tom arrogante. — Deus me livre de invadir mais uma das suas festinhas.
— Não se preocupe, ainda não tínhamos chegado na parte do sexo. Se quer saber, ainda estávamos nas preliminares.Segunda e terceira base, para ser mais exato.
— Eca. Informação demais.
— Você que perguntou.
— Perguntei nada. – Ela senta de pernas cruzadas sobre a cama e puxa o fichário da bolsa. — Certo, chega de jogar conversa fora. Vamos reler sua redação corrigida e esboçar mais algumas, para praticar.
Entrego o texto corrigido, então me reclino contra os travesseiros, enquanto Lisa lê. Ao terminar, olha para mim, e posso dizer que está impressionada.
— Muito bom. – admite.
E não é que experimento uma explosão de orgulho? Trabalhei pesado nessa redação sobre o nazismo, e o elogio de Lisa não só me agrada, como confirma que estou melhorando nesse negócio de me colocar no lugar de outra pessoa.
— Na verdade, está muito bom mesmo. – acrescenta, relendo a conclusão.
Solto um arquejo fingido.
— Nossa. Isso foi um elogio?
— Não. Retiro o que disse. Está uma merda.
— Tarde demais. – Abano o dedo para ela. — Você me acha inteligente.