26 - Lisa

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Não tenho ideia do que conversamos no carro até a casa de Jungkook

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Não tenho ideia do que conversamos no carro até a casa de Jungkook. Sei que
falamos. Sei que vi a paisagem voando pela janela. Sei que até respirei, levando
oxigênio aos pulmões como uma pessoa normal. Só não consegui registrar nada
disso.

No instante em que chegamos ao quarto dele, jogo as mãos ao redor de seu pescoço e o beijo. Foda-se essa história de um passo de cada vez. Quero-o demais
para ir devagar, e minhas mãos se atrapalham na fivela do seu cinto antes que sua língua entre em minha boca.

Sua risada rouca faz cócegas em meus lábios, e, em seguida, mãos fortes seguram as minhas, para me impedir de abrir seu cinto.

- Por mais que aprecie o entusiasmo, vou ter que desacelerar você, Wellsy.

- Mas não quero ir devagar. - protesto.

- Só lamento, docinho.

- Docinho? Quem é você, minha avó?

- Ela chama as pessoas de 'docinho'?

-Na verdade, não. - confesso. - Vovó xinga feito um caminhoneiro. No Natal
passado, soltou um filho da puta na mesa de jantar, e meu pai quase engasgou com
a comida.

Jungkook solta uma risada.

- Acho que gosto da sua avó.

- Ela é uma graça.

- Aham. Parece mesmo. - Ele deita a cabeça. - Agora podemos parar de falar da sua avó, sra. Assassina de Climas?

- Você matou primeiro. - observo.

- Não, só mudei o ritmo. - Seus olhos cinzentos fervem de calor. - Agora sobe na cama para eu fazer você gozar.

Ai. Meu. Deus.

Eu me jogo no colchão tão rápido que trago outra risada aos lábios de Jungkook, mas não me importo de parecer ansiosa. O nervosismo que senti ontem à noite não está revirando meu estômago hoje, porque todo o meu corpo está tremendode excitação. Lá no fundo, me vem a ideia de que talvez não vá conseguir de novo, ou pelo menos não com o toque de Jungkook, mas, puta merda, estou morrendo de
vontade de descobrir.

Ele se deita ao meu lado, enfia a mão pelos meus cabelos e me beija. Nunca estive com um cara tão bruto comigo. Devon me tratava como se eu fosse quebrar, mas Jungkook não. Não sou um frágil artefato de porcelana para ele. Sou só... eu. Adoro a forma como fica animado, a maneira como puxa meu cabelo se minha cabeça não está exatamente onde quer que esteja, ou como morde meu lábio quando tento provocá-lo, privando-o da minha língua.

Sento na cama apenas para que ele possa tirar minha blusa, e ele segue em frente, abrindo meu sutiã com uma única mão, o tipo de destreza que aprendi a esperar de Jungkook. Assim que tira a própria camiseta, pressiono a boca contra seu
peito. Não cheguei a encostar nele ontem e estou morrendo de vontade de saber qual é a sensação de tocá-lo, que gosto ele tem.

O Acordo - LiskookOnde histórias criam vida. Descubra agora