𝐋𝐢𝐬𝐤𝐨𝐨𝐤 | Lalisa finalmente encontrou alguém que a interessasse. Mas, embora seja autoconfiante em vários outros aspectos da vida, carrega nas costas uma bagagem e tanto quando o assunto é sexo e sedução. Não vai ter jeito: ela vai ter que sa...
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Quase vomito umas três vezes no caminho até a casa de Jungkook, mas engulo em seco o nervoso, porque estou dirigindo o carro de Tracy — e a última coisa que quero é pagar para limpar meu vômito do seu estofado.
Sinceramente, não me lembro nem sequer de um segundo do meu turno de cinco horas no Della’s. Nem da minha uma hora de ensaio com Cass mais cedo. Ou como fui de um lugar para outro hoje. Estou em piloto automático desde que saí da cama de Jungkook de manhã, todos os pensamentos conscientes concentrados no que estou prestes a fazer esta noite.
Já falei que estou nervosa?
Mas, não deveria estar. É só sexo. Sexo com um cara por quem me sinto atraída, um cara de quem gosto de verdade e em quem confio. Minhas mãos não deveriam estar tremendo tanto, e não era para o meu coração estar batendo tão rápido. Ainda assim, entremeada ao nervosismo, há uma sensação de empolgação. Antecipação.
Coloquei um conjunto de calcinha e sutiã combinando debaixo do uniforme de trabalho. Pois é, você sabe que está prestes a transar quando está ostentando renda preta em cima e em baixo, e sua pele está macia e sedosa, pronta para ser tocada.
Os amigos de Jungkook não estão em casa quando chego. A menos que estejam escondidos no quarto, mas não acho que estão, porque não há nada exceto silêncio em meu caminho até o quarto de Jungkook no segundo andar.
Me pergunto se ele pediu que saíssem. Então torço para que não, porque… bom, é o mesmo que acender um letreiro de neon dizendo que eu e ele vamos transar hoje.
— Oi – diz, quando entro.
Meu coração dá uma cambalhota nervosa e uma pirueta agradecida. Dá para ver que ele se deu ao trabalho de se preparar, porque o cabelo ainda está levemente molhado do banho e a barba está recém-feita. Olho sua calça preta de malha e a camiseta cinza, então me volto para meu próprio uniforme espalhafatoso.
Graças ao estado de nervos em que passei o dia, esqueci de trazer uma muda de roupas. Mas, até aí, a gente não deve continuar de roupa por muito mais tempo.
— Oi. – Engulo em seco. — E aí… como você quer fazer isso? Tiro a minha roupa?
E faço uma pausa, ao pensar numa coisa.
— Nem pense em me pedir para fazer um striptease, porque já estou nervosa demais e de jeito nenhum vou ser capaz de fazer uma dança minimamente sensual agora.
Ele se desata a rir.
— Você não tem a menor ideia de como criar um clima, né, Wellsy?
Solto um gemido triste.
— Eu sei. É só que… estou nervosa. – repito. Inspiro fundo, limpo as mãos suadas na frente da minha saia. — A gente pode começar logo? Você tá em pé aí, olhando para mim, e isso tá me deixando maluca.