CAPÍTULO 3

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Oiê gente, voltei mais cedo dessa vez, não se esqueçam de votar e comentar☺️
Bora leitura 💖

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Em Green Valley...


POV| SAM

Como de costume, às 5hrs da manhã, eu estou de pé e pronta para mais um dia. Ainda estava escuro quando abri a porta do cômodo, calcei minhas botas velhas e saí atravessando o terreiro pelos fundos da cozinha.

Nenhum som vindo da cozinha, denúncia que minha mãe ainda está dormindo, ainda bem, já a repreendi algumas vezes que se levanta antes de mim, não há a necessidade de acordar tão cedo, só tomamos café depois das 7 hrs, ou seja, depois que o gado já saiu da ordenha.

Segui direto para o curral, ao som daquela euforia de todas as manhãs dos animais. Eu estava animada hoje, aproveitei para acompanhar o sabiá com um assobio demorado.

-Bom dia! (Disse ao avistar os outros peões já encaminhando as vacas para a ordenha mecânica)

-Bom dia, Samunam.. (Responderam animados)

-Bora trabalhar. (Escalei a madeira e já pulei dentro do curral, dificilmente eu usava as porteiras)

Ajudo a acabar de posicionar os animais, é uma atividade demorada, os primeiros jatos de leite são retirados manualmente para que possamos verificar a qualidade do leite, depois temos que lavar e secar as tetas de todas as vacas antes de colocar as teteiras de drenagem do leite e em dias pares eu costumo fazer a avaliação do úbere delas, que é realizada pela observação e identificação de edema, aumento de temperatura, endurecimento e dor na glândula mamária, é uma forma de checar se está tudo bem.

Depois todo o leite é armazenado no galpão que temos tanques refrigerados, para só depois ser levado para a cidade grande.

...

Depois de já ter encaminhado mais da metade das vacas com os outros peões, o sol já nasceu, vou para parte do curral onde Catarina fica separada, eu mesma faço questão de tirar o leite dela manualmente e levar a cozinha para o consumo.

Confesso ser um dos momentos que mais gosto pela manhã, tenho um carinho enorme pela vaquinha, talvez seja pelo fato de ter ajudado ela nascer. Claro que já ajudei muitas vacas aqui da fazenda parir, mas o de Catarina foi o mais complicado até então, nasceu uma bezerra frágil e eu acompanhei na sua evolução, agora é uma vaca forte, gorda e o seu leite é de ótima qualidade.

-Bom dia Catarina.. (Falo eu me aproximar e fazer carinho na vaca como todos os dias) Demorei hoje não foi?

Não me julguem por falar com uma vaca, como eu disse, tenho um carinho enorme pelos animais desde pequena, costumo falar mais com eles do que com as pessoas, principalmente com a vaca Catarina.

Tenho a impressão que ela ouve tudo com atenção e às vezes até muge como resposta.

Depois das devidas higienes, pego o banquinho e o balde começando a ordenha.

-O que eu faço com a Mariana, hein Catarina? (Dou uma pequena pausa lembrando do acontecimento da outra noite) Você acredita que ela foi lá bar, atrás de mim?

Nego com a cabeça e continuo a falar quando Catarina muge.

-Mas também a culpa é minha, sabe? Fui burra.. BURRA Samunam.. (Reclamei a mim mesma) Não pode beber umas doses a mais que já sai por aí atrás de rabo de saia..

Observei o líquido branco enchendo o balde aos poucos enquanto pensava na vida.

-Essa mulher vai me dar trabalho, Catarina. Já estou até vendo...

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