Em Harrisburg...
Prédio da Armstrong investments - Centro de Harrisburg/Pensilvânia.
Sala da presidência - cobertura.
Alberto Armstrong descansou as costas na sua cadeira mais que sofisticada e suspirou, desviando seu olhar da tela do computador logo a sua frente.
Não tinha nenhum tipo de preocupação grave em relação a empresa, os negócios iam mais do que bem como de costume. Desde que assumiu a presidência da Armstrong investments, quando ainda tinha 23 anos, logo após a morte de seu pai, sempre liderou com quase perfeição as empresas e ações de sua família, resultado da excelente educação que Edmund Armstrong fez questão que recebesse desde o berço.
Ele tinha recursos para oferecer o mesmo privilégio aos filhos, por isso quando Mon quis seguir um caminho totalmente contrário e quase insignificante em sua visão, se decepcionou um pouco. Mas não iria obrigá-la a isso, Mon sempre teve um temperamento forte e ao lembrar de onde isso vinha, Alberto se frustrava ainda mais.
Kornkamon era quase uma cópia perfeita de Débora e às vezes se perguntava onde estavam os seus traços nela.
Richie por outro lado, quis seguir seus passos e apesar de um pouco desengonçado às vezes, se formou e parecia mais que empolgado em assumir a cadeira que hoje ele estava sentado.
Alberto não tinha certeza, sempre a preparou para Mon, para a sua filha mais velha, assim como ele foi o mais velho dos filhos a ocupar.
Não sabia o que fazer para Mon despertar o desejo em liderar os negócios de seus antepassados, e aparentemente não ia... então ele não tinha escolha, deixaria Richie tentar.
Porém, não era isso que o causava enxaquecas semanais a um longo período de tempo.
Todo mundo esconde algo que o perturba mesmo nos dias mais tranquilos.
Que não o deixa dormir a noite..
Algo que passe o tempo que for, estará lá no cantinho do seu inconsciente para te lembrar o quão desprezível você pode ser e o quanto talvez você não mereça todas as coisas boas momentâneas que está vivendo.
E nem toda riqueza do mundo te livrará desse peso.
Ele suspirou mais uma vez antes de retirar seus óculos, pousá-los sobre a mesa e pegar o telefone sem fio.
Ele discou o número já muito registrado nesse mesmo telefone. Esperou pacientemente até que no quinto toque, foi atendido:
-Como ela está? (A voz do patriarca Armstrong saiu suave, quase que falha)
Alguns segundos de silêncio antes da resposta vir.
-Mon está bem... estou cuidando dela. (A voz do outro lado da linha era igualmente suave)
-Eu sei que está. (Disse Alberto e deixou seus ombros descansarem ainda mais sob sua cadeira)
Respirações, apenas respirações impediam o silêncio absoluto.
-Eu.. (Alberto começou)
-Se era só isso.. (A pessoa do outro lado da linha interrompeu)
-Eu só queria saber, se.. se todos estão bem?.(A pergunta carregava consigo nas entrelinhas um sentido que talvez só a pessoa do outro lado pudesse entender)
-Sim, todos sempre estiveram bem… (Um suspiro foi identificado ao final da frase) Agora eu preciso..
Foi a vez do homem interromper.
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Green Valley
FanfictionSerá que Mon, acostumada com seus luxos e a uma vida privilegiada em Harrisburg, se adaptará a uma vida rural na fazenda Green Valley depois que seu pai a mandar contra sua vontade para lá? Bom, vamos descobrir, por que em Green Valley... Alerta, hi...