CAPÍTULO 14

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Oii gente, olha quem apareceu ksksks, como estão?
Espero que gostem do capítulo, ele está bem grandinho para compensar a demora, votem, comentem bastante para nos comunicarmos, já que estamos sem o X. Beijinhos 😘







Em Green Valley..










POV/ MON

Ver Samanun claramente desconcertada na cozinha foi novidade para mim, uma novidade muito interessante por sinal, parece que a caipira arrogante que conduziu todo o nosso momento ardente na noite anterior com uma postura completamente dominadora e quase impassível, não é tão imune assim a mim.

Adoro isso.

Eu ainda estava tentando entender o que tinha acontecido e o que me deixava mais perturbada é que foi tão bom, que eu não queria realmente entender, só queria que acontecesse mais vezes, o que é estranho porque nós duas quase não nos suportamos. Porém claramente nós duas temos um desejo carnal pela outra.

Samanun foi a única pessoa que me deixou quase sem reação, foi como se eu tivesse encurralada – e eu estava, encurralada entre ela e aquela caminhonete velha -, estava a mercê daqueles toques precisos, eu só queria sentir tudo que ela me oferecia no momento e eu senti...como eu senti.

Mais cedo na cozinha, foi como se ela também tivesse tentando entender algo, e me ver parece que despertou em ambas lembranças, obviamente eu reagi melhor do que ela na frente da mãe, mas eu tenho a sensação de que Nam também achou algo estranho entre nós duas, já que a peguei várias vezes intercalando o olhar.

Eu preciso parar de pensar nisso, como posso baixar o meu nível tanto assim? A caipira não é nem de longe alguém que eu imaginava ficar na vida..

Meu pai precisa voltar a sensatez e me tirar desse castigo minimamente ridículo de vez, preciso voltar para a minha vida e logo, sinto que estou começando a enlouquecer nesse fim de mundo, até falando com vacas eu estive falando.

Alias, não entendo mas de repente me deu vontade de voltar naquele curral e falar tudo isso para Catarina, sinto necessidade de falar com alguém, as ligações com Yuki não são suficientes, sinto falta da presença física dela, da minha amiga.

Isso me entristece, então volto a manusear a minha máquina de costura, eu me animei em voltar a costurar por conta do vestido que fiz para Amélia e saber que ela realmente gostou, não sei, me deu mais ânimo ainda de continuar, me arriscar com as roupas que comprei na cidade naquele dia que fui chamada de golpista. Vou mudar, dar um toque de Mon em todos eles.

Eu vi nesse tempo que estou passando em Green Valley, uma oportunidade para reinventar, conceder e criar peças de vestuários da minha forma, algo que sempre gostei, o que eu disse a Samanun não era uma mentira, na gaveta do meu quarto em Harrisburg, realmente existe vários rascunhos, modelos que saíram da minha criatividade ao observar o mundo da moda, são modelos que sem dúvidas eu posso olhar e visualizar que mulheres assim como eu, ora ousadas, ora elegantes podem se identificar. Eu me formei em moda, porque sempre fui apaixonada por roupas, estilos,  expressões, eu não sei se isso tem alguma relação com o fato da minha mãe ter sido uma modelo ou não, mas eu também acredito que acima de estar na moda, está o seu conforto, suas roupas expressam a sua personalidade, elas podem até mesmo expressar o seu humor em um determinado dia. Eu vou usar alguém que venho pensando muito ultimamente como exemplo, Samanun, tem uma parte de mim que a julga horrores por usar calça jeans, cinto com fivela, camisas com manga longa, colete country, botas e chapéu, ela parece ter realmente saído de um daqueles filmes cowboy dos anos 2000, mas aquela mulher é personalidade pura, nunca conheci alguém como ela e suas roupas expressam exatamente o que ela é.

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