Sempre foi ela. | Enid Sinclair

I wolf you

Tu será o meu eterno amor improvável.

~Izaias Almeida~
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Sn pov

Se passou três semanas e mais uma morte aconteceu, mas foi dada como um suicídio, e o Xerife ainda não nos falou nada sobre.

Fora isso as semanas se passaram igual vento. Mas arrisco a dizer que foram as três melhores desde que eu cheguei aqui.

Desde que eu contei tudo para a Beck, ela não tem mais coragem de olhar na minha cara, o que não é uma coisa ruim, mas isso me deixa com um sentimento de culpa... mas fazer oque né.

Durante essas três semanas eu e a Enid... como que eu posso dizer... recuperamos o tempo perdido, por isso digo que essas três semanas foram as melhores. Só que tem uma coisa que me dá uma pontinha de receio. Ela não quis contar para nenhum do nossos amigos e me implorou para que eu não falasse para o Xavier nem para o Tyler. Eu entendo o lado dela, é difícil assumir algo "recente" para todo mundo assim de cara mas... pô eles são nossos amigos. Mas no fim eu aceitei, eu sempre aceito.

Já na terapia a Kimbott falou que eu estava me saindo muito bem e reagendou minhas sessões para duas vezes na semana. Mas hoje... hoje é o dia dos pais irem nos visitar, tendo como consequência uma terapia em família... resumindo fudeu!

...

Estávamos todos no quadrado, cada um com a sua devida família, exceto eu, Wednesday e Enid, que estávamos um pouco de longe escutando o discurso otimista da Weems, até ela tocar no assunto do Eugene, falando que ele já estava melhorando.

- uhm, melhorando? - Wednesday fala dando uma leve risada sem humor. - Tente em coma. - Ela fala e sai brava.

- Ela foi visitá-lo? - A Enid pergunta.

- Foi, mas só uma vez. Ela acha que é culpa dela, ele estar daquele jeito. - Falo.

- Ah pelo menos o monstro não fez mais uma vítima. Vai ver ela o afugentou. - Enid fala tentando ser otimista.

- E o cara que "se matou" - Falo fazendo aspas com os dedos.

- Vai ver ele se matou mesmo.

- Ou não. Eu tenho minhas dúvidas.

- Olha isso, algumas coisas nunca mudam. - Fala minha mãe se aproximando ao lado do meu pai, que só para variar está com o celular enfiado na cara e o feioso comendo uma salsicha.

- Hoje é um ótimo dia para ficar trancada no quarto. - Falo.

- Olha só a minha família. - Fala Enid olhando para a família dela. - Isso que é a metade tóxica do bando. - Ela fala e vejo uns loucos uivando e pulando em cima da mesa.

-Meu Deus... medo! -

- Dou trinta segundos pra minha mãe mostrar suas garras julgadoras. - Fala Nid.

- Ela tem cara de ser gente boa. - Falo tentando amenizar o nervosismo.

- É só espera até conhecer eles, que eu tenho certeza que sua opinião vai mudar. - Ela fala e respira fundo e pega em minha mão e a segura com uma certa força. - Vamos acabar logo com isso. - Ela fala e me dá um rápido beijo na bochecha, solta a minha mão e vai em direção a sua família, enquanto eu vou até a minha.

Chamo a Wednesday e começamos a caminhar em direção a eles. Meu pai como sempre nem percebe a nossa presença, já minha mãe fica tão feliz que parece que ela não nos vê a anos.

- Como vocês estão, minhas nuvenzinhas de chuva? - Ela pergunta vindo nos abraçar.

- Achei que o Mãozinha estava contando todos os nossos passos. - Wednesday fala e assim que Gomes ouve isso desligou imediatamente o celular e olhou para nós.