~ Uma simples noite em uma boate e uma ficada com um bonitão aleatório fez a vida de Lice virar de cabeça para baixo, de um dia pra outro já estava em uma mansão luxuosa.
Mas, ele só a quis por sua beleza e por querer tê-la e fazê-la sua? Ou talvez...
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L * I * C * E
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Quando chegamos percebi que onde passávamos pessoas nos olhavam de cima a baixo, em nem um momento Hector soltou a minha mão então entramos no restaurante, vazio achei até estranho mas Hector me falou que era um restaurante reservado apenas para nós
Os familiares de Hector conversavam e brindavam enquanto apreciavam um belo vinho, enquanto eu me mantinha tensa, mas tentando transparecer tranquilidade, foi quando uma coragem me domou e eu pedi para ir ao banheiro. Hector me olhou receoso mas apenas mandou eu voltar rápido, confirmei indo até o banheiro que Hector me disse onde ficava.
Olho pra trás vendo que não estou em seus pontos de vista, caminho para um curto corredor com uma porta escrita " Saída de emergência" caminho em passos rápidos e já vou a abrindo. Sinto o vento gelado bater contra meu rosto e saio fechando a porta com cuidado, me viro
- puta merda - coloco a mão na boca ao chamar o palavrão.
_ a onde vai? - encaro Luke com os olhos levemente arregalados.
- eu que te pergunto, você não estava lá dentro?
- estava, mas não aguentava mais a minha família - sorrio tentando não transparecer o meu nervosismo.
- digo o mesmo, com todo respeito - ele guarda o celular no bolso e me olha atento.
- o que iria fazer? - ele me olha como se estivesse lendo meus pensamentos.
- na-nada - seus olhos me deixam tensa, como é possível um garoto de 16 anos me deixar tensa?
- Você acha que eu sou bobo? Meu primo mandou eu ficar de olho em você bobinha - garoto miserável.
- eu só estou querendo sair um pouco tá - falo tediosa, se eu correr da certo.
- Você não me engana - ergo uma sobrancelha.
- Luke - falo tensa cambaleando e sinto seus braços me segurarem. - chama o Hector por favor - digo ofegante.
- o que? Vamos lá pra dentro - Nego de olhos fechados com expressão de dor.
- Não - Engulo em seco - tá doendo, rápido chama o Hector, eu não consigo andar - ele tenta me pegar no colo mas abro meus olhos e bato em seu braço. - vá chamar o seu primo! - ordeno e ele me olha atordoado. Ele afirma e entra correndo.
Pelo tamanho do restaurante ele vai demorar um tempo.
Te enganei Luke.
Começo a correr pro beco escuro o lado contrário de onde tem os seguranças, corro o mais rápido que posso sentindo meu peito arder, viro a esquina passando por prédios, corro sem parar desesperada. Eu sei onde é o prédio em que Mery mora, o problema é que é longe totalmente.
