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Aviso importante antes de começar: Infelizmente as atualizações duplas chegaram ao fim, por motivos de que os capítulos prontos que eu tinha já acabaram. Mas não se preocupem, as atualizações ainda serão semanais!

E eu também gostaria de saber o que estão achando da história, adoro ler os feedbacks de vocês, todos os comentários e votos são bem vindos.

Camila point of view

18 de março de 2024, Miami, EUA.

O smartwatch branco em meu punho esquerdo marcava 6:15am dessa segunda-feira. Provavelmente estou há 1km ou 2km de distância da casa, nas ruas de Miami. Apesar da pequena distancia, parecia que eu havia corrido uma maratona inteira. Quando na verdade, tudo o que fiz foi caminhar sem pressa nenhuma enquanto admirava o nascer do sol nessa cidade que de nada me impressionava.


Já me sentia cansada, e com certeza, o tempo que passei em Dublin fumando maconha e comendo comidas típicas da região enquanto explorava a cidade tinha uma parcela de culpa nisso. Parece que o sedentarismo é mesmo real.



- Camila, eu não acredito que você me chamou para dar uma volta na esquina e depois parar numa cafeteria... - A voz ao meu lado ralhou desacreditada.


Ah, claro, chamei Dinah para me acompanhar nessa. E em minha defesa, eu não sou do tipo que praticava exercícios físicos todos os dias sem falta. Diferente da minha irmã, que parecia uma versão mais deprimida do Patrick Bateman.



Mas de qualquer forma, eu estava mesmo precisando respirar fora daquela casa. E as palavras de Dinah ainda rondavam minha cabeça desde sábado, tudo o que ouvi e percebi estavam me deixando maluca. Eu precisava limpar minha mente com algo. E ontem a noite, lendo um livro no escritório de Karla enquanto eu me escondia de sua esposa, também recebi de Dinah o que parecia ser a rotina da minha irmã.


E como em um passe de mágica, lidar com Lauren parecia ser mais aceitável. Apesar de ainda sentir minha orelha formigando devido a mordida inesperada que ela me deu depois de colocar a aliança prateada em meu dedo. Eu não sei o que senti naquele momento. Raiva? Dor? Tesão? Tudo isso e mais um pouco, acredite. Eu já estava com uma ereção vergonhosa só de tê-la sentada em cima do meu pau enquanto me provocava. E quando ela deu o ultimato sobre a aliança e simplesmente deitou como se nada tivesse acontecido logo em seguida, eu tive que me trancar no banheiro por literalmente 1h, porque absolutamente nada parecia nojento e broxante o bastante para fazer ele abaixar.


Com certeza ser torturada não estava em meus planos quando concordei com isso. E sim, foi uma tortura. Me senti humilhada quando chorei de pau duro naquele banheiro antes de finalmente conseguir voltar pra cama. E eu sabia que a mulher ao meu lado estava se divertindo com tudo isso.



Mas eu não sabia que no domingo tudo ficaria pior. Lauren pareceu esquecer o dia agradável no club e estava visivelmente mal humorada, e claro, eu não iria cutucar a onça com vara curta. Tudo começou quando acordei devido a claridade bizarra do sol que atingia o meu rosto em plena manhã, ela já não estava na cama, mas antes de sair deixou todas as janelas abertas propositalmente. Quando fiz minha higiene básica e desci para tomar café, vi que Lauren sorria e gargalhava conversando com Donna.

A mais velha quando me viu entrando na cozinha, me lançou um olhar estranho e saiu de perto quando respondeu meus cumprimentos. Já a mais nova, recolheu os sorrisos que estava distribuindo e não respondeu o meu bom dia. Logo entendi que algo estava errado e que eu era o problema. Achei que seria algo momentâneo, mas errei, errei rude.


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