22.

423 39 14
                                    

LETÍCIA.

Eu estou parada olhando pra porta branca, pensando se bato ou desisto e vou embora. Mesmo que ele esteja me esperando aqui. Levanto a mão pra bater, abaixo, respiro, penso se bato e, quando me viro pra sair daqui, a porta se abre. E eu travo no caminho, sem conseguir me mover pra ir embora e sem conseguir olhar pra trás.

- Letícia. - não foi ele perguntando se sou eu. E sim afirmando, chamando meu nome.

- Hm, não deveria ter vindo aqui. Desculpa...

- Mas eu te quero aqui. E aí? Você vai me deixar na mão, sendo que te esperei dias. - diz, me viro e olho pra ele. Sem camisa, corpo esteticamente malhado, o rosto com uma carinha que faz ele ficar extremamente gostoso. E esse maldito jeito que fala, ai... Puro perigo! - Huh, vai me deixar passar essa madrugada sozinho sabendo que te esperei?

- Você me quer como colega ou como outra coisa? - pergunto, passando a língua pelos meus lábios. Seu olhar me detém inteira, de cima a baixo. Parando no volume dos meus seios e soltando um sorriso de canto. 

- Por que tu não me fala o que quer, hein? Não foi eu que liguei de madrugada avisando que estava indo pra sua casa...

- Eu te quero hoje como um amante.

- Amante?- concordo com a cabeça. - Ainda não está claro, Leti.

- Eu quero transar com você. - chego perto de dele, cara a cara. - Acho que ficou claro agora...

- Bem claro, morena! - afirma, ajeitando a postura, chegando o corpo ainda mais perto do meu. - Então seríamos amantes por essa noite?

- Sim. - levanto minha cabeça, olhando bem pra ele. A minha voz sai quase que em um sussurro. -  Uma coisa totalmente carnal, cheia de prazer.

- Eu não ia achar que você fosse tão indecente... Sua aparência engana. Mas você é gostosa pra caralho, isso não posso negar.

- Ah é? - pergunto, ficando na ponta dos pés e encostando nossas bocas. - Gostosa tipo?

Uma mão dele vem para o meu cabelo e emaranha todinho, solto um sorriso contra sua boca. Pego sua outra mão e levo até minha bunda, onde ele dá um aperto. Eu suspiro, sentindo toda nossa tensão.

- Gostosa do tipo: eu quero te comer agora.

- Então eu vou te esperar no seu quarto, tá bom? - desvencilho, saindo de perto dele em busca de ar. Eu sei onde é seu quarto, já vim aqui algumas vezes resolver assuntos profissionais.

Ele não vem atrás na mesma hora. Até porque eu soube pelo porteiro que ele havia pedido um delivery, então provavelmente foi buscar lá embaixo. Tiro o salto que acaba com meus pés, jogo a bolsa em um canto qualquer, e deito na cama, de bruços, mexendo no celular enquanto ele não volta.

Termino de responder uma mensagem e ouço uma porta bater, em segundo sinto a presença dele no quarto, eu não olho pra ele, mas sei que está parado me olhando.

- Sabe uma coisa? Eu já te imaginei exatamente nessa situação: você de bruços na minha cama, mexendo no computador, toda atenta, e quando eu chego eu te vejo assim... toda gostosa. Com uma lingerie vermelha.

- Hmm, me conta mais. - olho por cima do ombro.

- Você assim, exatamente de bruços, pra quando eu chegar eu levantar a sua roupa, te puxar pra beirada da cama e te chupar de costas. Só arredando a calcinha vermelha.

- Ent... - sou interrompida.

- Shiii... - faz um barulho de silêncio. - Deixa eu terminar. Aí enquanto eu te chupo, eu bato até você pedir pra botar. Eu nessa posição com a mão nas suas costas forçando pra baixo pro seu rabo subir.

- E você começaria a me foder?

- Sim.

- Por que você não olha qual a cor da calcinha que estou usando? - proponho.

Ele caminha até a sua cama, levanta a minha saia e passa a mão pela minha calcinha. Olho pra ele de relance e vejo um sorriso de canto, desço pra baixo e vejo seu pau marcado no short.

- Vermelha...

- E por que você não faz comigo tudo que me disse agora, huh? - pergunto, sentido ele passar dois dedos por cima da calcinha.

Ele não diz mais nada. Apenas puxa minha saia pra baixo, ajudo a retirar e depois a blusa, deixando nada em mim coberto. O Thiago faz exatamente o que falou no início, se abaixa, puxa meu corpo pra beirada, arreda a calcinha pro lado e começa a me chupar.

Sua língua molhada e quente entra em contato com minha boceta, deslizando pra cima e para baixo. Um arrepio recorre ao meu corpo, sentindo ele introduzir ela bem na minha entrada, suspiro, depois sinto ele abrir a minha perna um pouco mais, dando uma liberdade total pra fazer o que quiser comigo. Dois é introduzidos, começando a se movimentar, eu estou tão melado que os barulhos são audíveis em meio a atmosfera de gemidos.

Ele retira os dedos e depois volta a me chupar. Eu também sei que ele está se masturbando. Sinto um arrepio, minha parede se contrair e minha perna querer tremer, eu tô bem perto e ele não para, não para até me ter gozando em sua boca.

- Para, eu não aguento... - gemo, enquanto ele me chupa mesmo depois de eu ter gozado. Sensível demais. - Thiago...

- Hm? - murmura, olhando pra mim. Volto a olhar pra parede e ele se levanta. O barulho dele retirando a roupa me faz ter noção que é o momento que ele começará a me foder.

Ele se posiciona no meu meio, pincelando seu pau que eu nem tive a oportunidade de ver, fazendo que vai entrar, mas retira toda que peço querendo mais. Uma tortura gostosa.

- Porra, Thiago. Anda logo! - reclamo. Ele solta uma risada abafa, ainda continuando os mesmos movimentos.

- Sabe que gosto quando você fica brava? Tu fica mais... instigante? - diz, debruçando sobre meu corpo e sussurrando em meu ouvido. - É, tu é gostosa pra caralho. E safada também.

- Fala muito e fode pouco... - murmuro, entediada.

E foi questão de três segundos contados pra ele me deixar de quatro e entrar dentro de mim. Totalmente de surpresa. Sua mãe vai pra parte superior e pressiona, fazendo meu tronco encostar na cama e deixar apenas minha bunda empinada, bem empinada por sinal.

Ele está bombando dentro de mim, num ritmo rápido, gostoso demais. Minhas nádegas sentem sua pele encostar na minha quando ele vai até o fundo, puxando meu quadril pra mais perto.

- Eu queria te foder exatamente assim naquele sofá do meu escritório... Naquele dia.

- Mostrando mais uma vez que não estava prestando atenção em mim. - respondo. - Um péssimo doutor!

- Na verdade eu prestei atenção demais. Você estava com um óculos que te deixava linda, uma camisa social branca junto a uma calça colada, que destacava bem essa sua bunda redonda. -  um tapa estala nela. Ardendo. - E eu tenho a sensação que você usava vermelho também.

- É... vermelho de renda.

- Eu queria ter te visto com ela. - diz, baixo. Diminuindo nosso ritmo. - Apoiada na mesa, empinada pra mim.

- Você me deixou com ódio.

- Sexo com raiva é mais gostoso, Leti... Nunca ouviu?

Não respondi. Ele parou, eu me virei e pude ver pela primeira vez ele pelado, por completo. Suado, com um sorriso de cafajeste, uma correntinha... e um belíssimo porte entre as pernas. Dou um sorriso e ele vem pra cima de mim, distribuindo mordidas e chupão no meu peito.

Sua boca sobe pro meu pescoço e depois pra minha boca. Deixando ali um beijo sedento, sem calmaria, um beijo que exala tesão.

- Eu posso continuar a te foder a noite toda?

PODE FICAROnde histórias criam vida. Descubra agora