Os três veículos que desciam a rua principal de Taebaek levantaram uma nuvem de poeira, alheios ao que quer que estivesse pelo caminho.
Estacionaram lado a lado, e o grupo desceu dos carros pretos, parecendo mais da Máfia do que de Hollywood. Aparentemente, ninguém lhes dissera para deixar os ternos escuros e os óculos de sol em casa.
Billy Wiggs abriu a porta da Mercedes Benz alugada, saiu do carro e esperou pelos fãs. Afinal, ele tinha vindo de sua terra para trazer a eles riqueza e fama.
Quando nada aconteceu, checou o pulso, intrigado. Não, ele não tinha morrido e ido para o inferno.
Uma senhora empurrando um carrinho com mantimentos e um cachorro em cima da mercadoria parou a seu lado. Billy recostou-se no carro, um sorriso estampado nos lábios. O filme que estava prestes a rodar faria um enorme sucesso entre aquela gente.
— Você se esqueceu de pôr a moeda. – a senhora apontou o contador. — Não pode estacionar aqui se não colocar a moeda.
Ele endireitou o corpo e ergueu o queixo. — Eu posso estacionar onde eu...
O cachorro mostrou os dentes num rosnado.
— Está discutindo com uma pessoa mais velha? – a mulher estreitou o olhar.
Billy correu os dedos pelos cabelos. — Não, senhora. Gregori... arrume uma moeda.
— Bom rapaz. – ela sorriu e deu-lhe um tapinha no rosto, depois foi embora, as meias de lã descendo pelas pernas finas.
— Que tipo de lugar é este? – Gregori perguntou. — Não tem nem um Starbucks? Como vou tomar meu cappuccino?
Billy rangeu os dentes ao ouvir as reclamações. Ele teria despedido aquele almofadinha há séculos, se ele não fosse o "queridinho da titia".
— Cale a boca, Gregori, e encontre um hotel.
— Patrão... – Jhonny, o novo ajudante que ele contratara após a saída de Jimmy, ergueu um dedo. Era um daqueles rapazes loiros e magros que poderia ser facilmente levado por um vento forte ou derrubado pelo soco de uma mulher com uma boa direita. — Não há hotel na cidade.
— Como assim? Que tipo de lugar é este?
— É uma cidade pequena. O hotel mais próximo fica a quatro quilômetros daqui. – lamentou Jhonny.
Billy recostou-se no carro, inspirando e expirando como o médico lhe ensinara.
— Alguém... encontre Jimmy agora mesmo! Quero saber o que ele estava pensando quando me trouxe para este buraco do inferno!
Jimmy estava no paraíso. Aninhado junto aos braços de Jungkook, a cabeça apoiada em seu ombro, ele tinha morrido e ido ao paraíso... mais de uma vez.
— Olá... – Jungkook lhe beijou a testa.
— Oi. – ele sorriu.
Jungkook o puxou para mais perto. — Você é incrível. – deslizou o dedo por seu queixo e pescoço, depois pelo ombro, desfrutando a penumbra do quarto, cujas cortinas ainda cerradas evitavam a claridade do sol da manhã. Na noite anterior, ele havia telefonado para a enfermeira pedindo que ela passasse a noite com Hwayoung em troca de uma bonificação. E pudera ouvir o grito de alegria da irmã pelo telefone.
Aquela noite passada longe da irmã tinha sido restauradora para Jungkook de muitas maneiras, e ele sorriu para Jimmy parecendo descansado e feliz.
— Você é lindo.
— Foi a primeira coisa que você notou em mim?
— Não. A primeira coisa que eu notei em você foi a sua mão.
— Minha mão?
— Estava segurando uma pedra quando nos conhecemos, lembra-se?
— Ah, sim. – Jimmy riu.
— Você também é inteligente.
— Como pode saber? Não conversamos muito... Passamos a maior parte do tempo na cama.
— Onde você mostrou que pode ser muito esperto e criativo.
— Falando nisso, acabei de ter um sonho muito interessante... – Jimmy deslizou a mão pelo peitoral largo e foi descendo com muita ousadia.
— Ei... – Jungkook afastou a mão dele ssorrindo. — Temos que fazer uma pausa para comer pelo menos.
— Peça o serviço de quarto.
— Pensando bem... – Jungkook escorregou um dedo para um dos mamilos alvos. — Podemos comer um ao outro. Que prato pode ser mais perfeito do que este?
O desejo tomou conta de Jimmy novamente, e ainda mais forte do que na primeira vez, pois agora ele sabia como era bom fazer amor com Jungkook.
Suspirou, deliciado. Sempre imaginara fazer amor com ele, mas nunca como seria o depois. Sua fantasia não incluía ser abraçado e acariciado daquela maneira.
Fechou os olhos, puxando Jungkook para si. Deus, como ele temia, seu plano de amá- lo e deixá-lo fora prejudicado. Naquele momento, não podia se imaginar longe de Jeon Jungkook.
Muito menos quando ele o cobria de beijos e ele ficava a imaginar o que viria depois.
O celular começou a tocar e vibrar, deslocando-se sobre a mesa-de-cabeceira.
Jimmy tentou ignorá-lo, mas não conseguiu. Suspirou, vendo-se de volta à realidade e à razão por ele estar ali.
E não era para fazer amor com Jeon Jungkook, disse a si mesmo, e nem para se apaixonar por ele.
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Vingança Antípoda
फैनफिक्शनNo passado, Park Jimin mal podia esperar para ir embora da cidadezinha que o fizera se sentir sem valor e desprezado. Agora, oito anos depois, e totalmente mudado, ele volta a Taebaek a fim de procurar uma locação ideal para um filme. É a oportunida...