Kim Namjoon fechou um olho e posicionou o outro na mira da arma.
— Sr. Kim? – Jimmy tinha acabado de entrar no escritório, determinado a fazer o filme em Taebaek. Nem que fosse morto na tentativa.
Namjoon soltou uma exclamação e abaixou o rifle. — Perdão. Estou me preparando para uma temporada de caça aos patos.
— Eu gostaria de falar com o senhor. Trabalho para uma companhia cinematográfica e estou procurando uma locação para nosso próximo filme. – contou de uma vez. — Taebaek é perfeita. Gostaríamos de usá-la.
— Não estamos interessados. – o homem ergueu o rifle novamente, desta vez mirando um calendário.
Jimmy respirou fundo. — Pense nos recursos que isso traria para a cidade. Um filme colocaria Taebaek em evidência, geraria empregos e...
— Que tipo de filme pretendem fazer?
— Um suspense. – Jimmy cruzou os dedos atrás das costas. Se dissesse se tratar de um filme de terror com vários adolescentes com pouca roupa, ele jamais concordaria.
— Não gosto de suspense. E já tivemos muitos problemas quando os Jeon resolveram colocar Taebaek no mapa. O velho quase arruinou a cidade.
— Não terá de assistir ao filme. – Jimmy ignorou a outra referência. — Basta permitir que a companhia use locações para certas cenas.
— Encontre outra cidade. Esta não está à venda.
Jimmy pensou em Billy, que chegaria em questão de dias. Se não conseguisse a locação, ele arrancaria sua cabeça.
— Jeon Jungkook permitiu que eu usasse sua fazenda.
— Verdade? – Namjoon baixou o rifle.—Conseguiu a assinatura dele?
Jimmy confirmou.
— Incrível. Nunca imaginei que ele pudesse fazer isso dada a história do lugar.
— Refere-se ao acidente com a irmã dele?
— Não apenas a isso.
Jimmy estranhou, mas decidiu não insistir no assunto.
— Uma vez que o sr. Jeon concordou, certamente... Não há a menor chance de eu permitir que um bando de loucos de Hollywood faça arruaça na minha cidade como aqueles repórteres que invadiram Taebaek por ocasião da falência da fábrica de pneus. – com isso dito, levantou-se e abriu a porta. — Nunca mais deixarei que sujem o nome da minha cidade.
— Sr. Kim...
Namjoon trocou o peso do corpo para outra perna, impaciente.
Frustrado, Jimmy deixou o gabinete. Talvez Namjoon tivesse razão. Talvez fosse melhor voltar a Los Angeles e admitir seu fracasso a Billy. Foi quando avistou Jungkook saindo dos correios.
Um dia e meio depois que ele começara a ajudá-lo a cuidar de Hwayoung, vê-lo tornara-se outra complicação. Toda vez que ele estava por perto, a tentação se instalava entre os dois.
Mas, a última coisa de que Jimmy precisava era se envolver de verdade com Jungkook. Não desejava ter o coração despedaçado novamente.
— Parece que está sempre no mesmo lugar que eu. Acho que vou contratar um segurança.
— Você é que me persegue! – Jimmy riu.—Sem dizer que não é difícil deparar-se com conhecidos numa cidade deste tamanho.
— Tem certeza de que não cresceu em uma cidade do interior? Parece muito à vontade em Taebaek.
— Por falar em cidades pequenas – Jimmy se esquivou da pergunta. — O que acha de convencer o prefeito de que um filme em Taebaek seria bom para a cidade?
— Já enfrentou Namjoon, então...
— Ele e seu rifle.
Jungkook correu os olhos pelo corpo belíssimo do outro. — Nenhum ferimento a bala, o que é ótimo.
Duas mulheres mais velhas, vagamente familiares para Jimmy, vinham descendo a rua.
— Oh, céus, se não é Jeon Jungkook! Você está melhor do que no almanaque dos fazendeiros. – Eujin deu um tapinha no ombro dele. — Já se casou?
—Não, senhora. – Jungkook coçou a cabeça, sem graça.
— Tenho uma sobrinha, você sabe. Trinta e cinco anos, três filhos de dois homens diferentes... mas é uma ótima companheira. Sabe trocar um pneu e faz um assado que só vendo.
— Agradeço, sra.Lee, mas estou comprometido.
— É mesmo? Com quem? – a mulher perguntou, surpresa.
Jungkook sorriu. — Se eu contar, sobre o que as senhoras irão fofocar?
Eunin deu-lhe um tapinha no ombro. —Não fazemos fofoca, meu jovem. Nós apenas...
— Trocamos impressões. – completou a outra senhora, cínica. Sorrindo para Jungkook e com um olhar mais do que curioso para Jimmy, as duas senhoras continuaram seu caminho.
Jungkook riu e meneou a cabeça. — Você sabe que acaba de entrar para o "hall da fama" de Taebaek, não?
— Entrei no minuto em que apareci aqui em um carro alugado. Deve haver muita gente se perguntando se eu... – Jimmy riu.
— Se você? – Jungkook perguntou.
— Se eu obtive permissão do senhor Kim. – ele desconversou, tenso.
Jungkook estreitou os olhos. O sol punha reflexos dourados nos cabelos loiros de Jimmy, mas, olhando a raiz dos fios, ele percebeu um tom mais escuro. O senhor Scott não era naturalmente loiro.
— O que foi? – Jimmy perguntou, atento. — Tenho alguma coisa no rosto?
—Nada... Vamos entrar e falar com Namjoon. Acho que posso ajudá-lo a fazê-lo mudar de idéia.
— Se o fizer, ficarei em débito com você outra vez. Quem sabe eu possa lhe oferecer um jantar... ou outra coisa. – Jimmy sorriu, galante, e Jungkook prontamente se esqueceu da cor de seus cabelos.
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Vingança Antípoda
Fiksi PenggemarNo passado, Park Jimin mal podia esperar para ir embora da cidadezinha que o fizera se sentir sem valor e desprezado. Agora, oito anos depois, e totalmente mudado, ele volta a Taebaek a fim de procurar uma locação ideal para um filme. É a oportunida...