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JAMES GRIFFIN

Eu não tinha palavras para descrever a forma como eu estava me sentindo naquele momento. A euforia que percorria cada centímetro do meu corpo. Estava praticamente sonhando acordado pelo fato do meu momento com a Emma se repetir continuamente na minha cabeça como um disco de vinil arranhado.

Sabia que isso aconteceria.
Sabia que seria intenso daquela forma.
E de que foi incrível pra caralho.
Perfeito.
Sem sombra de dúvidas.

Beijar aquela mulher era como receber um fôlego de vida, mesmo que me faltasse ar no ato, depois de muito tempo sem saber o que era respirar. Era como receber água gelada e potável após dias na seca no meio do deserto; como achar uma bússola para o caminho certo quando você passou tanto tempo perdido.

Vê-la daquele jeito, a minha mercê, entregando tudo de si que podia assim como eu fazia, era esplêndido, maravilhoso, me deixou com vontade de tomá-la ali mesmo, de me enterrar fundo no meio daquelas pernas, bem aonde ela se esfregava em mim.

Porra, porra e porra.

O tesão gritante que eu senti, consumiu o meu corpo, enlouqueceu a minha alma, controlou as minhas ações e falou mais alto do que qualquer pensamento lógico que poderia existir dentro de mim.

Deixou-me doente, maluco, alucinado.
Sem conseguir me controlar.

Era tão grande o desejo, tão sublime e delicioso que eu poderia me deixar levar facilmente para fazer alguma besteira ao ar livre se não fosse pelo grito agudo de uma garotinha na parte de dentro da casa.

Se a Melissa não tivesse nos interrompido, não saberia dizer até que ponto teríamos chegado ali naquela varanda, mas confesso que se dependesse de mim, não teríamos parado apenas naqueles amassos deliciosos.

Fiquei minutos andando pelo quarto, após colocar Mia para dormir outra vez e pensando continuamente em Emma, tentado a chamá-la para ir até o meu quarto ou simplesmente caminhar corredor a fora e me embolar no meio dos seus cobertores.

Só que a razão, dessa vez, falou mais alto do que o tesão louco que eu sentia. Mesmo sendo consumido por ele, cheio de vontade de fodê-la, não poderia arriscar que alguém visse eu entrando ou saindo daquele cômodo.

Foi por isso que, mesmo sem sono, deitei na cama para tentar dormir, mas foi totalmente inútil porque fiquei rolando durante horas no colchão sem conseguir pregar o olho pensando naquela loira linda de olhos azuis.

Caralho... Isso não deveria estar acontecendo.

Não deveria ficar pensando nessa mulher como se fosse o caralho de uma obsessão, mas era isso que estava rolando. Eu estava ficando obcecado. Todos os caminhos na minha cabeça levavam até a mulher que morava a poucos metros de distância da minha casa.

Eu sabia no que isso poderia se transformar em pouco tempo, foi assim quando conheci a Valerim, começou com uma mera obsessão, depois foi se transformando em paixão e depois amor...

No entanto, não queria que isso acontecesse, de forma alguma, comigo e com a Emma. Não poderia deixar. Prometi a mim mesmo que nunca mais deixaria uma mulher dominar a minha vida por não querer mais me destroçar. Passar por uma dor tão grande na qual passei dois anos atrás.

E assim como não queria me machucar, não queria machucar Emma. Afinal de contas, ela tinha namorado, seria péssimo nos apaixonarmos com ela sendo uma mulher comprometida.

ℰ𝓈𝒸𝑜𝓁𝒽𝒶 𝒞𝑒𝓇𝓉𝒶Onde histórias criam vida. Descubra agora