Eu olho para a minha cozinha pensando em pegar qualquer coisa para me defender. Meus olhos intercalam entre eles e para o porta facas que eu comprei na semana passada.
Eles ainda estão sentados, olhando para frente.
Eu dou um passo.
— Eu não faria isso se fosse você garotinha. - diz JungKook.
— Eu também não. - diz Taehyung, levantando devagar e eu paro de me mexer.
Eu não estou com medo, mas de alguma forma meu corpo para.
— Não me chame assim. - fico uns segundos em silêncio. — Eu vou ligar para a polícia. - digo, em tom de ameaça. JungKook solta uma risada pelo nariz.
— É sério? - pergunta ele, cético.
Eu não respondo, apenas faço uma cara de "não é óbvio?" Taehyung segue em direção as fotos na minha estante, são dos meus pais.
— Como conseguiram entrar aqui? - pergunto e eles não respondem. Então eu dou mais um passo para o cozinha.
— Se você se mexer mais uma vez, eu vou chegar até você antes que possa piscar e vou arrancar seu coração com as minhas próprias mãos. - diz JungKook.
— Não sou do tipo que sente medo de ameaças, senhor JungKook. Eu realmente não me importo. - digo e corro em direção ao porta facas. Pego a mesma e quando me viro... o cara que me ameaçou está bem na minha frente.
Quando olho para minhas mãos, a faca está cravada em seu estômago.
— Eu te disse... - diz ele com um sorriso de lado.
A faca não está suja de sangue. Eu já sabia que eles não eram humanos, mas tem algo diferente. Não é igual aos demônios que eu conheço. O que vocês são?
Ele se aproxima do meu ouvido. — Não sei se você é burra demais ou corajosa demais. - diz ele.
— Demônios? - sussurro, confusa. — Vocês não deveriam conseguir entrar aqui.
— Não somos iguais aos que você está acostumada. - diz ele.
— Vocês realmente não deveriam conseguir entrar aqui. - digo, dando ênfase em toda a frase. — Minha casa é protegida. Magia espectral.
Eles me olham curiosos. JungKook se afasta um pouco e me encara.
— Como conhece essa magia? - pergunta Taehyung.
— Não sei, só conheço. - digo. — Isso deveria matar vocês.
— Esse tipo de magia não funciona na gente, garotinha. Nós somos o motivo dos outros demônios existirem, nós somos o motivo do mundo ser o que é. De todo caos e todo medo que passa pela veia dos mundanos. - diz JungKook. — Nós somos o motivo dos seus piores pesadelos. - ele termina, sussurrando.
Minha espinha arrepia. Por que estou arrepiada se já sou acostumada com isso? — Eu posso estar acostumada com os demônios, mas com esse tipo... nem um pouco.
— Deixe-a em paz. - diz Taehyung. — Como viu minha tatuagem?
Eu afasto JungKook de perto de mim. — Nunca mais se aproxime de mim dessa forma. E eu só irei avisar uma única vez, não queira me testar. - digo olhando no fundo de seus olhos.
— Não é uma tatuagem muito comum, qualquer um veria. - respondo. — Quem são vocês?
— É um jogo de perguntas e respostas? - diz JungKook abrindo minha geladeira.
Eu chuto a porta da mesma e ele me encara por conta da força e da minha rapidez. — Não mexa nas minhas coisas. - digo, séria.
— Você é forte, isso está ficando interessante.- diz ele, realmente impressionado.
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Os sete pecados capitais | BTS
Fiksi PenggemarSophie tem um bar que herdou da sua família, muitas pessoas diferentes o frequentam. Quando ela era mais nova, seu pai vivia lhe contando sobre histórias fantasiosas antes de dormir. Ele falava sobre vampiros, lobisomens e a que mais a impressionava...