Quando meus olhos se abrem, percebo imediatamente que o espaço ao meu redor está vazio. O calor do corpo de JungKook já se dissipou, deixando o lado da cama onde ele estava deitado ainda levemente amassado, mas frio ao toque. O quarto está envolto em uma penumbra suave, iluminado apenas pela cor vermelha dos leds.
Será que ele odiou?
O silêncio no ambiente é quase ensurdecedor, uma pausa calma e densa, onde cada som, cada batida do meu coração, parece amplificada. Por um momento, fico ali, deitada, me lembrando dos acontecimentos de horas atrás, enquanto sinto um leve arrepio percorrer minha pele. Meus pensamentos ainda estão nebulosos, os últimos vestígios de sonho se misturando com a realidade. É como se o quarto guardasse a memória de cada toque, cada sussurro, ecoando silenciosamente nas paredes.
Finalmente, sento na beira da cama, afastando os lençóis macios que ainda guardam o perfume de Jeon. Passo a mão pelo cabelo, tentando domar os fios bagunçados, e olho ao redor, como se procurasse por um sinal dele, mas o quarto está vazio, como se ele nunca tivesse estado ali.
Uma sensação de vazio momentâneo passa por mim, mas a sacudo com um suspiro, sabendo que ele provavelmente já saiu para resolver algo.
Nós ainda estamos no meio de uma guerra. Eu deveria saber que ele não é de ficar abraçado assim que acorda de um sexo. Mas, de alguma forma, as palavras que me disse ainda estão frescas em minha mente.
"Seja minha, Sophie." — "Por que eu sou seu, desde o dia em que eu te vi e serei por toda a minha vida."
— O que você quer de mim, Jeon. Uma hora me afasta como se eu fosse um monstro e outra me ama. - digo, em voz alta. Tentando entender sua real intenção comigo.
Levanto, sigo em direção à porta, meu corpo ainda um pouco preguiçoso pelo sono. Abro a porta do quarto e saio, pisando no corredor que está silencioso, exceto pelo leve som de passos que parecem vir de algum lugar no primeiro andar da casa. Caminho até o meu quarto, onde a luz que entra pelas janelas parece mais intensa, iluminando cada detalhe do ambiente.
Vou direto ao armário e escolho uma roupa simples: uma calça preta e uma blusa de algodão macia. O tecido é familiar e reconfortante contra minha pele, felizmente não é mais umas daquelas que me deixam sem respirar. Com as roupas em mãos, me dirijo ao banheiro, fechando a porta atrás de mim e girando a chave.
No banheiro, encaro o espelho que me devolve uma imagem que parece ao mesmo tempo familiar e um pouco diferente, como se a mulher que me olha estivesse mudando aos poucos, moldada pelos eventos dos últimos dias. Há uma leveza em meu semblante que não reconheço completamente, uma tranquilidade que se mistura com a tensão subjacente de tudo o que está por vir.
Coloco as roupas cuidadosamente sobre a bancada e ligo o chuveiro, permitindo que a água quente comece a correr, criando uma nuvem de vapor que envolve o espaço em uma névoa reconfortante.
Quando finalmente entro sob a água, sinto os músculos tensos relaxarem, como se a água estivesse lavando não apenas o sono, mas também os pensamentos e as emoções confusas que ainda pairam sobre mim.
Enquanto a água quente desliza pelo meu corpo, a tensão começa a se dissolver, mas minha mente decide me trair. Como se a própria água estivesse trazendo à tona memórias que eu preferiria esquecer, pelo menos por um momento, sou imediatamente levada de volta ao momento em que os lábios do anjo da luxúria encontraram os meus.
O calor do chuveiro se mistura com o calor que lembro ter sentido em seu toque, e minha pele começa a arrepiar, como se pudesse sentir novamente a eletricidade que percorreu cada centímetro do meu corpo naquela madrugada.
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Os sete pecados capitais | BTS
Fiksi PenggemarSophie tem um bar que herdou da sua família, muitas pessoas diferentes o frequentam. Quando ela era mais nova, seu pai vivia lhe contando sobre histórias fantasiosas antes de dormir. Ele falava sobre vampiros, lobisomens e a que mais a impressionava...