A ascensão

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Ao ouvir o grito vindo do lado de fora, lentamente todo o pessoal subiu cuidadosamente e se retiraram do lugar. Não havia nada, além daquela estátua de sempre na caverna, cujo alterou de lugar.

Augusto retornou, sem a presença de Matheus.

Ele se recusou a dar um fim nesta briga. — Então está foi a decisão dele, ele simplesmente preferiu ir embora.

Que paté...

Ajuda-me! — Um grito novamente foi ecoado pelo local, a voz, no entanto, não era de ninguém do grupo, foi a estátua.

Com passos lentos fui até a estatua, ao encarar seu rosto. De repente, seu olho se descascou. Piscando o olho direito e após isto o esquerdo. A estatua estava se tornando um ser humano, Erika me puxou para trás.

A estátua havia se tornado em humana, algo que chocou todos nós.

Quem são vocês? Por que vieram aqui neste acampamento? — Ela mostrava claramente sua desconfiança sobre nós

O clima ficou tenso, nada mais me surpreendia neste lugar tenebroso e sombrio. — Nós sofremos um...

Acho melhor você começar a falar! — Morgana ordenou, a moça não pareceu se sentir ameaçada. Na verdade, aparentava estar decepcionada.

Todo meu esforço... Foi em vão! — Ela falou em prantos

Me aproximei dela, confusa com suas falas e atitudes, meu objetivo era a compreender. — Como assim?

Eu me tornei uma estátua, eu sacrifiquei minha vida toda para este lugar desaparecer para sempre. Se vocês estão aqui, significa que tudo deu errado.

Oque deu errado?

O acampamento, a ascensão do acampamento Wild não foi parada, ela irá prosseguir!

O chão começou a rachar, uma luz forte saia das rachaduras, todo o acampamento estava passando pela tal ascensão, buracos começaram a se formar, caímos. Um por um, quando apenas restou eu e aquela moça, juntas, um buraco se abriu sob a gente.

Diversos destroços caíram em cima de mim, quando olhei ao redor. Vi algo incrível, era um enorme coração vivo, ele brilhava em um forte tom azulado, este lugar... Está vivo.

Você está sangrando! — Ela me alertou, me puxando para fora dos destroços, mal me importei. Estava concentrada demais naquele coração, eu me aproximei lentamente.

NÃO! — foi a última coisa que escutei antes de pôr a mão.

Meu corpo foi energizado por aquele lugar, senti meus ferimentos se fecharem, toda minha perspectiva estava mudando sobre este lugar, a verdade sobre ele. Todas as vítimas que morreram aqui, eu sei a verdade. Uma mão me puxou para trás, eu já não estava mais consciente...

Ei... Sarah! Pessoal ela está acordando! — Parecia ser a voz de Augusto, tudo pareceu ser tão confuso.

Onde eu estou?

Graças a Amber nós conseguimos fugir daquele evento — Augusto me respondeu

Amber? — olhei para os lados, fiquei confusa sobre como eu vim parar em um hospital.

Uma moça adentrou a sala, a mesma moça de antes.

Eu sou Amber, precisamos conversar sobre esse lugar. — Amber iria me contar a verdade sobre este lugar. Mas, por algum motivo, eu já sabia. Desde que acordei estou tendo lembranças que não são minhas.

Me levantei da cama, daquele quarto branco e vazio. Acompanhei Amber até outra sala, onde se aparentava com um tipo de interrogatório, eu estou prestes a ser interrogada.

Suponho que você sabe o motivo de estarmos aqui. — Ela me confrontou, com uma expressão séria no rosto.

Comecei a pensar sobre oque eu fiz, logo me recordei da última coisa que fiz, entrei em contato com o coração desse lugar, ela quer saber oque eu descobri.

Eu não sei de nada, eu juro! — Amber por sua expressão deixou nítido que não acreditou.

Ela logo se levantou, batendo com força na mesa, ela aproximou seu corpo. Estava enfurecida com uma simples mentira.

Diga agora tudo oque descobriu! — Não estava suportando toda essa pressão, ela queria que eu a reponde-se algo que nem eu sei.

Me dê um tempo! Eu não sei oque aconteceu, são tantas lembranças ao mesmo tempo que... — Morgana abriu a porta, com uma expressão de desespero no rosto.

O cinzento está atacando! — Amber logo se levantou e saiu da sala, tudo estava tão calmo. De repente foi se tornando puro caos.

A única coisa que pude fazer, foi me sentar. No canto da sala, tentei me concentrar nas lembranças. Até que paralisei, meu corpo estava imóvel. Mas, meu consciente ainda funcionando.

Novamente estava tendo as lembranças, dessa vez foi mais claro de compreender, era um menino, correndo desesperado pela floresta do acampamento. Chorando de desespero, à procura de alguém específico, ele dizia o nome de uma moça.

"Amber!"

Tudo isto já havia ocorrido há muito tempo, eles estavam tentando impedir que a ascensão terminasse de acontecer. Eu posso sentir agora, falta apenas mais um pouco para este acampamento virar um cemitério.

Sarah... Sarah! — Augusto me balançou

O acampamento, todo o passado dele vem a tona se não impedirmos a ascensão! — Ele me carregou, não parecia dar importância para oque eu dizia a ele.

Ele me tirou da sala, pude finalmente reconhecer o lugar, estamos naquela mesma mansão onde eu tive que enfrentar um desafio. Ao passar em frente a uma janela, pude ver no reflexo que meu olho direito estava azul brilhante, uma das minhas mechas do cabelo havia se esbranquecido.

De repente, Augusto parou de correr. No final do corredor, estava um ser coberto por plantas, com uma máscara de madeira que mostrava apenas seus olhos amarelos, ele estava com uma tesoura de jardinagem, ele começou a correr em nossa direção.

Logo Augusto tentou fugir, correndo pelos corredores, até que ele encontrou um duto de ventilação aberto. Ele me ajudou a entrar, mas quando ele tentou subir. Acabou levando um corte na panturrilha.

Logo me recordei da foto onde apenas o meu rosto e o de Yum estava marcado, se entre todos nós. Apenas ele desapareceu, significa que sou a próxima, ele veio me buscar.

Augusto! Não tem para onde fugir... — Afirmei isto me rastejando pela tubulação. Eu tenho que me entregar, só assim irei poder salvar Augusto.

Eu tenho um pedido... — Parei de me mover

Sarah? — Ele me olhou, desordenado pela situação.

Continua...

A ascensão do acampamento WildOnde histórias criam vida. Descubra agora