Love Supports Everything - EM HIATUS!

|Capítulo 7|

Patrick Wilson

- Bom dia! - Sorri entrando no camarim que eu dividia com Vera, acabei descobrindo assim que cheguei no studio.

Vera estava de costas enquanto James a olhava com uma expressão de desespero no rosto, ele apenas me olhou como se pedisse ajuda e saiu pela porta a fechando em seguida, nos deixando sozinhos.

- Vera? Você está bem? - Me aproximei tocando suas costas estando seu silêncio. - Olha para mim, por favor. - Pedi e assim ela fez.

Era como se acabassem de me esfaquear diretamente no peito, ao ver seu estado senti minha garganta fechar me impedindo de respirar e meus punhos se serrarem com força.

Seu olho esquerdo estava inchado e completamente roxo e seu lábio inferior tinha um corte com um pouco de sangue sangue seco.

Eu pedi tanto a Deus que ela encontrasse alguém que a amasse, que a amasse mais do que eu a amei, que a respeitasse, que cuidasse dela mais do que eu um dia eu cuidei, ao invés disso ela estava presa a alguém que a maltratava da maneira mais covarde, da maneira mais nojenta que existia.

- Vera... - Foi a única coisa que consegui dizer me abaixando e ficando na sua altura. - Eu vou cuidar de você. - Parece que meu leve toque no seu rosto foi o estopim para que ela desabasse em lágrimas, como eu nunca tinha visto, nem mesmo quando ela partiu.

A abracei com cuidado para não machuca-lá deixando que ela se desmanchasse em lágrimas emitindo soluços abafados e dolorosos contra meu ombro, esfreguei suas costas com carinho dando um leve beijo na lateral do seu rosto tentando conforta-lá de algum jeito.

Ela se afastou devagar colocando seus óculos escuros e pegando sua bolsa.

- Me tira daqui por favor. - Vera praticamente suplicou agarrando meu braço com força, como se quisesse ser protegida.

Passei meu braço por cima do seu ombro enquanto saímos juntos em direção ao estacionamento.

- E o James? Não podemos sair assim. - Ela parou na metade do caminho com um semblante preocupado.

- Vera, você já se deu conta do que está acontecendo? O trabalho é o de menos. - Apertei sua mão e ela assentiu voltando a caminhar junto a mim. - Eu mando uma mensagem para ele depois, tenho certeza de que ele vai entender, apenas... apenas não se preocupe.

- As minhas coisas estão no porta malas... - Farmiga sussurrou parecendo fora de órbita enquanto se agarrava nos meus braços, como se fosse a única que a ajudasse ficar em pé.

- Deixa que eu resolvo. - Beijei seus fios castanhos a levando até meu carro, abri a porta do carona para que ela entrasse.

Tomei a liberdade de pegar sua bolsa e procurar pela chave do seu carro, assim que achei a mesma fui até ele pegando todas as suas malas, que por sinal não eram poucas, depois de garantir que não esqueci de nada fui até meu carro abrindo a porta do motorista.

Toquei sua perna com carinho, sua mão pousou sobre a minha a apertando levemente, como se quisesse me confortar dessa situação, quando na verdade era ela quem precisava ser confortada nesse momento.
Eu ainda não podia acreditar que isso tinha acontecido com ela, justo com o meu anjo.
Minha vontade era de ir atrás desse filho da puta e bater nele até que visse seu sangue jorrar em minhas mãos, até que ele não respirasse, mais agora não era a hora, quando eu tivesse Vera deitada e dormindo em um lugar seguro eu iria atrás dele sem hesitar.

- Eu posso te levar para minha casa. - Falei a vendo negar rapidamente.

- Eu prefiro ficar em algum hotel. - Ela disse baixo.