Capítulo 17

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Ellie viu Tiny, a pequena morena, esfregar o chão do corredor enquanto ria. Ellie teve que esconder o próprio sorriso. Olhou para Breeze.
— Você acha que lavar o chão é legal? A veja fazer isso?
Breeze riu.
— Você devia ver a alegria de algumas delas esfregando os banheiros. É meio louco. Odeio limpá-los. Os produtos químicos têm mau cheiro.
— Vocês tendem a ter o nariz sensível.
— Sem brincadeira. Como é que Fury está?
— Ótimo. Está com raiva que o estão mantendo tão drogado. Tinham que fazer. Continuava tentando sair da cama, exigindo sua roupa. Você devia ter visto a pobre enfermeira que entrou lá. Imagine a bunda de Fury nua e ele rosnando pelas suas roupas. Ela gritou quando deu de cara com isso. Acho que finalmente conseguiram fazê-la parar de correr pelo tempo que chegou ao estacionamento.
— Por que que enviaram uma mulher gritando? — Breeze parecia confusa.
Ellie riu.
— Ele é um cara grande, Breeze. Estava com raiva e todo o seu sangue bombeava por toda parte. Quero dizer por toda parte. Agora imagine se uma mulher tímida entra numa sala com um grande cara musculoso, nu, com uma grande ereção e está rosnando para ela.
Um sorriso se abriu na face de Breeze.
— Nossos homens são impressionantes dessa maneira.
— Sim, eles são. — Ellie concordou com um sorriso.
— Ela não ficou excitada?
— Estava com medo por sua vida.
— Que idiota.
Ellie riu.
— Onde é que você a escolhe?
— Tenho assistido mais televisão. Estou pra baixo esses dias. Que idiota. Uma prostituta demiolada.
Rindo mais forte, Ellie balançou a cabeça.
— Você ainda precisa trabalhar. Você estava indo bem até que a chamou de prostituta desmiolada. Uma prostituta é uma mulher que dorme com um monte de homens. Esta mulher viu um nu e saiu correndo do terror.
— Ok. — Breeze piscou. — Vou assistir mais televisão.
— Caramba. Tenho uma pergunta.
— Jogue. — Breeze sorriu. — Isso é uma gíria. — O sorriso morreu. — Não jogue nada em mim. Você não me machucaria, mas poderia jogar algo de volta e iria ferir você.
— Entendi. — Ellie tentou esconder a sua diversão. — Tenho certeza de que você poderia me machucar se você quisesse. Minha pergunta é: de onde é que vocês tiraram seus nomes? Eles são ótimos, mas o que você tem contra nomes regulares como Maria ou Tina?
— Isso é simples. Não somos pessoas normais. Alguns de nós são nomeados pela nossa melhor habilidade e alguns de nós são nomeados pelas nossas coisas favoritas. Alguns de nós escolhemos nomes que pensamos que nos descreve melhor. Escolhi Breeze (brisa) porque gostava da brisa sobre o meu rosto, acima de tudo depois que conheci a liberdade.
Meu nome foi escolhido por mim. — Disse Halfpint enquanto caminhava para o sofá e sentou-se perto de Ellie. — Quando me levaram para o hospital, onde os médicos estavam tratando dos Novas Espécies, um dos médicos olhou diretamente para mim e disse que as outras mulheres poderiam ser duas de mim. Começaram a me chamar Halfpint(meio litro) enquanto me recuperava e pegou.
Ellie lutou uma risada, mas conseguiu sorrir em vez.
— Os médicos que nos trataram só viram nossos fêmeos protótipos experimentais. Halfpint foi uma das primeiras de sua espécie a ser tratada — explicou Breeze.
— Tiny (minúscula) é menor do que eu, assim, quando trouxeram-na, os médicos a chamavam por esse nome. — Halfpint murmurou.
— Justice escolheu o seu nome porque queria isso para o nosso povo — Breeze informou a Ellie. — Ele é de uma instalação de teste no norte e por isso que escolheu North como seu sobrenome.
— Pensei que a maioria de vocês não tivesse sobrenomes. — Ellie olhou para Breeze por uma resposta.
— Não. Nós não temos. Vamos trabalhar nisso, eventualmente. Quando precisarmos de um, vamos pensar em alguma coisa. Justice ofereceu-se para partilhar o seu sobrenome com quem quiser. O que você acha de Breeze North?
— É cativante. — Ellie admitiu.
— Também gosto. Tem sentido e sou da mesma instalação de teste que Justice.
— Não sabia disso.
— Sim. Tentaram criar mais raça entre Justice e eu muitas vezes. Ele é um bom homem.
— Sei que ele é. — Ellie concordou. A imagem de Justice e Breeze juntos a chocou. Foi incapaz de imaginá-los sendo íntimos.
— Quando tinham fêmeas e machos da mesma raça numa instalação de teste, éramos forçados a ficar juntos. Os cientistas queriam ver se nós poderíamos ter filhos. Achavam que, se um macho e fêmea não produziam, mudavam um de nós, talvez pudéssemos conceber com outro macho.
— Nunca fomos dadas a qualquer um dos nossos homens. — Halfpint sussurrou em uma voz suave e triste. — Gostaria que tivéssemos.
Breeze estendeu a mão para afagar o braço de Halfpint.
— Sinto muito. Eram sempre amáveis e gentis com a gente. Compartilhamos respeito e dignidade. Queria que você também soubesse o que é isso, mas se você estiver pronta, você vai saber um dia.
Ellie queria perguntar, mas não o fez. Halfpint olhou para Ellie.
— Fui uma das mais afortunadas. Só me deram para um homem mais velho que não me compartilhava com outros. Tiny... —Halfpint piscou para conter as lágrimas. — O homem a quem deram ela era jovem, forte, e a feria mais. Também a compartilhava com alguns de seus amigos. Aquele a quem me deram era mais frágil e seus ataques não eram muito dolorosos. Nos últimos anos não foi capaz de usar sua parte maculina. Falhou com a idade. Ficava com raiva e tentava me bater, mas ele não me machucou muito. Ele gritava em sua maioria.
— Sinto muito. — Ellie resistiu ao impulso de tentar abraçar a outra mulher, para dar conforto. — Você sabe como descobriram você?
— Os registros financeiros foram rastreados — respondeu Breeze. — Qualquer um que fez realmente grandes depósitos nas contas das Indústrias Mercile receberam presentes. Foi quando nos demos conta de que algumas das nossas mulheres foram dadas. Descobriram Halfpint. É assim que a maioria das mulheres presentes foram recuperadas.
— Foi aterrorizante. — Halfpint sussurrou, quase parecendo com medo de que alguém pudesse ouvir. — Ouvi ruídos altos e, em seguida, todos esses homens armados arrombaram a porta. Pensei que vieram me matar. Foi quando vi uma mulher atrás deles e disse aos homens que nos deixassem sozinhas. Conversava comigo enquanto tirava minhas algemas e me levou em segurança para fora de onde fui presa. Prometeu me levar para algum lugar onde não seria magoada.
— Uma mulher Nova Espécie? — A curiosidade correu por Ellie.
— Não. — Breeze balançou a cabeça. — Ela é um humano completo. Esqueci o nome dela, mas vai em todos os ataques, quando um mandado novo é emitido. É quem se encarrega das nossas fêmeas quando são encontradas e as leva para cuidados e tratamento.
— O nome dela é Jessie. — Halfpint sorriu. — Ela tem cabelo vermelho de fogo e olhos bem azuis. Ela é pequena como nós. Tem uma voz macia.
— Ellie? — Uma das mulheres Novas Espécies chamou sua atenção.
— Sim? — Ellie respondeu.
— Talvez queira ir para casa. Acabei de receber uma ligação no telefone do dormitório dizendo que Fury deixou o hospital. Ele está indo para lá.
— Mas não deve fazer isso até depois de amanhã.
Breeze bufou de trás de Ellie.
— Nossos homens nem sempre fazem o que deveriam fazer.
— Merda — Ellie suspirou. — Vou ver vocês amanhã. Espero que ele não tenha feito mal a ninguém. — Ela murmurou baixinho.
* * * * *
Ellie empurrou e puxou Fury para a cama, embora não quissesse ir para lá. Ela lançou um olhar feio para Tiger, um oficial NE que sorria, se divertindo com a situação. Os braços cruzados sobre o peito e se recusou a ajudar Ellie a fazer Fury ir para a cama. Retrocedeu, tornando sua intenção clara.
— Não quero deitar. Estive fazendo isso por uma semana — Fury rosnou.
Ellie balançou a cabeça.
— Você vai descansar ou juro que vou pegar emprestado uma arma de choque, disparar no seu traseiro, e amarrá-lo na cama.
Fury rosnou ferozmente para ela e seus olhos escuros se estreitaram. Ellie rosnou de volta para ele e o puxou com mais força.
— Não rosne para mim. Rosnarei para você de volta. Agora vamos tirar essa roupa. — Olhou para ele. — Você tem de ficar no hospital ainda. Não me de nenhuma desculpa, Fury. Te amo até a morte, mas se você não se deitar, vou pegar emprestado sua arma de choque. Falo sério.
Fury parou de lutar. De repente, mostrou seus dentes afiados quando sorriu.
— Se eu for para a cama nu, vai tirar a roupa comigo?
Ellie suspirou para ele.
— Não haverá nada disso. Você fez essa cirurgia há uma semana, estava a beira da morte, e você não está liberado para isso ainda. Agora se comporte.
— Vou estar na sala ao lado. — Tiger riu.
Ellie virou para assistir o oficial sair. Seu olhar voou de volta para Fury.
— Você sabia que ele não sairia e disse isso de propósito.
Ele riu.
— Ele já se foi. Tire suas roupas e eu vou tirar também. Nós dois vamos para a cama. Posso olhar e tocar, pelo menos. — Virou-se e passou o braço em torno dela. — Quero te sentir na minha pele. Isso fará com que me cure mais rápido.
— Não sabia que tocar pele com pele ajuda seu processo de cura.
— Não, mas me sentiria melhor.
Ellie riu.
— Vou fazer um acordo com você. Você tira a roupa por vontade própria, sobe na cama, e vou fazer seu almoço. Depois de comer, deito com você.
— Nua?
— Não. Você deveria estar descansando, mas poderia arranhar suas costas e brincar com seu cabelo. Você vai gostar disso.
Ele resmungou baixinho.
— Doçura, poderia deitar em uma cama de pregos, se você quisesse me tocar e brincar comigo, mas não é nas minhas costas ou no meu cabelo que quero que você ponha suas mãos.
Ellie lambeu os lábios, pensando, e decidiu que não poderia machucá-lo se apenas esfregasse-o com uma loção. Fury rosnou, pressionando seu corpo mais perto dela. Assentiu.
— Vou pegar o almoço. Você deita nessa cama. Estarei de volta em poucos minutos.
Ele a soltou. Ellie se moveu em direção à porta. Ouviu um material se rasgando e virou a cabeça para olhar por cima do ombro para descobrir Fury olhando para ela. Havia rasgado sua camisa, em vez de tomar o tempo para cuidadosamente tirá-la sobre sua cabeça e as bandagens do seu lado. Ela riu.
— Está com pressa?
— Corra para a cozinha e volte.
Ellie abriu a porta do quarto com uma risada e quase esbarrou em Tiger. O homem avançou para trás, sorrindo. Parecia que se divertiu muito.
— Não me diga. Grande senso de olfato e audição afiada?
— Vou protejê-lo da sala. Dessa forma, tenho quartos suficiente entre nós para não ouvir o que ele quer que você faça.
Ellie preparou para Fury um sanduíche de peru e pegou um refrigerante. Também levou um saco de batatas fritas, quando foi para o quarto. Mesmo tenha chegado em casa dias mais cedo, Ellie estava emocionada em tê-lo com ela. Queria ficar no hospital o tempo inteiro, mas o pessoal do hospital não queria que ficasse. A mídia tornou-se um circo e piorava, quando estava com ele.
Fechou a porta do quarto com firmeza. Não havia uma fechadura, mas não se preocupava com isso desde que Tiger não entraria, pois sabia que Fury estava na cama, obviamente nu sob o lençol, um sorriso feliz no rosto bonito, e tinha empurrado travesseiros atrás das costas para esperar confortavelmente. Um grande volume formou uma tenda sobre o seu colo. Ellie viu isso e riu.
— Um pouco animado para por me ver com o almoço? — Brincou. — Sei que você gosta de peru, mas puxa, Fury.
Seu olhar escuro brilhava.
— Você realmente vai me fazer comer primeiro?
Sentou-se na beira do colchão e entregou-lhe o prato. Sua atenção baixou de volta para o pólo impressionante mantendo a “tenda”.
— Ia colocar isso em seu colo, mas não há espaço. — Ela riu. — Coma, querido.
Com um gemido, Fury pegou o sanduíche e deu uma mordida enorme. Mal mastigava. Ellie riu e abriu seu refrigerante para dar a ele. Tomou um gole, mas manteve o olhar fixo nela. Ellie se levantou e foi em direção ao banheiro.
— Onde está indo? — Fury rosnou para ela quando o seu sorriso desapareceu.
— Eu vou voltar. Paciência.
— Não tenho nenhuma.
Ellie abriu o armário dentro do banheiro e encontrou a loção. Pegou uma toalha de mão. Voltou para o quarto para ele ver.
— Como é que soa uma massagem?
— Não me provoque. Tem sido uma semana longa e solitária.
Ellie se sentou na beirada da cama e tirou a tampa da garrafa. Derramou loção em suas mãos e usou o cotovelo para puxar o lençol do seu colo. Fury gemeu e arqueou contra as palmas das mãos no segundo que tocou seu pau duro e excitado. Ellie inclinou para frente, lambendo seu peito. Evitou a fita que mantinha seu curativo no lugar. Havia levado um tiro nas costas perto de seu lado e outro tiro perto do ombro. Teve sorte que a omoplata não quebrou por causa da bala.
— Eu te amo. — ele gemeu.
Ellie acariciou-o lentamente, amando cada segundo tocando a pele aveludada, que envolvia em torno de seu eixo de aço rígido. Brincou com ele com a boca um pouco próxima, enquanto suas mãos massageavam a coroa para a base de seu pênis. Fury rosnou e inchou a um tamanho substancial. Olhou para baixo. Desta vez, queria vê-lo gozar.
Fury rosnou o nome dela enquanto ficava tenso contra ela. Seu corpo todo tremia quando começou a gozar. Um nódulo formou na parte inferior de seu pênis logo acima de suas bolas na base de seu eixo. Isso é o que sentia quando estava enterrado na vagina dela no final do sexo. A visão fascinava-a quando continuou a protuberância.
Lembrou-se de quando disse ser um atirador forte. Curvou uma de suas mãos por cima da cabeça do seu pau, enquanto acariciava seu eixo mais rápido, manobrando-o um pouco mais apertado. Jatos quentes de seu sêmen branco saltaram contra a palma da mão e percebeu que não estava brincando sobre sufocá-la se estivesse realmente excitado. Ergueu o olhar para ver seu rosto.
Jogou a cabeça para trás e gritou o nome dela quando ordenhava cada gota de sêmen. Ellie sorriu enquanto continuava tocando sua carne sensível até que Fury agarrou as mãos para fazê-la parar.
Ellie beijou Fury em seus lábios. Sua língua brincou com o lábio inferior. Gemia seu nome quando suas mãos foram para seus seios.
— Você se sente melhor? Mais relaxado?
Ele rosnou em resposta.
Ellie afastou suas mãos para limpá-lo com a toalha e atirou para o banheiro. Colocou um pouco de distância entre eles. O olhar de Fury estava trancado com o dela.
— Quero você. — Ele rosnou.
Ellie gritou de surpresa quando Fury atacou de repente, agarrando seu braço e lhe deu um puxão forte que a esparramou em cima da cama. Suas costas bateram no colchão e Fury desceu sobre ela a prendendo entre a cama e ele. Ellie olhou para ele.
— Você vai abrir suas feridas, Fury.
— Não vou. — Estendeu a mão para agarrar a saia de Ellie, manobrando-a com a mão. Ele puxou o material do corpo de Ellie até a cintura.
— Fury, pare.
Seu olhar escuro encontrou o dela.
— Ainda estou almoçando. Você está no menu.
Desejo penetrou até os ossos de Ellie.
— Mas seus pontos...
— Vou ter cuidado para não arrancá-los. — Sorriu. — Vou mantê-los para cima, então não vou mexer muito. Como é que você o chama? O botão? Estou com vontade de lamber um botão, Ellie.
— Deveria dizer não, mas não consigo — Ellie sussurrou, seu corpo inteiro ganhando vida com a promessa do que ele queria fazer. Apertou a mão contra Fury, enquanto mexia os dedos na borda da sua calcinha. Enganchou a seção central deles e deu um puxou forte. Jogou o material rasgado da cama.
— Você sabe que devia parar de usar essas coisas — ele rosnou. — Elas apenas me irritam.
— Tudo bem.
Ele riu.
— Nenhum argumento?
Balançou a cabeça. Os dedos de Fury massageavam seu clitóris, brincando com ela, e dirigindo a sua paixão ainda maior. Moveu-se para mais baixo em seu corpo. Abriu mais as coxas para que pudesse se ajeitar entre elas.
— Vou queimar todas elas, se isso te faz feliz, contando que não pare de me tocar.
— Queime-as — insistiu ele suavemente, deslizando para baixo da cama ainda sobre Ellie. Usou a mão livre e puxou sua camisa até seus seios. Sua boca roçou no inferior do estômago e sua língua traçou seu umbigo. — Queime os sutiãs também.
— Qualquer coisa. — Ellie gemeu, empolgada com paixão. Perdeu tanto sua consciência que já estava quase gozando, embora mal tinha começado. Ela gemeu. — Amo o seu polegar e o jeito que você me atormenta.
Fury avançou mais abaixo, a boca pairando sobre o material apanhado sobre seus quadris para encontrar a pele novamente. Empurrou as coxas afastando-as. Fury rosnou e depois abaixou o rosto. Ellie agarrou-se na cama e gemeu seu nome, arqueando em sua boca enquanto lambia sua vagina.
— Senti saudade do seu gosto — respondeu asperamente. — Estou viciado em você.
Sua língua áspera, encontrou o local exato que a enlouquecia, e gemeu para que soubesse o quão incrível se sentia. Pressionou mais apertado contra ela, mantendo o aperto de sua língua lá massageando para frente e para trás sobre seu clitóris.
— Fury. — ela gemeu.
— Eu disse pare, porra! — Tiger gritou.
A porta do quarto se abriu. A cabeça de Fury se ergueu, mas seu punho agarrou o material agrupado em sua cintura para puxar a saia de Ellie o suficiente para preencher o espaço entre seu queixo e seu corpo para ocultar a vista do sua vagina exposta. Confusa e atordoada, Ellie torceu a cabeça. Uma mulher e Tiger pararam na porta. A mulher ficou de boca aberta em choque. Tiger riu antes dele se virar de costas.
— Tentei impedi-la. — Tiger riu. — Desculpe, Fury. Desculpe, Ellie. Esta é a enfermeira da casa de saúde.
Fury rosnou. Ellie empurrou freneticamente sua saia para abaixá-la mais para as pernas, mas o corpo de Fury impedia sua ação. Balançou os ombros para longe de Fury até que pudesse sentar-se. Seu olhar correu pelo corpo de Fury, esparramado em seu estômago sobre a cama. A maioria do lençol estava torcido em seus quadris, mal cobrindo o seu traseiro. Ellie, em seguida, olhou para a enfermeira morena de vinte e poucos anos que olhava confusa em ambos. A enfermeira cobriu sua boca fechada, mas então abriu de novo tão rapidamente.
— Você não deveria estar fazendo isso — resmungou a mulher. — Sr. Fury, você vai abrir suas feridas. Srta. Brower, que vergonha!
— Saia — Fury rosnou. Agarrou o tornozelo de Ellie quando tentou sair da cama. — Agora.
A enfermeira tinha um rosto bonito, mas sua expressão era severa no momento.
— Não vou. Foi bom eu ter chegado aqui nessa hora.
— Não acho que concordam com você — Tiger bufou com uma risada. — Acho que você chegou numa hora ruim. Certo Fury? Ellie?
— Tirem-na daqui — Fury exigia.
— Não posso. — Tiger voltou-se e encolheu os ombros. — Ela é sua enfermeira. Vai estar vivendo aqui até a próxima semana. Que foi a condição de Justice, já que Ellie vai todos os dias para o trabalho. Você concordou assim, poderia voltar para casa cedo para se recuperar com Ellie. Desculpe, Fury. Está fora do meu alcance.
A enfermeira balançou a cabeça.
— Você sabe que ele foi baleado duas vezes para protegê-la. Não foi o suficiente para você, Srta Brower? Ele precisa dormir e não se mover. — A mulher curvou-se para o chão. Ela se endireitou, segurando a calcinha rasgada de Ellie, entre o indicador e o polegar. Olhou para Ellie. — Esse tipo de coisa não é aceitável.
Tiger se encostou na parede, agarrando seu estômago, e começou a rir novamente. Ellie sabia que seu rosto devia estar vermelho vivo, enquanto Fury parecia prestes a matar alguma coisa. A enfermeira jogou a calcinha rasgada de Ellie no cesto de lixo perto da porta.
— Todos, exceto o Sr. Fury precisam sair deste quarto agora. Preciso ter certeza que ele não rasgou seus pontos e precisa de sua medicação para a dor.
Ellie puxou seu tornozelo, que ainda estava no aperto de Fury. No segundo que a soltou, desceu do outro lado da cama. Caminhou até a cômoda e abriu a gaveta contendo suas calcinhas. Sabia que seu rosto continuava vermelho quando marchou para o banheiro e fechou a porta atrás dela. Correu, mas podia ouvir tudo o que acontecia na sala ao lado.
— E eu pensei que este seria um trabalho chato. — disse Tiger rindo alto.
— Cale a boca — Fury rosnou. — Nunca entre em nosso quarto novamente quando a porta estiver fechada. Nunca.
Ellie saiu vestindo calcinha novamente. Marchou de volta para a cômoda e abriu outra gaveta para retirar um par de calças de moletom para Fury. Encontrou com o olhar brilhante da enfermeira.
— Você precisa sair ou se virar de costas enquanto eu ajudo Fury a se vestir.
A enfermeira bufou para ela.
— Não há necessidade. Só planejo dar-lhe um banho de esponja.
— Eu vou lhe dar um banho de esponja. Você pode dar-lhe suas pílulas. Você precisa sair para que ele possa se vestir.
A enfermeira encarou Ellie.
— É o meu trabalho cuidar de Sr. Fury.
Ellie apertou a boca.
— É o meu trabalho cuidar dele. Acontece que eu também sou uma enfermeira.
— Uh-oh — Tiger gemeu baixinho. — Luta de território.
Fury franziu a testa, irritado que tinha sido interrompido de desfrutar sua Ellie - outra vez! Tudo o que pensava era chegar em casa com ela para que pudessem ficar sozinhos, sem os olhares vigilantes de seguranças e funcionários do hospital. Desejava estar segurando-a em seus braços, a ouvi rir e falar com ela até tarde da noite, enquanto ficavam abraçados. Também sentia falta do seu gosto e as mãos em seu corpo. Havia se recuperado o suficiente para fazer amor com ela.
A enfermeira não devia ter chegado até muito mais tarde e não estava feliz com a que enviaram. Ela olhou para Ellie de um jeito que o fez prender um rosnado. Ninguém deve olhar para sua mulher com raiva, e se não tivesse prometido permitir um enfermeiro em sua casa, faria Tiger escoltá-la para o portão principal imediatamente.
Novas Espécies mulheres eram protetoras de suas posses. Enquanto observava Ellie, viu como seus ombros ficaram erguidos e sua boca tensa, percebeu que Tiger não estava longe da verdade. As duas mulheres estavam prestes a lutar pelo domínio. De jeito nenhum iria permitir que sua mulher lutasse com a outra. Ellie poderia ser machucada. Forçou-se a relaxar, esperando que sua calma também a acalmasse, mostrar a ela que devia se sentir segura sendo sua fêmea e que a outra não representava nenhuma ameaça. Nunca permitiria qualquer outra mulher, exceto Ellie para tocá-lo. Deixaria claro quem o banharia, quem o vestiria se precisava de ajuda e que a enfermeira aceitasse os comandos de Ellie. Respirou fundo.
— Ellie me dará os banhos — Fury declarou claramente. — Só Ellie.
A enfermeira olhou para Fury.
— Ela não é sua enfermeira. Eu sou...
— Eu não dou a mínima — rosnou Fury, seu temperamento subindo em direção a essa mulher rude. — Ellie é a única mulher que eu quero me tocando. Ellie? — Ellie virou a cabeça e seu olhar encontrou o dele. — Acalme-se. Eu pertenço a você. — Manteve contato visual com ela para ter certeza que soubesse que falava sério. — Não tenho amantes. Você é a única mulher que eu quero. A única mulher que sempre vou quero para o resto da minha vida. — Silenciosamente acrescentou. Estava certo de que o acasalamento era definitivamente para sempre. Cada segundo com Ellie só reforçou o vínculo que tinha com ela. — Você é isso para mim.
— Sei disso. — Sua expressão tensa amoleceu.
— Não rasgue sua garganta. — Decidiu usar o humor para chamar a atenção de Ellie e para assustar a enfermeira, que assim seja. Escondeu o riso. — Não importa o quanto mereça por nos atrapalhar.
A enfermeira engasgou e pulou para trás de Ellie.
— Disseram-me que era humana. Você é uma Nova Espécie? — Pânico atacou a voz dela.
O medo irritante da humana provocou diversão em Fury.
— Ela é Nova Espécie sim. Ela está comigo.
Ellie suspirou.
— Sou tão humana quanto você. O que não é exatamente uma grande coisa na minha opinião. — Se aproximou Fury. — Não ia lhe rasgar a garganta. Jesus. Só não gosto da ideia dela tocar em você por toda parte.
Ele sorriu.
— Ciúmes?
Assentiu levemente. Sua raiva escoou de sua expressão completamente.
— Dou os banhos de esponja.
Fury estendeu a mão para a mão fechada de Ellie.
— Só você. Agora, posso ter outro sanduíche? Ainda estou com fome. — Tentou deixar a frustração de lado. — Minha refeição foi interrompida.
Um sorriso tocou os lábios de Ellie. Deixou cair o moleton sobre o colo dele.
— Desde que não esteja sozinho, coloque-as. — Ellie enfrentou a enfermeira. — Você me siga. Vou mostrar-lhe o quarto de hóspedes, enquanto Fury se veste. —Atirou um olhar feio para Tiger. — Você... pare de sorrir. Não é engraçado. Você pode ficar por um minuto e ter certeza que ele não caia quando colocar o moletom?
— Claro. — Tiger riu. — Esta não é definitivamente uma tarefa chata.
— Morda-me. — murmurou Ellie quando passou por ele.
— Esse é meu trabalho. — Fury gritou, rindo. Tiger riu com ele.
* * * * *
Ellie queria assassinar Belinda Thomas. Ela abriu as mãos e tentou respirar fundo, mas não ajudou. Contou até dez devagar. Não, ainda estou puta. Ellie cerrou os dentes. A última coisa que precisava era de ter de visitar um dentista por causa de um dente quebrado. Seu temperamento fervia.
A enfermeira estava com Fury novamente. A mulher atualmente ostentava um par de calças jeans de corte que deveria ser presa por exposição indecente e tinha coroado a sua péssimo senso de moda com um top tomara-que-caia. Com sua barriga lisa, bronzeada, se agachou na frente de Fury, enquanto fingia aspirar o chão já limpo. O olhar de Fury parecia fixo nos centímetros de bumbum nu que a mulher ostentava.
— Fury?
Sua atenção imediatamente deslocou-se para Ellie e ele sorriu.
— Oi.
Belinda sacudiu com surpresa, atirou em Ellie uma carranca hostil quando endireitou-se e desligou o vácuo.
— Você chegou em casa do trabalho mais cedo hoje. — Soou perto de uma acusação.
Ellie balançou a cabeça.
— Esta é a vestimenta de enfermagem nova? Alguém deve conversar com seu chefe.
A raiva brilhou nos olhos da enfermeira.
— Está quente. Não sou obrigado a usar uma roupa de enfermagem ao fazer atendimento domiciliar.
— Bem, você deveria ser. Aspirei este chão ontem. Você não precisa passar novamente.
Suas sobrancelhas escuras arquearam.
— Talvez você devesse aprender a aspirar melhor. — Respondeu a mulher vulgarmente. — Faço um monte de coisas muito bem. Acho que sou melhor em alguns tipos de coisas do que você. — A enfermeira piscou para Fury.
Ellie deu um passo em sua direção.
— Sua...
— Ellie! — A voz de Fury vibrou. — Vem aqui. Senti sua falta.
Ellie foi até Fury em vez de acabar com aquela enfermeira vadia do jeito que queria. Sua raiva se manteve quando se sentou na cama. Fury teve a coragem de olhar com divertimento, o que a deixou pior. Parecia gostar de seu ciúme e se sentiu puta com ele. Belinda Thomas vinha flertando descaradamente com ele já há alguns dias.
— Estou indo aquecer um pouco de óleo — Belinda disse. — Preciso esfregar seu ombro. Ele vai ficar duro, se eu não fizer. — Saiu do quarto carregando o aspirador.
— Não a deixe chegar perto de você. — Fury pediu suavemente.
— Acabei de entrar no nosso quarto para pegar você olhando a bunda dela. — Ellie cuspiu. — E se ela te toca com óleo quente, juro por Deus que eu vou embora, Fury.
Sua diversão desapareceu instantaneamente.
— Não estou atraído por ela, Ellie. Estiva olhando para a bunda dela, mas é porque sua pele é estranha. Sua bunda não parece desse jeito.
— Estranha? — Ellie se esforçou para não explodir.
— Ela tem dobras de pele que revestem a parte inferior da sua bunda e há buracos. Sua bunda está cheia e lisa. Amo sua bunda.
— Você está olhando para a bunda dela, porque ela tem celulite?
— Não tenho nada mais a fazer. Ela pegou o meu controle remoto e disse que a televisão era ruim para minha recuperação. Queria fazê-la me dar de volta, mas Tiger disse que não estou autorizado a torturá-la para descobrir onde ela escondeu.
Ellie olhou para ele.
— Não posso viver assim. Ela está flertando com você. Talvez você não saiba, mas ela está. Ela está me deixando louca. Sou uma enfermeira. Posso cuidar de você e não me importo se você prometer a Justice que poderia enviar uma aqui para você.
— Você está com ciúmes.
— Sim, caramba. Estou.
Fury sorriu.
— Também te amo. Não se sinta dessa forma. Você é a única que eu quero. Não deixe ela te provocar. Sei que está flertando. Ela pode fazer tudo que ela quiser, mas não importa. Não sinto nada por ela. — Puxou Ellie em seu colo.
— Você é a que me deixa duro. Sente isso? Tudo para você. Só para você.
— Hora para a massagem no ombro. — Belinda falou.
Ellie fechou os olhos. Fury puxou mais apertado em seus braços até que sua cabeça descansasse em seu ombro bom.
— Vá embora. — Fury rosnou para Belinda. — Ellie vai me massagear.
— Agora, Fury — Belinda bufou. — Sou uma profissional. Deve informar a sua amiguinha para ir fazer alguma coisa enquanto faço massagem no ombro.
Ellie ficou tensa. Fury rosnou, obviamente enfurecido.
— Ellie não é a minha amiguinha. Ela vai ser minha esposa. Nunca fale dela como se importasse tão pouco, quando ela é tudo para mim. Também lhe disse para não me chamar pelo meu nome. É Sr. Fury para você. Te pedi para sair e dane-se. — ele rugiu — Saia!
Isso tocou os ouvidos de Ellie. Ouviu Belinda suspirar e depois fechar a porta atrás dela. As mãos de Fury esfregaram suas costas.
— Ela se foi.
Ellie ergueu a cabeça.
— Obrigada. Confio em você. Sério. É só que... — Balançou a cabeça. — Sei que vai ser melhor quando estiver todo curado e a cadela se for.
— Estamos sob um monte de estresse com outras pessoas dentro da nossa casa e não ficamos muito tempo sozinhos. — Fez uma pausa e segurou em concha o rosto de Ellie em suas mãos. — Não posso esperar para ficar sozinho com você novamente. Não há nada que eu queira mais do que nós simplesmente ficarmos juntos.
— Sei. Ela apenas pressiona todos os meus botões, Fury. Sinceramente não consigo pensar em ninguém que eu não goste mais e ela só se atira em você. Consegue imaginar como se sentiria se eu tivesse um enfermeiro que flertasse comigo tanto quanto ela faz com você?
— Não consigo imaginar. — Sorriu. — Nenhum homem se atreveria. Seria difícil para ele chegar até você com as mãos quebradas para impedi-lo de tocar em você e com a mandíbula quebrada para impedi-lo de falar com você.
Ela riu.
— Oh, não me dê ideias sobre o que fazer que aquela mulher. Não posso esperar até que ela saia. Graças a Deus vai ser em breve.
Ele riu.
— Sim. Agradeço ao seu Deus por isso. — Seus olhos brilhavam. — Fui prometido uma massagem com óleo quente. Quer me fazer uma?
— Eu adoraria.
— Não no meu ombro. — Resmungou em voz baixa. — E saia dos jeans. Espero que manteve sua palavra e não está usando calcinha.
— Hey, prometi queimar todas elas se você não parar de me tocar, mas você parou naquele dia em que a bruxa enfermeira entrou — Ellie desceu do colo e deu alguns passos da cama. Abriu o zíper de seu jeans e deixou-os abertos. — Mas não estou usando-as assim mesmo.
O olhar de Fury trancou na pele exposta. Rosnou e pegou a roupa de cama, puxando-a. Levantou-se rapidamente. Ellie lambeu seus lábios enquanto olhava nervosamente para a porta.
— Precisamos colocar uma tranca na porta.
Fury rosnou.
— Ela não ousaria.
Ellie colocou um dedo.
— Segure esse pensamento. — Se virou e correu para a mesa pequena. Pegou a cadeira e levou-a até a porta para colocá-la sob a maçaneta. Girou e agarrou sua camisa, puxou-a sobre a cabeça, e jogou-a para o chão.
— Você não queimou os sutiãs. — Fury agarrou a cintura de suas calças de moletom, puxou-os para baixo e chutou para longe.
— Tinha que trabalhar. Você não me quer balançando na frente de outros homens, não é?
— Teria que matar alguém que olhasse para os meus seios.
Ellie riu, saindo de seu jeans.
— Seus seios, hein?
Fury chegou a ela.
— Meus. — Suas mãos em concha sobre eles. Ellie colocou os braços em volta do pescoço.
— Massagem primeiro?
— Não. Quero que a última coisa seja primeiro. Deite-se para mim, Ellie. Você me deve uma refeição.
Ellie saiu de seus braços e subiu na cama. Virou de costas e sorriu para Fury, que vinha atrás dela.
— Se alguém interromper desta vez, vou ter que matá-lo. — Fury rosnou enquanto suas mãos agarraram suas coxas, suas mãos acariciando sua pele. — Tenho uma arma dentro da gaveta do criado-mudo.
Ellie riu.
— Você não deveria ter me dito isso. Poderia usá-la naquela enfermeira.
Fury piscou para ela.
— Vou ensinar-lhe como atirar mais tarde.

Fury - novas espécies 1 - Laurann DohnerOnde histórias criam vida. Descubra agora