Capítulo 18

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— Não. — Fury rosnou as palavras. Seus olhos escuros brilharam de raiva.
Ellie o viu sombriamente.
— Justice declarou que era importante. O público quer me ver e ter certeza de que estamos bem agora. Poderia dizer que você está bem e curando.
— Não. — Fury cruzou os braços sobre o peito.
Ellie tirou a mão dela fora da parte inferior do telefone.
— Ele não vai permitir isso, Justice. Sinto muito.
Ellie ouviu e depois desligou. Sentou-se na borda da cama.
— Ele entende e só vai liberar um comunicado de imprensa sobre nós. Disse que alguém iria trazê-lo mais tarde para a nossa aprovação, antes de hoje à noite quando for publica-lo.
— Não me importo o que diz. Ligue e diga-lhe para dizer o que ele acha que precisa ser dito. Confio em seu julgamento.
— Ótimo. — Ellie hesitou. — Por que você não quer que eu fale com os repórteres?
— Você não vai para qualquer lugar lá fora. Alguém atirou em você. Não vou permitir que seja um alvo novamente.
Sua raiva diminuiu.
— Você está preocupado comigo.
— Sempre me preocupo com você. É o meu trabalho protegê-la e isso significa que não vou permitir que alguém a torne prática de alvo novamente.
— Tudo bem.
— Tudo bem? Está concordando? Nenhum argumento? — Não parecia totalmente convencido. — Você não vai por trás das minhas costas falar com os repórteres, não é?
— Já disse a Justice que não. Nunca faria isso de qualquer maneira. —Ellie franziu a testa para ele.
— Você não gosta que te diga o que fazer.
Encolheu os ombros.
— Sei que é porque você está preocupado comigo e tem motivo para isso desde que foi baleado duas vezes a última vez que estivemos na frente de jornalistas.
Fury relaxou sobre a cama.
— Obrigado. — Seu tom áspero suavizando.
— É hora de mudar as ataduras e tomar os seus medicamentos. — disse Belinda quando entrou no quarto carregando sua bolsa médica.
Aborrecimento rolou através de Ellie. Fez uma cara a Fury para mostrar a ele os seus pensamentos, mas depois parou.
— Acho que vou tomar um banho.
— Volte depressa.
Ellie lançou um olhar feio para a enfermeira enquanto entrava no banheiro. Belinda ignorou o fato de que Ellie existia. Era assim desde que Fury gritou com a enfermeira. Embora ninguém entrássemos no quarto uma vez que a porta estivesse fechada. Ellie retirou-se de suas roupas e ajustou a água. Estava cansada e tinha sido um longo dia de trabalho.
Um suspiro alto passou por seus lábios quando pisou sob o jato de água quente. Fechou os olhos, tentou relaxar e desfrutar o momento.
Sua mente se dirigiu ao trabalho, imediatamente. Um dos guardas da segurança humana entrou no dormitório e surpreendeu uma das pequenas mulheres Novas Espécies. Ela teve medo. Gritos desesperados se encaixaram no segundo que a encontrou dentro da cozinha. Ellie demorou uma hora para acalmar a mulher. Mais tarde, fez telefonemas para o escritório de segurança, para Darren Artino, e a Justice. Pediu que os seguranças do sexo masculino não fossem permitidos nos dormitórios, a menos que uma emergência ocorresse, até que o novo grupo de mulheres se ajustassem para estar ao redor de homens. Foi muito difícil conseguir que a segurança concordasse, mas Ellie venceu essa batalha com a ajuda de Justice. Para piorar, veio para casa para enfrentar a enfermeira cadela e todo o stress que veio com ela.
A porta do banheiro de repente foi empurrada. A porta bateu na parede com tanta força que Ellie saltou. Agarrou a porta do box e a puxou abrindo-a. Fury estava dentro do banheiro, a raiva escurecendo seus traços. Ellie pegou uma toalha e depois recuou, um tiro de dor atravessou de sua mão, e olhou para baixo. Viu um arranhão por bater no topo do canto de metal, e cortou a palma da mão um pouco. Sangue escorreu, mas ignorou. Era pequeno e sua preocupação fixou-se em Fury.
— O que foi isso? Qual é o problema?
Fury fechou a porta do banheiro bruscamente, selando-os lá dentro juntos.
— Essa mulher tem que sair!
Ellie envolveu a toalha em torno de seu corpo e saiu do chuveiro. Água escorria por toda parte, mas ignorou.
— A cadela enfermeira? Concordo com você.
— Aquela, sim! — Fury tremeu e empalideceu, enquanto olhava para Ellie. — Eu não a beijei. Ela me agarrou e colocou seus lábios nos meus. Ela tentou empurrar sua língua dentro da minha boca. — Rosnou. — A empurrouei para longe e ela começou a se despir. — Rosnou, furioso. — Vim aqui. Quero-a fora da minha casa.
Agora Ellie estava mais irritada do que Fury.
— Ela beijou você?
— Ela me deu uma injeção e mudou o meu curativo. De repente, ela tentou me beijar, quando se jogou no meu colo. Tire-a daqui ou vou machucá-la, Ellie.
— Entre na fila.
Ellie deixou cair a toalha e puxou sua camisola do gancho perto da porta. Não queria perder o tempo para ir ao quarto para obter roupas novas e não queria colocar suas roupas sujas novamente. Estudou Fury, tomando nota de suas feições tensas. Viu-o silenciosamente.
— Vou cuidar disso.
— Não flertei com ela para provocar isso.
Ellie balançou a cabeça.
— Acredito em você.
Fury de repente agarrou Ellie quando tentou passar por ele. A puxou em seus braços e segurou sua face.
— Me beije.
— Deixe-me cuidar dela primeiro.
— Me beije. — Rosnou. — Tenho o cheiro dela em mim e eu não consigo suportá-lo.
Compreensão a cercou. Sabia como o sentido de Fury era sensível a cheiros, pois gostava pra caramba de seu perfume, sempre friccionando contra ela só para obtê-lo em suas roupas. Foi um pouco estranho, mas foi bom saber que queria sentir o cheiro dela aonde quer que fosse.
Virou-se em seus braços e o beijou. Esfregou seu corpo contra o dele. Não parecia se importar que estava úmida e a água atravessou sua camisola para sua roupa. Passou as mãos ao longo de seu rosto e pescoço. Fez questão de esfregar em qualquer lugar que pensou que Belinda pode tê-lo agarrado.
Seus pés deixaram o chão e a parede pressionou contra as costas de repente. As mãos de Fury deslizaram para os quadris. Ergueu mais, espalhando suas pernas, até que foram enroladas na cintura. Realidade se intrometeu e Ellie se esforçou dentro dos braços de Fury. Soltou seu rosto e deixou cair as pernas.
Afastou sua boca da dele. Instantaneamente viu uma mancha de sangue em sua mandíbula e bochecha de sua lesão esquecida.
— Me solte. Sangrei em você.
Fury instantaneamente parecia preocupado.
— Você está sangrando? Você se machucou? Estava distraído demais para notar e estava tentando não inalar o perfume daquela mulher agarrado a mim.
Ela corou.
— Só arranhei minha mão na porta do chuveiro. Acho que peguei numa borda áspera. Só preciso de um curativo e depois vou lidar com Belinda. Também tenho TPM, e vai se arrepender po ter ferrado com você hoje.
Algo nos olhos de Fury mudou. Fury inalou.
— Não cheiro que está na sua hora.
— Isso é tão bizarro. Breeze me avisou que vocês podem cheirar uma mulher menstruada a meio quilômetro de distância. Disse-me como lidar com isso quando acontecer.
Fury suavemente rosnou.
— Ela precisava.
— Disse que de outra forma nunca poderia ficar em casa, sem ser rastreada depois. — Ellie, de repente sorriu. — Ela estava brincando, certo?
—É um tesão — Fury rosnou, a paixão escurecendo seu olhar.
— Por quê?
— Alguma vez você já deixou um homem te tocar nessa época?
Ellie balançou a cabeça. Não tinha. Seu ex-marido ficava enojado por isso e Ellie não tinha realmente o desejo de abrandar a questão. Não se sentia exatamente sexy nessa época do mês, entre o inchaço e câimbras.
— Você é mais quente e úmida dentro. — Aproximou-se de Ellie, pressionando mais apertado contra a parede. — Mencionei que é um tesão? — Rosnou para ela e, em seguida, firmemente a prendeu contra a parede novamente.
— Fury, recue. — Ellie riu e empurrou seus ombros para colocar algum espaço entre eles. — Não comecei ainda. A palma da minha mão ainda está sangrando e preciso falar com a enfermeira. Segure esse pensamento. Não deve demorar muito e podemos retomar a isso.
Fury rosnou mais profundo, se recusou a recuar e a manteve presa firmemente. Mal-estar aumentou ligeiramente sua espinha. Empurrou-o mais forte.
— Fury? Por favor? Você está me esmagando. Você precisa me deixar ir.
Recuou, mas parecia que não queria. Ellie avançou seu corpo entre o dele e a parede, até que se soltou.
Ellie balançou a cabeça para ele.
— Se afaste, grandalhão. Falo sério. Tenho uma bunda de enfermeira para chutar para fora desta casa e depois vamos levá-lo de volta para a cama. — Esfregou-o. — Vou cuidar de você então. Você ainda não está completamente curado. Você já ouviu Trisha falar. Se você me pegar de pé pode abrir seus pontos. Apenas mais alguns dias e podemos fazer sexo da maneira que quisermos, mas por enquanto ainda temos que pegar muito leve, na cama.
Calor atravessou o sistema de Fury, e lutou muito para controlá-lo. Franziu a testa, lutando contra o desejo de uivar. Respirou fundo, olhando Ellie se andar pelo banheiro. Não era dirigido a ela, mas ficou muito irritado, de repente. A queria tanto que realmente doía. Seu corpo queimava com a necessidade de agarrá-la, pendurá-la na parede de novo, e tomá-la. Suas mãos socaram ao seu lado enquanto lutava contra o impulso. Ela disse não e nunca machucaria Ellie, nunca a forçaria, mas lutou contra a sua vontade de agarrá-la.
O que diabos está de errado comigo? Nenhuma resposta veio a ele enquanto respirava para dentro e para fora. A onda de calor ficou mais forte e quando inalou o cheiro de Ellie o pau dele endureceu até que latejava dolorosamente.
Tem que ser uma reação a essa mulher dando em cima de mim e me tocando. Sabia que ficou seriamente viciado pelo cheiro de Ellie, precisando ficar em torno dele, ansiava por isso. Só não percebeu o quão forte essa compulsão tinha crescido até que outra mulher o havia tocado.
Isso tem que ser um daqueles traços animais subindo para sua cabeça feia. Precisava controlar isso para o bem de Ellie, mas quanto mais tempo ficava ali mais difícil era tentar esconder a sua necessidade para foder Ellie. Queria seu pau dentro dela.
O desejo de provar o seu sangue fez babar um pouco quando o perfume provocou seu nariz. Chocou, o deixou um pouco de medo horripilante dele mesmo. Apoiou-se, sua respiração cada vez mais forte e tentou obter o controle de sua mente.
A urgência cresceu até que não pôde contê-la por mais tempo. Fury virou-se de repente e socou a parede. A agonia da dor atirando de seu braço ajudou. A raiva diminuiu o suficiente para ele pensar novamente.
Ellie congelou surpresa por um segundo por causa da violenta explosão de Fury, mas entendeu como a enfermeira infernal poderia aborrecer alguém. Poderia facilmente se relacionar com sua reação.
— Ainda com raiva pelo o que ela fez? Ajudou socar a parede?
Virou-se, sacudindo a mão que tinha acabado de se chocar com a parede.
— Não. Estou furioso por que não posso tocá-la do jeito que eu quero.
— Eu sei, mas não quero que tenha que voltar ao hospital, Fury. Agora volte para a cama e vou cuidar da enfermeira beijoqueira. Vamos fazer sexo depois, na cama, bem devagar, para que você não force nada. — Colocou um curativo adesivo sobre a palma da mão. — Vou me livrar dela de uma vez por todas.
Fury bufou e depois arrancou a porta do banheiro abrindo-a. Ellie seguiu para o quarto, deixou-o lá, e foi em busca da enfermeira. Não perderia tempo para colocar uma calcinha desde que sua camisola caia nos joelhos. Não levaria muito tempo para dizer a Belinda Thomas para arrumar sua merda e sair. Nunca tinha visto Fury tão agitado.
Ellie encontrou a enfermeira sentada no sofá parecendo irritada, segurando o controle remoto da televisão. Tiger reclinava em uma cadeira perto da porta, folheando uma revista. As sobrancelhas ergueram quando Ellie entrou na sala vestindo uma camisola.
— Um pouco cedo para ir dormir, não é? — Tiger olhou para o relógio. — São apenas quatro.
— Você — Ellie apontou para Belinda, — Não é mais necessária aqui. Você está despedida. Você já era. Chame do que quiser, mas vá arrumar suas coisas e saia. — Ela enfrentou Tiger. — Tire-a de Homeland por qualquer motivo ou juro que ela irá para o centro médico em uma maca. Ela não volta aqui nunca mais.
— Você não pode me dizer o que fazer. — Belinda olhou para Ellie. — Fui contratada por Justice North para cuidar de Fury. Ele é o único que pode me demitir.
— Tudo bem. — Ela foi ao telefone. Sabia o número de Justice particular agora. Discou rapidamente.
— Aqui é Justice North — anunciou sua voz calma.
— Belinda Thomas acabou de se jogar em Fury. Ele está furioso e estou pior. Acabei de pedir a ela para arrumar suas coisas e ir embora, mas me informou que você é o único que pode demiti-la.
Ele fez uma pausa.
— Ela o quê?
— Ela se jogou em Fury. Fui tomar um banho e ela o atacou na cama. Ele entrou no banheiro com muita raiva. Tenho sorte dele não ter me esmagado tentando tirar seu perfume dele. Está além de irritado, Justice. Nunca o vi tão furioso. Nós dois queremos que ela saia e não precisamos mais dela. Vou tirar os próximos dias de folga do trabalho para cuidar dele sozinha. Apenas, por favor, tire-a daqui.
A voz de Justice se aprofundou.
— Você está bem? Ele te machucou?
— Estou bem. Ele está apenas enfurecido por ela ter se jogado nele e foi muito agressivo, tentando tirar o cheiro dela de cima dele para obter o meu volta.
— Ele machucou você? Ele fez sexo violento com você? Preciso enviar a médica?
— Nós não fizemos sexo. Só esfregou em mim e quase me esmagou contra uma parede. Quem se importa com isso? Quero essa mulher fora, Justice. Ele quer que ela saia. Você vai demiti-la ou tenho que quebrar seus braços para se certificar de que não possa trabalhar mais aqui? Confie em mim, vou quebra-la.
— Estou indo aí. Passe o telefone para Tiger agora.
Ellie passou o telefone para Tiger. Apareceu alarmado quando pegou o telefone. Ellie olhou para Belinda. Chamas deveriam estar saindo de suas narinas pelo nível de raiva que experimentou.
— Empacote sua merda. Ele está vindo para demiti-la.
Belinda respondeu.
— Você...
— O quê?! — Ellie gritou, totalmente puta.
Os olhos brilhavam de raiva.
— Você me paga. — Belinda invadiu o corredor.
Ellie tentou forçar seu temperamento a diminuir. Olhou para Tiger. Ele se encostou na porta da frente, longe dela, e a expressão tensa no rosto a fez franzir a testa. Olhou para ele quando desligou.
— Você está bem? — Ellie estava preocupada, pois Tiger realmente parecia um pouco pálido.
— Ellie, venha comigo agora. — Abriu a porta da frente amplamente.
Olhou para baixo.
— Não vou para fora usando camisola. Por que você quer falar comigo lá fora? Essa mulher está fazendo as malas e não pode nos ouvir do seu quarto.
Tiger perseguiu para Ellie rapidamente.
— Droga, mulher. Não discuta comigo. Você precisa sair da casa agora.
Ellie recuou alguns metros. Tiger parou e cheirou-a com uma cara feia.
— Sinto o cheiro de sangue em você. Você disse a Justice que Fury não a machucou.
— Não machucou. — Levantou a palma da mão para mostrar o curativo rosa em volta da curva de sua mão. — Me cortei um pouco ao sair do chuveiro. Fury nunca iria me machucar.
Ele cheirou de novo.
— Não cheiro muito do seu sangue.
— Isso porque foi só um arranhão. Não sangrou muito.
— Precisamos sair agora.
Ela recuou mais.
— Não vou a lugar nenhum com você. Não estou vestida e se você acha que vou deixar a cadela enfermeira sozinha com Fury, pense novamente.
— Ellie — Tiger sussurrou — Fury está cheio de drogas para ajudá-lo a se recuperar mais rapidamente. Estamos o avaliando quanto aos sinais de ameaça, mas agora está agindo hostil. Você está em perigo aqui e precisa ir para a segurança. — Ele olhou para o relógio. —deram-lhe a medicação cerca de quinze minutos atrás, correto?
Ellie olhou para ele.
— Belinda me disse que lhe daria sua medicação quando fui para o chuveiro. Fury disse que lhe deu uma injeção. Por que eu estaria em perigo?
Tiger agiu rapidamente e pegou Ellie em volta da cintura, girando-a, e apertando sua mão sobre sua boca. Seus pés deixaram o chão. Tiger caminhou rapidamente em direção a porta da frente enquanto lutava, presa dentro de seus braços. Estavam lá fora em segundos.
— Silêncio. — Tiger rosnou ao lado de seu ouvido. — E não tenha medo. Ele vai sentir o cheiro. Você disse que ele pegou seu cheiro. Basta respirar fundo algumas vezes e vou explicar tudo para você, ok? Você tem que manter sua voz baixa. Prometa-me?
Ellie ficou furiosa, não com medo, quando acenou com a cabeça contra a mão dele. O corpo dela relaxou quando a colocou no chão e a soltou. Sua mão deixou sua boca. Ellie virou para olhar para ele.
— O que foi isso? — Ela sussurrou.
— Você não percebeu como Fury ficou ferido? — Tiger franziu a testa. — Um ser humano teria morrido. Passou um pouco mais de uma semana, mas já está andando por aí. Está curando muito rápido. Você não quer saber sobre isso?
— Vocês só curam mais rápido. Fury me disse que é normal para os Novas Espécies.
— Fazemos até um certo ponto, mas não tão rápido quanto Fury tem sido, sem ajuda. Isto é confidencial, mas como companheira de Fury, você é considerada uma Nova Espécie. Você precisa ser informada. Nem todos os registros foram destruídos quando fomos descobertos. Alguns dos médicos não mantiveram todas as suas notas e pesquisas nos sistemas de computador que destruíram quando as instalações de teste foram invadidas. Em alguns casos, fomos ainda capazes de obter as fórmulas e composições químicas exatas de algumas das drogas que usaram em nós.
A notícia a surpreendeu.
— Por que manter isso em segredo?
Ele hesitou.
— Você já se perguntou por que o presidente dos Estados Unidos estava tão ansioso para entregar uma base militar para nós, como nossa casa? Para ser tão agradável com cada requerimento que fizemos? Tivemos alguns humanos que foram muito simpáticos, muito felizes em dar conselhos a Justice. Disseram-lhe sobre a soberania. Exigimos igualdade de direitos humanos e foram nos dados isso também. Novas Espécies para governar a si mesmos em solo americano, sobre a terra que nos foi dada. Também estendeu a imunidade diplomática de muitas maneiras para os Novas Espécies. Somos considerados cidadãos americanos, mas dadas concessões especiais.
— É claro que você são americanos. Vocês nasceram aqui. É um direito dar um lugar seguro para viver. Há tantos grupos de ódio por aí que não seria seguro para qualquer um de vocês tentar a fusão com a sociedade regular logo de cara.
— A Indústrias Mercile receberam bilhões de dólares para ajudar a financiar estudos e pesquisas de drogas por décadas. O presidente assinou nos últimos seis anos o dinheiro dado a Mercile. Veio de fundos militares.
Ellie olhou para ele, confusa.
— Como isso se aplica a Fury agora?
— Mercile prometeu criar drogas que fariam as forças armadas mais fortes, melhores lutadores, curarem mais rápido após a batalha, e até mesmo aumentar os seus sentidos. A vantagem farmacêutica que outros países não teriam. Vacinariam nossas forças de combate para impedi-los de pegar doenças quando fossem enviados para outros países. Imagine dando-lhes uma injeção que os faria mais forte, mais rápido, e mais difíceis de matar em uma situação de batalha. Iriam ganhar guerras mais fácil, mais rápido, com muito menos baixas. Ninguém sabia que Mercile haviam cruzado as fronteiras morais e legais para obter os avanços que foram prometidos para se desenvolver. Cada dólar que receberam ajudou a nos escravizar e pagaram pelo sangue, tortura e suor. As pessoas ficariam indignadas se descobrissem que seus impostos foram introduzidos em algo tão vil. Cada organização de direitos humanos sobre o planeta estaria em pé de guerra e alguns países podiam acusar o governo de crimes horríveis.
— Isso é horrível — ela sussurrou. — Sinto muito. O que isso tem a ver com Fury e por que você acredita que ele pode ser perigoso? Quero voltar para dentro, Tiger. Basta chegar ao ponto.
— Eles criaram uma grande quantidade de drogas e alguns dos relatórios recuperados afirmaram que alguns seres humanos que se ofereceram para tomá-las morreram. Um lote de medicamentos aumentou o processo de cura nos Novas Espécies a um ritmo fenomenal. — Limpou a garganta. — Também levou uma pequena porcentagem dos Novas Espécies temporariamente à insanidade quando testados. Os médicos não largaram o estudo. De acordo com as poucas notas sobre isso, acreditavam que uma pessoa ferida em recuperação valia a insanidade temporária. Os Novas Espécies que sofreram o efeito adverso de insanidade, sempre se recuperaram totalmente. Os seres humanos que participaram do estudo não tiveram tanta sorte. Ou morriam, ou seus corpos eram curados, suas mentes ficaram permanentemente destruídas.
Sua mente clicou.
— Você estava preocupado que Fury ficaria louco?
— Sim. As notas não estavam completas. Não sabemos um prazo de quando a insanidade domina ou quanto tempo dura se ele for um dos mais infelizes. Agressão e raiva assassina fazem parte desses efeitos colaterais.
— E você acredita que ele está demonstrando isso?
— Você disse que ele ficou furioso e muito agressivo, que forçou-a contra a parede quando cheirou você, Ellie. Diga-me a verdade. Isso é o normal dele? Você o conhece bem.
Ela hesitou, lembrando a cena dentro do banheiro.
— Não me machucou e não acredito que iria. Talvez esteja apenas furioso porque aquela enfermeira poderia irritar qualquer um. Não estou usando as drogas experimentais, mas ainda quero estrangulá-la.
— É melhor prevenir do que remediar. Você precisa ser tirada dele até que estivermos certos de que ele não é um perigo. O lado humano dos Novas Espécies desapareceram durante a reação e nossos instintos animais assumem o controle total. Somos predadores naturais e pode ter cheirado você como presa, Ellie.
— Não seja ridículo — Ellie cuspiu. — Fury me ama. Estava apenas chateado que aquela cadela enfermeira atirou-se nele. Ele não me machucaria.
Tiger observou o rosto dela mais de perto.
— Não podemos correr nenhum risco.
Ela hesitou.
— Entendo, mas não vou deixá-lo. Vamos apenas falar com ele e você verá que ele está bem.
Um carro parou em frente da casa. Ellie virou-se quando Slade abriu a porta do motorista e Justice saiu do lado do passageiro. Trisha e um estranho saíram de trás.
— Você está segura. — Justice parecia aliviado. — Você precisa sair. Tiger vai conduzi-la para a casa da Dra. Norbit.
Trisha estendeu as chaves para Tiger.
— Estas são da minha casa. Tenho um quarto de hóspedes. — Visualmente estudou Ellie da cabeça aos pés. — Sirva-se de minhas roupas e tudo o que você precisar. Meu armário é o seu armário.
— Onde está a enfermeira? — Slade olhou ao redor da área.
— Dentro ainda. — Tiger deu de ombros. — Está empacotando suas coisas.
— Droga. — Justice rosnou. — Ele poderia atacá-la. Ela começou isso. Tire Ellie daqui.
Slade empurrou a porta da frente e invadiram a casa, Justice bem atrás dele. Trisha e o estranho ficaram do lado de fora. Ellie estudou o homem com curiosidade.
— Este é o Dr. Ted Treadmont. Ele é o cientista dos Novas Espécies. — disse Trisha. — Você precisa ir, Ellie. Você pode voltar quando estiver seguro.
— Quantas vezes eu tenho que dizer que Fury não vai me machucar antes que alguém ouça? Não vou embora.
Tiger xingou.
— Ele vai me matar por isso. — De repente, pulou, agarrou Ellie em volta da cintura, e apertou sua mão sobre sua boca. Sacudiu a cabeça para Trisha. — Não fique aí, Dra. Norbit. Você poderia abrir o bagageiro do carro para mim? Há uma alavanca de liberação no painel do carro. Preciso levá-la para longe dele, caso enlouqueça.
Trisha correu para o carro. Ellie se esforçava e se agarrou aos braços de Tiger, mas não iria colocá-la no chão e não podia fazer mais do que produzir sons suaves com a palma da mão em concha firmemente sobre sua boca. Chutou as pernas, mas não importava quantas vezes chutava com os pés descalços, não a soltava. O bagageiro foi aberto e Tiger despejou Ellie dentro.
— Não — gritou Ellie. O bagageiro bateu sendo fechado, deixando-a no escuro. Ellie chutou para ele e gritou. — Deixem-me sair!
O carro foi ligado. Ellie chutou novamente, mas a tampa da mala acima dela não iria abrir. Gritou, ainda chocada por ter sido trancada dentro do porta-malas de um carro por Tiger. Confiava nele. Parou de gritar quando o carro acelerou.
Odiava lugares pequenos e apertados. Lutou contra um ataque de pânico. O carro virou de repente e Ellie rolou batendo em algo duro. Dor atingiu seu joelho. Gritou novamente. Levou uma surra dentro do bagageiro ao ser jogada ao redor quando fazia um monte de curvas nessa velocidade. O carro virou bruscamente novamente e Ellie bateu contra a traseira do bagageiro. Dor subiu-lhe no braço.
Ellie enrolou-se em uma bola e lutou para respirar normalmente até que o carro finalmente parou. Sabia que havia abundância de ar, mas não impediu o sofrimento. Sua claustrofobia nunca foi tão ruim. O bagageiro se abriu e Ellie tentou freneticamente sair. Ofegou em goles de ar fresco enquanto Tiger chegou para ela.
Ellie deu um tapa em suas mãos. Saltou para trás quando Ellie praticamente jogou seu corpo para fora do bagageiro. Olhou para ele loucamente.
Tiger franziu a testa.
— O que está errado com você? Estamos na casa da doutora.
— Nunca me tranque dentro de um pequeno espaço de novo! — Ellie gritou. Cambaleou alguns passos para trás. Lágrimas quentes deslizaram pelo seu rosto. — Odeio lugares pequenos e escuros!
— Pare de gritar — Tiger ordenou. — Desculpe. Acalme-se, Ellie. Basta respirar fundo algumas vezes. Você está bem. Inspire e expire. É isso aí. Não sabia que você tinha doença de buraco.
— Não tenho doença de buraco! — Parou de gritar. — O que é doença de buraco?
— Você entra em pânico quando é colocada dentro de lugares escuros e pequenos. Assim é como chamamos. Desculpe. Você está bem agora? Devemos ir para dentro. Sua camisola é fina e tenho medo que chame a atenção indesejada aqui. Esta é a área humana de Homeland.
Suas palavras foram entendidas, percebeu que estava quase nua e queria uma roupa imediatamente. Depois, encontrarei meu caminho de casa. Ellie assentiu e seguiu Tiger à porta da frente. Destrancou a porta. Ellie entrou e, em seguida, virou-se, chutando na canela de Tiger com força suficiente para machucar seu pé.
Tiger xingou e rosnou para ela.
— Por que isso?
— Por tudo. Não sofro de doença de buraco. Tenho claustrofobia.
Franziu a testa.
— Não significam a mesma coisa?
— Vá para o inferno. — Ellie correu para longe dele para o quarto de Trisha, lembrando o caminho por causa de sua última visita. Bateu a porta entre eles e se dirigiu a cômoda da médica.
Ellie pegou emprestado um par de calças de moletom, um sutiã de academia, e uma enorme camiseta de um show de rock que Trisha deve ter ido. Experimentou um par de sapatos da médica, mas não usavam o mesmo tamanho. Ela teve que permanecer com os pés descalços. Ellie pegou o telefone da mesa de cabeceira e ligou para casa, querendo falar com Fury. Lançou um olhar nervoso à porta, com medo de Tiger entrar no quarto e impedi-la.
— Ellie? — Fury parecia chateado.
— Oi, Fury. Eles me fizeram sair. Você está bem?
— Onde você está? — Rosnou.
— Não diga a ele! — Tiger gritou, quase explodindo dentro do quarto.
— Onde está você? — Fury repetiu, rugindo as palavras.
Tiger arrancou o telefone de seus dedos e bateu com ele no gancho. Olhou para Ellie.
— Você não ouviu o que conversamos sobre o perfume de presa?
— Só queria que ele soubesse que estou segura e perguntar como ele está indo. Vocês estão exagerando se acham que Fury é um perigo para mim.
Tiger arqueou uma sobrancelha.
— Sério? — Ele pegou o telefone. — Vamos ver o quão exagerados somos.
— Para quem está ligando?
— Justice.
Ellie se sentou na beira da cama de Trisha, olhando com uma cara feia para Tiger. Ouviu e uma carranca marcou suas feições. Desligou o telefone.
— Algo está muito errado. Justice não atende o seu telefone. Foi transferido para seu correio de voz após seis toques.
— Então ele está ocupado.
— Ele sempre responde. — Tiger discou outro número. Ouviu e seu rosto empalideceu, antes que desligasse.
— Slade não atende e ele sempre responde no terceiro toque. Ambos entraram na casa e não estão respondendo seus telefones. Merda. — Discou outro número. Xingou após um minuto e desligou. Entregou o telefone para Ellie. — Dra Norbit não está respondendo também.
— Talvez eles estejam falando com ele agora e não querem ser rudes, atendendo suas ligações.
— Ligue para casa, fale com ele por alguns minutos para ver como ele está, mas não lhe diga onde está. Consegue fazer isso?
Ellie aceitou o telefone.
— Isso é tão imbecil.
— Basta falar com ele. Você conhece Fury. Ver se ele é seu homem ou se não está sendo ele mesmo. Pergunte-lhe onde Justice e Slade estão.
— Você vai se sentir estúpido.
— Vou arriscar. Só não diga a ele onde está. Promete?
—Claro — Murmurou, feliz por falar com Fury. Tiger estava sendo paranoico.
Fury respondeu ao primeiro toque rosnando seu nome. Parecia tão louco que mal reconheceu seu próprio nome, vindo de seus lábios.
— Sou eu. Você está bem?
— Onde você está?
— Tiveram medo que esteja reagindo a um dos medicamentos que estiveram dando a você e achavam que é perigoso para mim. Estou bem. Justice e Slade ainda estão aí?
— Onde você está? — Disse as palavras duramente. — Diga-me agora, Ellie.
Ellie encontrou o olhar preocupado de Tiger, e teve que admitir que Fury estava agindo estranho.
— Estarei em casa em breve. Justice e Slade ainda estão aí?
— Estão lá fora. — Fury rosnou. — Irei procurá-la se não me disser onde está. Venha para casa agora mesmo para mim. Você não quer me fazer ter que procurar por você.
— Você precisa se acalmar. Os médicos só queriam ver você e vou estar em casa logo depois que tudo estiver bem.
— Estou indo até você — Rosnou. Desligou o telefone.
— Fury? — Balançou a cabeça, atordoada. — Está muito bravo. Disse que está vindo para mim e desligou. Parecia... uma ameaça.
— Droga — Tiger gemeu. — Está no modo de caçar total, assim como eu temia. Precisamos dar o fora de aqui. — Desligou o telefone e depois tirou o celular do bolso de trás. Discou.
— Aqui é Tiger. Justice e Slade perderam contato. Estavam com Fury. Ele está selvagem por causa da medicação e está no modo de caça. Estou na casa da Dra. Norbit com Ellie. Preciso de uma equipe enviada para Fury agora e preciso de uma segunda equipe enviada aqui para extraí-la da zona de morte. — Desligou o telefone.
— Zona de morte? — Ellie suspirou. — Vocês todos enlouqueceram? Se Fury está louco é porque você me tirou de casa e ele está preocupado.
Tiger se abaixou e segurou o braço de Ellie com firmeza.
— Ele não está preocupado. Está louco. Mova o seu traseiro. Seu companheiro é um dos melhores perseguidores que temos. Precisamos deixá-lo fora de seu alcance. — Ele a colocou de pé.
— Pare com isso! — Ellie gritou. O empurrou para longe.
— Deixe-me lembrá-la que do que já disse se você não entendeu da primeira vez. A droga que foi dada a ele pode substituir o seu lado humano e deixar o animal solto. Seu companheiro é totalmente animal agora, e se estou certo, e ele cheirou você, isso significa que está te caçando como se fosse uma presa. Ser presa significa que ele vai provavelmente machucá-la se te encontrar.
— Fury me ama. Ele simplesmente está louco por que...
— Ele poderia matá-la. Imagine como vai se sentir quando passar o efeito das drogas de seu sistema e ter que conviver com algo que não teve controle. Ele vai ter que suportar o conhecimento doloroso de que matou a única coisa que ele ama. Agora, se você dá a mínima para ele, mova o seu traseiro, Ellie. Deixe-me levá-la para um lugar seguro para se certificar de que ele não fará algo que vai destruir vocês dois.
Ellie olhou para Tiger. Havia muito sobre as Novas Espécies que não era conhecido. É possível que ele esteja certo? Fury agiu feito um louco no momento que entrou no banheiro. É claro que deixá-lo não era uma opção para ela se precisava dela.
— Preciso de algumas roupas a mais e tenho que usar o banheiro. Para onde estamos indo?
— Precisamos levá-la para longe de Homeland. Isso é uma certeza. Homeland não é grande o suficiente para escondê-la e não precisamos de uma cena com testemunhas humanas.
Ellie entrou no banheiro e abriu os armários, em busca de aspirina, sentindo uma dor de cabeça estressante chegando. A médica não parecia manter nenhum medicamento dentro de banheiro. Ellie virou-se um pouco assustada ao ver Tiger pairando na entrada.
— Preciso usar o banheiro e isso não vai acontecer com você me olhando — Alertou. — Você já ouviu falar em privacidade?
— Depressa — Tiger exigia. — Ele pode não ter que te caçar se adivinha que a trouxe aqui.
* * * * *
Breeze saiu do carro e severamente avaliou os machos. Justice e Slade esperavam fora da casa de Fury. Esperava o pior, quando recebeu a ligação, mas Fury não tinha ferido nenhum deles. Foi informada da situação, do seu plano apenas para salvar o macho da espécie, e concordou. Aproximou-se com pavor.
Justice falou primeiro.
— Breeze, me desculpe por te pedir isso. — Seu olhar caiu a seus pés, onde permaneceu. — Ele poderia realmente ferir sua fêmea. Ela é mais frágil que nossas mulheres. Poderia quebrar seus ossos apenas a segurando e provavelmente morreria se estiver tão agressivo quanto tememos.
Breeze estremeceu interiormente.
— Entendo. Ela pode me odiar por isso mais tarde, mas não vou permitir que seja morta. Vou entrar e lidar com a situação.
Justice finalmente levantou seu olhar triste.
— Eu sinto muito.
Breeze balançou a cabeça.
— Gosto muito de Ellie. Faria isso por você porque me pediu, mas preciso fazer isso por ela.
— Ela vai entender, uma vez que for explicado.
Breeze bufou para Justice.
— Os homens não sabem de nada.
Sua resposta desenhou uma carranca dele.
— Se entrarmos e tentarmos contê-lo, vai tentar nos matar, ou vamos ter que matá-lo — explicou Justice suavemente. — Até que possamos o avaliar, é muito perigoso tranquilizá-lo. As drogas adicionadas podem causar uma overdose ou insuficiência cardíaca. Enviando-a para acalmá-lo é a única coisa que conseguimos pensar em tentar. Grite por ajuda, se não permitir que você o ajude. Não vou permitir que você morra. Vamos ter que colocá-lo para fora, independentemente das consequências, se ele atacar.
Breeze abriu a porta e entrou na casa. Fechou a porta firmemente atrás dela e parou ali, lutando contra o medo. Só esteve nesta situação uma vez e quase não sobreviveu. Endireitou os ombros. Ellie se tornou sua amiga e aconteceu que este era um problema dos Novas Espécies. Só esperava que não a matasse desde que não era a mulher que ele queria.
Breeze congelou a poucos metros dentro da sala, respirou profundamente, e em seguida retrocedeu. Abriu a porta para falar com Justice.
— Quem estava dentro desta casa?
— Por quê?
— Diga-me. — Breeze rosnou.
— Eu, Tiger, Slade, Fury, Ellie e a enfermeira estavam aí. Por quê?
Breeze olhou para ele.
— É uma enfermeira pequena de olhos verdes?
Justice concordou.
— Isso descreve a enfermeira, Belinda Thomas. O que está errado?
— Eu sei de quem é este cheiro. Ela trabalhou dentro da minha seção da instalação de testes. Você nunca a conheceu? O nome dela não é Belinda Thomas. É Beatrice Thorton.
— Você tem certeza? — Um brilho mortal frio entrou olhos irritados de Justice.
Breeze mostrou sua própria raiva mostrando os dentes.
— Nunca iria esquecer o cheiro de alguém tão mal. Ela cuidou de Fury?
Justice empalideceu.
— Estava no comando de seus medicamentos.
Breeze rosnou mais profundo.
— Ela foi uma das mais cruéis deles. Isto não é coincidência. Estava no comando de testar drogas em nós.
Eles ouviram algo quebrar na parte de trás da casa. Breeze cerrou os punhos.
— Onde ela está?
— A levei em segurança enquanto a acompanharam para fora de Homeland. Não pudemos recuperar suas coisas ainda, então está esperando a entregarem. — Justice estendeu a mão para seu telefone celular e então percebeu que na pressa de fugir da raiva de Fury, deixou dentro do quarto. Quando foi jogado contra uma parede, tinha caído do bolso. — Vou levá-la em custódia. — Girou e andou até o carro para usar o rádio.
Breeze fechou a porta, preocupada com os sons vindos na parte de trás da casa. Se o seu inimigo estava dando a Fury os medicamentos errados, poderiam estar lidando com algo muito ruim. Breeze tremeu um pouco e então endireitou os ombros. Talvez pudesse estar esgotado e não seria tão ruim quanto temia. Ouviu mais coisas quebrando. Soava como se Fury tivesse começado a destruir pelo menos um cômodo de sua casa.
* * * * *
— Estou indo — Ellie respondeu, olhando para Tiger, que acenou na direção da porta da frente. — Deixe-me colocar as meias primeiro. Não quero estar andando descalço onde quer que iremos.
— Apresse-se. A equipe estará aqui a qualquer momento e quero que estejamos pronto quando chegarem. — Caminhou em direção à porta da frente. — Só espero que Breeze possa detê-lo antes dele deixar a casa em busca de você.
Ellie ouviu o que ele disse e deu um passo em direção a ele.
— Breeze? Por que Breeze iria à casa de Fury?
Tiger virou.
— Ela vai tentar deixar o seu cheiro em seu lugar. Sabe que poderia matá-la no estado em que se encontra, mas ela quer salvar sua vida. Fora de todas as nossas mulheres, ela é a mais forte. Queríamos uma das fêmeas da instalação de testes de Fury desde que já estava familiarizado com elas, mas estavam muito assustadas. Já viram isso acontecer no interior das instalações de teste quando sobre medicavam um dos nossos machos. Apenas Breeze foi corajosa o suficiente e disposta a arriscar sua vida pela sua. Agora, apresse-se, Ellie. Se Fury não aceitar o cheiro de Breeze, ele virá para você.
— Ela vai permitir-lhe sentir o cheiro dela? Isso seria arriscar sua vida!
Tiger amaldiçoou.
— Às vezes, se estivermos em modo de caçar e loucos, a raiva pode ser transformada em desejo sexual. — Fez uma pausa. — Não é algo que uma mulher gostaria, Ellie. Se aceitar Breeze em seu lugar, deixe-me assegurá-la, vai ser um inferno para ela. Ainda pode matá-la.
Ellie sentiu um soco no estômago, forte.
— Você quer dizer que ela... ele... eles...
— Seria além do sexo animal e violento, Ellie. Agora faça o que você precisa e vamos sair daqui. Não há como dizer se ele vai aceitar ou não. Poderia simplesmente matá-la ou só poderia ser capaz de acalmá-lo. Acham que se tentarem dar mais drogas a ele depois de tudo o que foi dado, poderiam matá-lo sem rodeios. Estamos tentando mantê-lo vivo. — Tiger virou as costas para uma janela, observando a sua equipa chegar.
Seu coração batia forte. Ela fechou os olhos e deixou bater tudo dentro dela. Filho da puta.
— Acho que vou vomitar.
Correu para o banheiro, bateu a porta, e trancou a fechadura. Ellie ligou o jato d'água na pia para cobrir o barulho e abriu a janela do banheiro.

Fury - novas espécies 1 - Laurann DohnerOnde histórias criam vida. Descubra agora