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SINA DEINERT

Eu estou exausta!

Não consegui dormir nada a noite pensando em Noah.

E para piorar a minha situação, até meu pai perguntou dele.

Por que? Por que ele faz isso? Já é a segunda vez.
Eu pensei que dessa vez seria diferente.

- Posso? - Me despertei ao ouvir a voz de Dylan perguntando se podia se sentar ao meu lado.

- Já está ocupado. - Respondi e voltei o olhar para frente.

Não está não, mas para ele sim.

- Não vejo ninguém aqui... - Rebateu.

-Tem vários lugares vazios e ele tem mesmo que vir encher o meu saco? Que merda.

- Aí, faz o que você quiser! - Respondi dando de ombros e ele se sentou.

Cara chato.

- Você está bem? - Dylan indagou.

Não.

Murmurei um "uhm" e deitei a cabeça na mesa.

- Não parece.

Por que eu fui me apaixonar por um traficante que não vale nem o que come? Que vida de merda.

•••

Eu vou matar o Josh!

Ele havia dito que me buscaria quando a aula acabasse; Já acabou tem uma hora e vinte minutos e nada dele aparecer.

Eu poderia mandar mensagem ou ligar, mas ontem devido ao acontecimento com o Noah eu acabei esquecendo de colocar o celular pra carregar, agora eu estou plantada em frente à faculdade sentindo calor, fome, com a cabeça doendo e sem celular.

Eu até iria andando se não fosse tão longe a distância entre a universidade e a minha casa; Leva mais ou menos meia hora de carro, andando eu demoraria no mínimo duas horas para chegar lá, já que meu condicionamento físico não ajuda muito.

Meus amigos havia me oferecido carona, mas eu dispensei argumentando que meu irmão viria.

Sinceramente, eu não deveria nem ter acordado
hoje.

- Resolveu fazer hora extra hoje? - Me assustei com a voz que me infernizou a aula inteira atrás de mim.

Ele não percebeu ainda que meu humor hoje está péssimo e que eu estou evitando conversa com qualquer um?

- Pois é. - Resmunguei e continuei observando a rua movimentada.

- Quer uma carona? - Perguntou parando ao meu lado.

Pensei um pouco antes de responder.

É a minha única opção, né?

Que merda.

•••

Eu realmente espero que o Josh tenha uma boa explicação.

O carro dele está na garagem, isso significa que ele nem saiu de casa.

Bufei abrindo a porta de casa e arregalei os olhos ao me deparar com Josh e Any quase transando no sofá.

Meu deus!

Cocei a garganta para que eles percebam a minha presença e recebo os olhos arregalados de ambos.

- Sina? Ah você já chegou, né? Bom, eu e Josh estávamos... Bom, nós... - Any tentou argumentar.

Eu nem preciso dizer que o clima ficou super tenso, né?

- Relaxa! - Sorri sem graça - Eu estou indo para o meu quarto, foi mal aí. - Disse passando por eles e subindo as escadas, indo em direção ao meu quarto.

Meu irmão está fudendo com uma das minhas melhores amigas...

•••

NOAH URREA

Universo desgraçado!

Eu juro que eu vou matar o primeiro que me olhar torto hoje.

Eu não consegui fechar os olhos durante a madrugada inteira pensando naquela diaba.

Porra, eu sei que eu sou um filho da puta, mas eu não fiz nada! Eu não sei nem quem é a tal pessoa que mandou aquelas mensagens.

Eu gosto muito do que eu e ela temos, não arriscaria tudo por uma foda qualquer, principalmente no mesmo dia em que eu ia me declarar.

Isso foi algum filho da puta achando que eu sou palhaço, mas eu vou descobrir quem é, e quando isso acontecer eu espero que a pessoa já esteja bem longe de Los Angeles.

Ninguém me tira de palhaço em situação nenhuma, principalmente em um assunto sério como esse.

Já pensei em algumas pessoas que teria "motivos" para isso, mas na minha opinião, nenhuma delas faria isso.

Brenda não sabe nem da existência de Sina, e nós dois nem chegamos a transar.

Giselle é meio noiada mas não teria coragem de fazer isso, pelo menos sozinha não.

Aquele otario do Dylan eu não sei, mas realmente espero que não seja.

Bom, independente de quem foi, eu vou descobrir, e o mais importante, vou dar um jeito da Sina acreditar em mim.

letters to a prisoner | noartOnde histórias criam vida. Descubra agora