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NOAH URREA

|dois meses depois...

Caralho, a Any torrou meu dinheiro todo nesse chá revelação!

Já era, meu pivete vai nascer sem herança.

Mas valeu a pena; Reservamos uma fazenda um pouco afastada da cidade, cerca de vinte ou trinta minutos de distância. As amigas da Sina enfeitaram literalmente a fazenda inteira, desde a portaria até dentro da casa.

Assim como eu e minha mulher havíamos escolhido; A decoração toda feita em cores pastéis.

Um rose gold, quase puxando para o dourado, um verde no tom pastel e dourado. Sim, de última hora trocaram o azul pelo verde.

Em algumas paredes havia os ensaios de fotos que eu e minha mulher fizemos. Outras estavam decoradas com frases, balões ou até mesmo desenhos.

Papo reto, o negócio está lindo para caralho.

Convidamos a minha gangue, os amigos da Sina, meus amigos, alguns familiares distantes da Sina e alguns colegas da faculdade dela. Cerca de sessenta pessoas a setenta.

A minha mulher está perfeita; Vestindo um vestido longo branco, uma maquiagem leve no rosto e o cabelo com aquelas ondulações. Linda para caralho.

- Vai demorar muito? Estou nervoso pra porra - Perguntei pra Sina que conversava com os meus amigos.

- Não faz nem cinco minutos desde a última vez que você perguntou! Espera só mais trinta minutos. - Ela me respondeu e voltou a atenção para Jett, que contava mais uma história ridícula da minha vida quando eu era mais novo.

Não sei de onde ele tirou tanta intimidade, está conversando com ela como se a conhecesse a anos.

Bom, nesses dois meses que se passaram, a barriga dela cresceu para caralho -inclusive ela está cada vez mais perfeita, junto com meu bebê- e então Sina decidiu dar um tempo na faculdade, pelo menos até o nascimento do nosso filho, já que ela estava bastante incomodada com os comentários e perguntas desnecessárias.

Decidimos nos casar antes mesmo do nosso filho nascer. Sim, vai ficar muito apertado, mas decidimos que seria o melhor, já que quando nosso filho nascer não teremos tanto tempo assim, até porque tem a lua de mel e etcetera.

Compramos uma casa maior, dessa vez adaptada para uma criança. E eu coloquei no nome da Sina, bom, não só a casa, colocamos vários imóveis que estava no meu nome. Até porque se acontecer alguma coisa, não posso deixar minha família desamparada.

- O próximo a fazer chá de revelação vai ser eu - Hayes disse.

- Melhor não, irmão! Você é feio demais - Brinquei e ele me olhou feio.

- Vai nessa. Se eu fosse você eu pedia a Deus para seu filho nascer a cara da Sina, porque se for ao contrário... - Ele retrucou.

- Aqui não tem nada disso não, irmão. Se nascer parecido comigo já vai ser lindo, se nascer a cara da Sina vai ser mais lindo ainda, e se nascer uma mistura de nós dois aí não vai ter defeito mesmo. -
Respondi.

•••

- Que comece a contagem regressiva! - Sabina disse no microfone e se afastou do local onde eu e Sina estávamos, indo em direção ao local que os convidados estavam em pé.

Cinco...

Quatro...

Três...

Dois...

Um...

Pelo amor de deus, que não seja menina...

E então as luzes douradas piscaram, em seguida se transformando em luzes... Cor de rosa.

Puta que pariu.

Caralho.

Tomar no meio do meu cu.

As lágrimas já desciam descontroladamente sobre o meu rosto quando abracei a minha mulher, a pegando no meu colo e girando. Porém fomos interrompidos por mais luzes dourada piscando e em seguida se transformando em... Verde. E então surgiu dos quatro cantos do palco fumaça cor de rosa e verde.

Atrás de nós o placar se ascendeu "Sejam bem vindos ao mundo, Maitê e Matthew!"

O som das palmas e gritos já ocupavam o local.

Caralho!!

Que porra é essa?

- Amor... São dois! Uma menina e um menino... - Sina disse soluçando enquanto continuava no meu colo.

São dois...

SÃO DOIS!!!

- São dois amor... Nossa princesa e nosso príncipe... - Falei em meio a lágrimas, colocando a minha mulher no chão e beijando a sua boca.

CARALHO! A MINHA PICA É FODA PARA CARALHO!!!

O PAI AMASSA PORRA!!!

letters to a prisoner | noartOnde histórias criam vida. Descubra agora