letters to a prisoner | noart

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NOAH URREA

Sinceramente, que merda!

Em duas semanas eu não consegui descobrir nada.
E isso nem é o pior; Sina não quer nem ouvir o meu nome e Josh me contou que ela anda conversando com aquele outro lá.

Esses dias eu o vi na rua e dei um recado à ele, eu disse que não queria ver ele perto dela e principalmente enchendo a cabeça dela de merda.
Mas pelo visto ele não acatou as minhas ordens e eu irei ter que ser um pouco mais direto dessa vez.

Por isso que eu sempre digo; Resolver as coisas na conversa não leva ninguém a nada, o negócio é resolver direto na porrada.

A Sina também é outra que está começando a me irritar, o que custava ela me ouvir? Ela é tão burra ao ponto de achar que se eu tivesse outra além dela eu seria tão descuidado ao ponto de deixar ela descobrir assim, tão fácil?

Eu não nasci ontem não, sei muito bem como lidar com mais de uma mulher de uma vez só. Não que esse seja o caso.

Agora, me escutar ela não pode, mas ficar de conversinha com o otario do Dylan ela pode?

- Ou, para com essas viadagens, eu não curto isso não irmão! - Josh disse ao sentir eu apoiar a minha cabeça no ombro dele.

- O que eu faço? - Perguntei.

Ela não cansa de me humilhar. Olha a minha situação, meu deus!

- Sei lá cara, esse negócio de homem apaixonado ai não é comigo não... Eu até estava num papo de amor e os caralho com uma amiga da Sina aí mas já cai na real que essa vida não é para mim não. - Respondeu.

Eu realmente não entendo o que as mulheres veem nele...

- Que merda! - Reclamei.

- O único lugar que nós temos certeza que ela está é na faculdade, você pode ir lá, aproveita e leva alguma coisa para ela. - Josh me aconselhou.

Eu já dei um cachorro para ela! O que mais eu posso dar?

- Até um cachorro eu já dei para ela, não sei mais o que comprar.

- Falando naquela praga de cachorro, aquela desgraça rasgou três camisas minha e mijou na minha cama. - Bufou e eu sorri abafado.

- Pelo menos ela gostou ué, isso que importa. - Eu respondi me lembrando do seu sorriso quando eu a presenteei com a cadela.

- Vem cá, você não faz mais nada da vida a não ser ser o animalzinho de estimação da minha irmã não? - Josh perguntou em tom de brincadeira.

Olha isso, já não tenho moral não.

- Eu não sou o "animalzinho" da sua irmã. - Falei e ele riu.

Eu sou bem "ausente" na gangue, já que eu tenho o Jett para resolver tudo para mim, ele só entra em contato comigo quando realmente é necessário.

•••

Eu segui os conselhos do Josh...

Sim, eu segui os conselhos de um moleque de vinte anos que tem uma peguete em cada canto de Los Angeles.

Não foi tão difícil passar pelo porteiro da faculdade; Ofereci trezentos dólares para ele e a entrada foi liberada.

Pelo o que eu percebi, eles estão em algum tipo de intervalo agora, já que tem adolescente para tudo enquanto é lado.

Em meio aquela multidão eu tentava achar
Sina, mas sinceramente, não estava fácil, a cada segundo alguém esbarrava em mim.

Eu realmente estou parecendo um velho.