Capítulo 9

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Calliope

Asher tem estado no modo marido ciumento e possessivo, que mal me deixa ficar fora de sua vista, o que tem sido divertido, podemos aproveitar o tempo juntos e matar um pouco a saudade. Por outro lado, vejo a tensão toda vez que seu celular toca, e tenho a sensação de que está escondendo algo de mim, ou pensei que fosse apenas de mim, até ver as meninas com a mesma expressão.

— Preciso daquele rastreador que a sua amiga usa imediatamente, tenho certeza que Lior está escondendo algo. — Anuvia reclama, enquanto saímos da cafeteria.

É um daqueles dias em que o sol brilha, o céu está um azul maravilhoso, mas é necessário usar blusas de frio, luvas e um monte de roupas para se aquecer do vento gelado. Desde que mudei tenho a sensação de que estou em uma geladeira. E por mais tentada que eu esteja em permanecer dentro de casa, preciso encontrar o prédio para o meu negócio.

— Eles provavelmente estão trabalhando em um novo problema. — Alina diz dando uma risada, o que atrai minha atenção.

— Novo problema?

— A maldição. — Jules e Anuvia dizem em uníssono.

— Ah! Espero que não seja um grande problema, e não vou me meter nisso. — Declaro. — Já que Asher está me dando abertura para sair por aí e conhecer a cidade, vou aproveitar.

As três me encaram surpresas.

— Simples assim? — Anuvia quebra o silêncio.

— Se eles precisarem da nossa ajuda irão pedir, do contrário, me sinto melhor fazendo as minhas coisas em vez de surtar. — Enquanto digo isso, vejo um prédio não muito alto, com uma frente moderna de vidros escuros, e uma entrada com detalhes em marrom escuro. — Gostei daquele prédio.

As três olham na mesma direção e acenam, caminhamos para ver se temos uma vista melhor do lado de dentro e para minha surpresa e felicidade, está desocupado e o porteiro é solicito em nos deixar entrar no lugar. É grande, com catracas eletrônicas, uma mesa de recepção elegante e tem 3 elevadores disponíveis, assim como uma rampa de acessibilidade na frente.

— Não acha que isso é um pouco grande para um negócio que está apenas começando? — Jules pergunta, estudando a entrada.

Nego com a cabeça.

— Regra número um do mundo dos negócios, se você tem dinheiro para investir em um bom lugar, faça! Temos trinta segundos para causar uma primeira impressão, e no caso de empresas, isso começa na entrada. — Aponto. — O cliente que entrar em um prédio como esse vai ter a certeza de que somos sérios.

— Você não é uma profissional da área. — Alina murmura para mim.

— Já liguei para uma amiga e consegui que trouxesse alguns designers e profissionais, eles chegarão assim que eu tiver o lugar pronto. — Admito.

— De onde saiu tanto dinheiro?

Dou de ombros.

— Meus pais eram idiotas, mas eram idiotas ricos, que sempre queriam mais dinheiro em vez de gastar.

Essa é toda a explicação que eu preciso dar para as três que acenam em concordância. Estamos nos virando para sair, quando um homem de cadeira de rodas se aproxima, a cadeira é elétrica, mas atrás dele está seu filho, a semelhança entre eles é inegável, e é clara a postura de respeito do mais novo.

— Não sabia que tinha alguém interessado neste lugar. — O velho diz, me analisando.

Dou um passo à frente e estendo a mão para ele, que estuda por um longo momento antes de finalmente aceitar o cumprimento. Não estendo a mesma cortesia ao jovem atrás dele, sinto que se o fizer, perderei a atenção do senhor.

Puzzle irresistível - Obstinados 4Onde histórias criam vida. Descubra agora