Puzzle irresistível - Obstinados 4

Capítulo 16

Asher

Minha raposinha está cheia de merda, e esse plano de nos passar informações é a sua forma de nos ajudar sem se entregar. No mundo que ela vive, com a quantia de inimigos que fez como Nihilo, ficar nas sombras é sua forma de permanecer segura. Eu deveria ficar puto com ela, mas tudo o que consigo pensar é em como minha esposa é sexy!

— Quanto tempo vai continuar com esse jogo? — Pergunto.

— Que jogo?

Sorrio, sem humor.

— Pode enganar Lior, ele não te conhece bem, e nem é a pessoa mais esperta para esse tipo de situação, mas eu sou seu marido, raposinha. — Lembro. — Te conheço, cada linha do seu corpo, cada pensamento que passa por sua cabeça.

— Asher...

— Minha obsessão por você vai muito além de qualquer coisa, embora, devo te dar o crédito por conseguir esconder isso de mim por tanto tempo.

Talvez seja um sinal de que peguei um pouco leve com a minha raposinha, e devo intensificar meu jogo. Fazer Calliope pensar que pode esconder algo de mim, pode fazer com que duvide dos meus reais sentimentos, e não é isso o que quero. Minha intenção é que ela saiba o quanto sou louco por ela.

Sim! A palavra que vou usar aqui é loucura, não tem outra forma de descrever quão profundos são os meus sentimentos.

— Sei que está bravo comigo e...

A silêncio com um gesto.

— Não estou irritado, estou preocupado que esteja por aí correndo riscos. — Aviso, sem ter muita paciência. — Mas isso tem um lado bom, agora que sei o tipo de perigo corre, não vou sair do seu lado.

— Você não está com raiva de mim?

Nego com a cabeça.

— E espero que possa me responder como fizeram o dinheiro desaparecer sem deixar rastros. — Pergunto, curioso com o método usado.

Calli ri da minha pergunta.

— O método antigo, roubando o valor em dinheiro vivo. — Explica, e me sinto um idiota. — É o jeito mais prático hoje em dia.

— E onde estão escondendo-o?

— Em um deposito.

Isso foi esperto, as pessoas hoje em dia estão tão conectadas que esquecem que existem muitos outros métodos de roubar dinheiro, em outras palavras fora da rede. Até porque, quem nos tempos atuais usa dinheiro físico?

Tenho certeza que eu não!

— Inteligente.

É o único comentário que faço, permaneço em silêncio, dando a ela tempo para digerir e absorver minha reação, mas então, vejo que ela interpreta errado. Ficando ainda mais nervosa.

— Não sei o que pensar com a sua reação. — Diz, depois de um segundo. — O seu silêncio não está ajudando.

— Se esperava que eu ficasse puto, não estou. — Tranquilizo. — Só me preocupo com a sua segurança, e o fato da sua identidade ser um segredo, me deixa um pouco mais tranquilo.

Ela acena com a cabeça.

— Foi a única maneira que encontramos de permanecer seguros, muitas pessoas gostariam de ter o que construí. — Concorda.

— Como conheceu os caras que estão te ajudando.

— Eles vieram até mim, começamos isso juntos, muitos são especialistas em segurança de rede...