Ainda sonolenta, passei a mão pelo colchão, em busca do corpo que me esquenta, mas estava vazio e eu me recuso a levantar cedo aos finais de semana.
— Simone, volta pra cama agora, caso contrário você será uma mulher solteira — reclamei, mas não ouvi nenhum barulho, nem uma gracinha sequer.
Onde eu estava com a cabeça quando resolvi casar com uma mulher que acorda cedo todos os dias? Se bem que eu me lembro onde eu estava com a cabeça.
O pensando me fez sorrir, ainda com a cara enfiada nos travesseiros.
Resolvi me levantar para procurá-la e assim que eu a encontrasse, iria matá-la e colocar seu lindo corpinho em cima da cama pra ela aprender a não me deixar sozinha na cama.
Parabéns pra você Nessa data querida Muitas felicidades Muitos anos de vida
Assim que me sentei na cama, nossas filhas entraram, junto com ela, no quarto, cantando. Ela vinha na frente com uma bandeja e as meninas logo atrás.
— Feliz Aniversário, mamãe! — Isabella pulou na cama em cima de mim.
— Obrigada, princesa — espremi suas bochechas e a enchi de beijinhos pelo rosto.
— Parabéns, Sô — Madu veio me dar um abraço e eu a puxei para mais perto fazendo ela cair na cama também.
— Pode vir, Dona Fernanda, tá achando que vai escapar dos meus beijos? — a puxei também, agora estávamos as quatro na cama, quase uma em cima da outra.
— Soraya, você vai nos matar — Mafê reclamou quando juntei as três em um abraco e as enchi de beijos.
— Mãe, socorro! Sua esposa quer nos matar — Madu quase que não consegue falar de tanto que eu espremia suas bochechas.
Simone estava em pé perto da cama, com um sorriso largo observando nossa interação. Ali era somente nós, no aconchego do lar, na nossa bolha.
Quando finalmente soltei minhas meninas, elas ficaram massageando as bochechas, fiz uma expressão de indignação e soltei um "exageradas".
— Feliz Aniversário, meu amor — Simone deixou a bandeija que estava em suas mãos na cama e me deu um selinho demorado.
"Ecaaa" — as três falaram em uníssono, como se fosse combinado, mas era sempre assim quando eu e Simone davamos selinhos na frente delas.
"Sapatosas" — Mafê completou, já era rotineiro e eu já havia até me acostumado com o apelido que ela sempre nos chamava, desde que pegamos intimidade.
— Até parece que vocês três nunca beijaram — Simone virou o rosto no mesmo instantes, os olhos arregalados como se eu tivesse dito a maior besteira do mundo.
Isabella foi a primeira a dizer que ela nunca tinha beijado, Maria Eduarda deu de ombros e Mafê parecia um pimentão de tão vermelha.
— Tá bom, já chega desse assunto — eu sempre acabava rindo do jeito que Simone ficava quando tocávamos no assunto das meninas namorarem.
— É... eu também acho, mãe, entrega o presente dela — Madu intercedeu e não pude evitar que meu desconfiômetro apitasse, mas isso era assunto pra outro dia, ou melhor, pra outro capítulo.
— Ah não precisavam — me derreti inteira quando Simone me entregou uma caixinha de veludo vermelha.
Quando abri fiquei ainda mais apaixonada, era um colar com um pingente de onça.
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— Meu Deus, eu amei, obrigada meus amores — espremi todas novamente em um abraço e dessa vez até Simone entrou junto.
— Não precisa nos matar, mãe — Isabella falou em um tom de "pedido de misericórdia"
— Suas chatas, só quero dar amor a vocês — falei fingindo chateação.
— Vai matar a gente com esse amor todo — Madu revirou os olhos e sorrindo em seguida, eu sabia que ela amava.
— Toma amor, assopra e faz um pedido — Simone acendeu a velinha que estava em cima do mini bolo na bandeija.
Fechei os olhos, assoprei a vela e agradeci aos céus por tudo que eu construi, por essa família maravilhosa que eu tenho, pela minha esposa linda, gentil e gostosa, e pedi para que essas datas sempre se repitam dessa maneira, simples, mas cheias de amor.
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Capítulo curtíssimo só para não passar em branco pq eu não tinha planejado nada, apenas decidi escrever e foi isso.
Pensando em lançar um hot de niver mais tarde pra comemorar também pq acho que faltou isso, mas não queria estragar o clima fofo
