xerecard

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Simone trabalhava em seu escritório, os cabelos negros estavam presos por uma pregadeira de borboleta que achou nas coisas da esposa, e alguns fios teimosos caiam pela lateral do rosto, a expressão séria enquanto lia alguns papéis importantes do ministério, com seus óculos de leitura. A ministra usava pantufas nos pés, um short confortável e uma de suas milhares de camisas de botões, essa em questão, na cor rosa, só para o caso de precisar entrar em alguma reunião e não precisar se preocupar com a vestimenta da cintura para cima.

Soraya permanecia no quarto do casal, não queria incomodar a esposa, então resolveu se distrair. Odiava quando Simone trabalhava nos finais de semana e feriados, o tempo que tinham juntas já não era muito, e a esposa ainda queria trabalhar vinte e quatro horas por dia.

Era por volta das 16hrs da tarde. Soraya já tinha maratonado suas séries, lido um livro, organizou toda sua penteadeira, tomou banho, passou seus hidratantes, escovou os cabelos... não tinha mais nada para fazer, já estava entendiada e nada de Simone parar um pouquinho para lhe dar atenção.

— Amor, acho que meu cartão foi clonado — Simone entrou no quarto um tanto preocupada, nem reparou que a esposa já estava de camisola.

— Como assim, amor? — Soraya logo se preocupou também.

— Recebi uma notificação que saiu vinte mil da minha conta agora — mostrou a tela do celular para à esposa que rapidamente suavizou a expressão e deu um risinho.

— Aí amor, ninguém clonou seu cartão não, eu que usei para comprar umas besteirinhas — Soraya riu da situação, ficando agora despreocupada, ao contrário de Simone, que em sua face assumiu uma carranca.

— Soraya, como você gasta vinte mil reais em menos de dez minutos e fala que comprou "besteirinhas" — Simone não sabia se sentia raiva ou se ficava indignada, principalmente pelo fato de Soraya não ter esboçado nenhuma reação e nem retrucar nada.

— Eu demorei muito mais que dez minutos para escolher meus presentinhos, você não acha que eu sou uma boa esposa e mereço mimos de vez em quando, hum? — Sua voz manhosa em conjunto com suas pernas se abrindo e a cara mais sonsa que ela era capaz de fazer, foi a perdição de Simone.

A morena engoliu seco, sentindo o ar se esvair dos pulmões e o coração acelerar, o tecido preto da camisola escorrendo pelas coxas grossas conforme as pernas se distanciavam, revelando sua calcinha branca de renda quase transparente.

— Mas se quiser posso cancelar a compra, não tem problema. — Soraya disse fechando as pernas rapidamente, vendo a esposa quase babar no chão.

— Não amor, não tem problema, eu pago, você merece tudo. É pra isso que eu trabalho, para mimar você — os olhinhos cor de jabuticaba voltando a brilhar com o sorriso da loira se abrindo junto com as pernas.

— Eu mereço tudo é? — Simone só concordava com a cabeça se aproximando da cama, Soraya a chamava com a ponta do indicador. — Então vem aqui, vem. Sua loira tem um presentinho pra você também, você quer? Hum? — fez um biquinho lambendo os lábios, Simone parecia enfeitiçada pela bruxa de um metro e meio e bunda grande.

— Sonsa, eu deveria te dar uns tapas para aprender — Simone estava entre as pernas da esposa e com as mãos apoiadas na lateral do corpo dela, sussurrando no pé de seu ouvido, lhe causando arrepios.

— Sonsa, eu? Mas foi você quem disse que eu mereço tudo, só por que abri as pernas pra você — Soraya sussurrou de volta mordiscando o lóbulo da orelha de Simone.

— Você joga sujo, mas isso não vai ficar assim. Vou cobrar e bem caro, com juros! — A morena arrastou o nariz pelo rosto e pescoço da outra.

— E você aceita xerecard como forma de pagamento? — guiou a mão de Simone até sua calcinha já úmida pela lubrificação que começava a transpassar no tecido fino, e gemeu quando um dos dedos dela pressionou a região.

Vida De Casadas - One-shot's  Simoraya Onde histórias criam vida. Descubra agora