𝐶𝑎𝑙𝑒𝑏 𝐶𝑜ℎ𝑒𝑛
Porra! E se eu assustei ela? E se ela voltar a me odiar? Ficar mais duas semanas trancada naquele quarto idiota... Porque Elowyn, porque me odeia tanto, eu não facilitei... Eu sei... Mas espero que um dia você entenda.
Saímos da loja às duas, já eram dez e Elowyn ainda não tinha voltado, a poltrona não estava mais confortável como a três horas atrás quando sentei para esperar, os cantos das minhas unhas já estavam em carne viva com a ansiedade, onde ela poderia estar agora?
— O que está fazendo aqui?
— Só estou sentado, agora me deixa em paz.
— Espero que não esteja esperando por ela.
— Porque eu estaria esperando ela Lia? Porque tudo que eu faço você acha que tem haver com aquela garota?
— Você tem ficado muito amiguinho dela, indo para bares e festas com os amigos dela... — Lia veio até a minha frente e se curvou sobre meu rosto, seus olhos azuis encaravam os meus com raiva. — Acho melhor não se apegar Caleb, você sabe como isso pode acabar.
— Vai se ferrar Lia, e me deixa em paz.
Lia se afastou na escuridão da casa aparentemente vazia, seu sorriso irônico era amedrontador, me fazia lembrar o quanto a odiava. A madeira da porta rangeu e cabelos ruivos voaram para dentro da casa junto com o vento frio do lado de fora.— Porque demorou tanto?
— Isso não te importa Caleb. — Elowyn jogou as chaves na mesa de madeira, seus rosto cansado e chateado me quebrava.
Corri até Elowyn, seus olhos estavam vermelhos assim como a ponta de seu nariz e suas bochechas, talvez pelo frio ou porque estava chorando minutos atrás, eu não queria que Elowyn chorasse por nada e nem ninguém.
— Por favor, vamos conversar...
— Caleb, eu estou cansada, eu quero ir para cama.
— Tudo bem, podemos sair para tomar um café amanhã e conversar.
— Não posso, tenho uma festa de aniversário para ir amanhã.
— Mas é só à tarde, podemos ir de manhã.
— Como você sabe quando vai ser?
— Yu-Jin me convidou.
— E você vai?
— Eu não tinha certeza, mas agora...
Seus olhos estavam marejados, seus queixo tremia e era óbvio o que estava por vir, Elowyn estava mal e parecia querer esconder, parecia carregar muita coisa nos ombros e não queria assumir, mas eu queria carregar todos o peso dela, queria que suas costas ficassem leves. Meu corpo estremeceu quando seus braços envolveram minha cintura em um abraço apertado.— Eu...eu estou com medo Caleb, eu não entro em um barco desde o dia do acidente, eu...
— Calma, está tudo bem... — A envolvi com carinho, seus fios sedosos se enrolavam nos meus dedos, dei um beijo no topo da sua cabeça e seu cheiro inundou meus pulmões, podia sentir as gotas quentes de suas lágrimas ultrapassando o tecido de algodão da minha camiseta. — Eu vou estar lá, vou cuidar de você.
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𝑺𝒖𝒏𝒔𝒆𝒕 - 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑐𝑎𝑜𝑠
Roman d'amour"𝑈𝑚𝑎 ℎ𝑖𝑠𝑡𝑜́𝑟𝑖𝑎 𝑑𝑒 𝑎𝑚𝑜𝑟 𝑒𝑛𝑡𝑟𝑒 𝑢𝑚 𝑟𝑎𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙 𝑒 𝑢𝑚 𝑒𝑐𝑙𝑖𝑝𝑠𝑒" 𝑆𝑢𝑛𝑠𝑒𝑡 𝑒𝑟𝑎 𝑢𝑚𝑎 𝑖𝑙ℎ𝑎 𝑐𝑜𝑚 𝑟𝑒𝑔𝑟𝑎𝑠 𝑎 𝑠𝑒𝑟𝑒𝑚 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑖𝑑𝑎𝑠, 𝑚𝑎𝑠 𝑝𝑜𝑑𝑒 𝑜 𝑎𝑚𝑜𝑟 𝑐𝑟𝑖𝑎𝑟 𝑓𝑜𝑟𝑐̧𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎...