𝐶𝑎𝑝𝑖́𝑡𝑢𝑙𝑜 11

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𝐶𝑎𝑙𝑒𝑏 𝐶𝑜ℎ𝑒𝑛

   Elowyn me levou até a pequena trilha atrás da casa, uma vista das montanhas e árvores altas nos cercavam, mais a frente avistei um pequeno píer de madeira, o caminho foi silencioso, até finalmente nos sentarmos na madeira velha deixando as pernas penduradas sobre a água.

    — Eu... — Sua boca se fechou, seus olhos olhavam para água, o sol que refletia até cegava meus olhos.
   — Se quiser...
   — Eu nasci aqui, Sunset é a minha casa muito além das paredes de pedra onde eu moro, eu vivi sobre as regras deles, eu preciso seguir a profissão do meu pai, preciso ser presente nas tradições locais, preciso me casar com quem meu pai escolher... São tantas e tantas regras, que as vezes pensar em sair da ilha não me parece tão ruim.

    — Você não precisa Elowyn, viver a vida que montaram para você.

    — Preciso Caleb, eu não tenho nada fora de Sunset, eu mal saí da ilha em toda minha vida. — Seus olhos finalmente encontraram os meus, buscando conforto no que parecia correr pela sua cabeça. — Eu não conheço o mundo, pra mim o mundo é isso aqui, os únicos momentos que parecem fazer sentido é quando estamos chapados no sofá do Malik, o resto não tá no meu controle.

   — Eu sei o que é não ter controle das proprias decisões, de não poder só viver a própria vida.
   — Você parece tão livre.
   — Ninguém é livre Elowyn.
   — Sabe o que é mais maluco nisso tudo?
   — O que?
   — E sinto esperança, desde quando você chegou, até quando eu só queria que você fosse atropelado ou sufocasse com uma bola de tênis... — Riu.

   — Devo dormir de olhos abertos? — Sorri.
   — Você foi a melhor coisa que já chegou em Sunset, Caleb.

   — A melhor coisa para Sunset? — A ilha não me importava, cada carro importado nas ruas em frente as enormes casas, todos os eventos chiques e jogos de poker no country club, Elowyn me importava, a felicidade de Diana me importava.

   — Tá, pra mim, só pra mim.
Seus olhos verdes encararam minha boca por um instante até voltar aos meus olhos, sua bochechas coraram e então Elowyn se levantou.
  
   — Deveríamos aproveitar o sol e água morna.

     Elowyn tirou sua polo verde expondo seu sutiã branco quase transparente, seus mamilos rijos sobre o tecido fino prendiam minha atenção fazendo minha boca salivar, qual gosto eles teriam, qual o gosto de sua pele pálida. Logo em seguida tirou o jeans escuro, sua calcinha era como um pequeno shorts, antes que pudesse notar o quanto eu a desejava em meus pensamentos apenas tirei a a camisa e a joguei na madeira velha, elowyn deu um pulo na água sumindo pelos segundos em que eu tirava meu shorts, pulando na água logo atrás dela.

     Ao abrir os olhos debaixo da água não tão morna vi o emaranhado ruivo nadando até mim, seu corpo se movia lentamente, seus mamilos agora aparentes pelo tecido claro, tão rosados me chamando para devoralos, voltei o rosto a margem procurando pelo fôlego que ela havia me tirado, respirei fundo prestando atenção apenas nas gotas que pingavam do meu cabelo até meu ombro, tentando acalmar a ereção que inflava na minha cueca.

     A menos um metro elowyn se levantou passando as mãos no cabelo tentando tirar toda a água que escorria.

    — Viu como eu seguro o fôlego bastante tempo? — Sorriu.

    — Pra alguém que tinha fobia de água até um dia atrás... — Sorri de volta.

    — Eu fazia natação antes do que aconteceu.

    — Vantagens de ser a queridinha de um country club?

    — Quanto preconceito Caleb, e eu moro em uma ilha, a primeira coisa que aprendemos aqui antes de falar, é nadar.

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𝑺𝒖𝒏𝒔𝒆𝒕 - 𝑢𝑛𝑖𝑑𝑜𝑠 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑐𝑎𝑜𝑠Onde histórias criam vida. Descubra agora