𝑨𝒇𝒕𝒆𝒓 𝒊𝒕 𝒂𝒍𝒍 |𝑴𝒂𝒕𝒕𝒉𝒆𝒐 𝑹𝒊𝒅𝒅𝒍𝒆

um pouco de esperança

Todas as vezes que olho em volta da mesa, completamente tomada por comensais, é como se eu morresse um pouco

Tem algo dentro de mim se acumulando, e aumenta mais a cada segundo que eu passo aqui

Mas está sendo guardado por tanto tempo que à qualquer momento vai explodir.

Eu prefiro queimar a minha vida toda do que ouvir mais uma palavra de toda essa merda

Voldemort fala, e fala, e todos os comensais concordam, mas as palavras são tão insignificantes que entram por um ouvido e saem pelo outro. Não me importo nem um pouco com o que eles tem a dizer.

Assim que a reunião acaba, eu caminho rapidamente para o porão, mas dessa vez não é para ver Blackie

Assim que entro, prendo meu cabelo em um rabo de cavalo apertado.

E dou o primeiro soco no saco de pancada. Desconto toda a minha raiva.

Há mesmo possibilidades de ter alguma horcruxes em algum cofre? em qual?

E pensar que eu não tenho certeza de quantas são, apenas uma ideia.

Voldemort não faria apenas uma, isso eu tenho certeza. Mas quantas ele faria? Onde as deixaria?

Lorde das trevas é vaidoso demais para colocar partes de sua alma em objetos insignificantes. E acho que ele não as deixaria em qualquer lugar

Hogwarts tem significado para ele.
Mas ainda me encuca a cabeça pensar que pode ter uma no cofre de algum comensal.

Bem provável de ter no de Mattheo, já que é seu filho.

Como eu vou fazer para entrar lá?

E como eu vou saber o que é?

Porra! são muitas questões. Eu estou tão frustrada por nem saber por onde começar, eu deveria simplesmente ir embora daqui

Esse lugar me faz sentir inútil. E eu não quero continuar como se tudo estivesse bem.

Bato no saco de pancadas inúmeras vezes, deixo toda a minha raiva e desesperança se aliviarem nos meus punhos

Como eu faço pra entrar no cofre de Mattheo?

Outro soco.

E se estiver em Hogwarts? como faço para ir até lá despercebida?

Começo a suar com tanta movimentação nos braços. Continuo batendo.

O que elas são?

—Está descontando estresse?—

Me assusto quando sinto dois braços circulando minha cintura, e vários beijos são deixados sobre meu pescoço e ombro

Mas relaxo quando percebo ser Mattheo.

E de repente, todos os problemas somem.

Ele nunca havia feito isso, me abraçar por trás enquanto me enche de beijos, um sorriso aparece em meu rosto, e eu apoio os meus braços sobre os dele

—O que é isso?— eu puxo meu lábio inferior entre os dentes, incapaz de impedir o sorriso se formando no meu rosto.

—Beijos?— ele diz, me beijando ainda mais

—Você nunca fez isso.— comento e meus olhos se fecham por um instante enquanto sinto sua boca sobre minha pele

—Você não está gostando?—

Fico calada.

Eu me viro para ele, e apoio as mãos sobre seus ombros —Eu apenas não estou acostumada com o cara que me humilhou a vida toda, agora me beijando.—