Impuros - Stefan Salvatore

13. Caçada ao lobo

Três meses depois

Allana's pov

Tínhamos chegado em mais outra cidade, Klaus estava louco atrás de lobisomens para transformar mas o verão inteiro não resultou em quase nada. Já passamos por várias cidades, estávamos quase gabaritando alguns estados inteiros.

E eu gostaria que essa fosse a pior parte, gostaria muito. Klaus não parou de infernizar Stefan e eu desde que saímos de Mystic Falls. Com Stefan aqui, Klaus não pegava tanto no meu pé, era melhor, mas sabe o que não era nada bom? A sede de sangue incontrolável do Stefan, Klaus já fez ele se alimentar de mim mais umas duas vezes, eu quase morri! Duas vezes!

Eu estava no carro, como sempre, esperando os dois saírem da casa que supostamente teria informações sobre um lobisomem chamado Ray Sutten.
Eu estava diferente agora, com Stefan aqui as piadinhas rodavam soltas, tinha que disfarçar para rir quando ele zuava Klaus mas o máximo que eu recebia na frente do Stefan eram olhares feios.

Eu estava um pouco livre, não cem por cento, acho que nunca vou ser cem por cento livre, mas estava um pouco, e ter um amigo como ele me ajudava muito. Stefan estava salvando minha vida.

Olho para fora quando vejo uma movimentação, Klaus saindo com um sorriso no rosto, já sei até dizer o que aconteceu. Toda vez que saímos de uma casa eles deixam todos mortos, estripados, por Stefan.

— Tá feliz -falo quando ele abre a porta do motorista entrando-

— Conseguimos a localização e Stefan está fazendo um lanchinho -murmuro um "uhum" enquanto me ajeito de um jeito desconfortável ao seu lado- faz um tempo que não ficamos à sós.

— É -olho para fora evitando conversa mas sinto sua mão ir para a minha coxa- o que quer?

— Isso é jeito de falar comigo, Allana? Não lembro de ter te ensinado modos tão ruins assim -ele fala sorrindo, cretido-

— Não me ensinou modos, só se preocupou de me ensinar sobre o maldito ritual -sinto meu cabelo ser puxado na mesma hora, Klaus me obriga a olhar para ele-

— Eu lembro de ter ensinado muito bem a parte do "respeitar o mais forte" -ele se aproxima- mas foi bom você ter se rebelado agora, estava com fome mesmo -suas presas aparecem e logo estão enterradas no meu pescoço, sugando meu sangue igual uma sangue-suga maldito!- Lição aprendida?

— Ah! -me afasto quando ele descrava seus dentes de mim- Sim! -grito com dor- A-aprendi!

— Bom -ele se arruma no banco, pega um papel para limpar a boca e me estende outro para eu limpar o pescoço, só olho com desprezo para ele- tudo bem, se prefere ficar com o pescoço sangrando quando um vampiro estripador chegar eu não posso fazer nada -ele sorri dando os ombros, pego o papel com força- e vai para o banco de trás, sabe que Stefan que senta aí.

— É só um banco -falo mas apenas o olhar dele faz meus pelos se arrepiarem- tudo bem -vou para o banco de trás ainda segurando o papel no meu pescoço-

— Aliás, você vai participar do próximo passo no meu plano -o olho confusa estranhando- que tal comprarmos umas roupas e atitude?

____

Eu estava sentada no banco de frente para o barman, me sentia estranha, Klaus comprou uma roupa meio.. vulgar? Com certeza vulgar, me fez passar maquiagem também; que por sinal estava horrível já que nunca me maquiei antes. Eu estava com uma saia de couro preta, que não ia nem até a metade da minha coxa. Tinha também uma camisa com um decote exageradamente exagerado, na cor vinho.

Me sentia uma carne ali, Klaus e Stefan estavam no canto escuro do bar, observando tudo, mas ainda assim vários homens me olhavam, era nojento, me sentia uma megera das ruas.

— Oi, posso te pagar uma cerveja? -antes que eu fale não percebo que era Ray, o cara que estávamos tentando atrair-

Coloco um sorriso falso no rosto e jogo meu cabelo para o lado.

— Claro.. -ele pede uma para o barman e logo ele nos entrega duas cervejas- Então.. vem sempre aqui, Ray?

— Não muito, viajo muito então não sobra muito tempo.. -seu rosto fica confuso- como sabe meu nome?

Merda! Antes de pensar em algo meu rosto se entrega sozinho, Klaus aparece logo atrás de mim e Stefan atrás do lobisomem.

— Só tinha uma tarefa, Allana -Klaus fala e eu abaixo o olhar envergonhada- Tanto faz, Ray! Querido, vamos conversar? -Ray tenta sair mas Stefan segura seus ombros o fazendo sentar de novo na cadeira- Não seja um lobinho mal..