Capítulo 06.

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Pov: Jennie Kim.

O táxi a deixou na porta. Jennie pagou e olhou a rua. Seu carro estava estacionado ali mesmo, à direita. Em um impulso, foi para ele e subiu, apoiando durante uns momentos as mãos
no volante. Deu-lhe o contato e o carro arrancou à primeira sem esse rugido como se afogasse ao que já se acostumou. Agora ronronava com suavidade e força. Ficou sentada ali, contente, escutando o zumbido de seu carro arrumado e de uma peça.
Seu carro tinha ressuscitado de entre os mortos e estava melhor que nunca graças a sua inquilina. Sua inquilina pecaminosamente sexy.

Ela tinha reagido de maneira exagerada. Sim, tinham tido sexo, e tanta culpa tinha Lalisa quanto ela. Não é como se a tivesse avassalado ou algo assim. No mesmo momento em que a
tinha beijado nos lábios, ela tinha se derretido. E embora tivesse sido áspera também tinha sido excitante. Certamente mais excitante que qualquer coisa que tinha sentido desde… nunca.
Jennie não tinha nenhuma dúvida de que se, em lugar de escapar cheia de pânico ao seu apartamento, teria convidado-a a entrar, Lalisa a teria seguido e teriam passado a noite… como? Fazendo amor, sem sombra de dúvidas. Em uma cama. Em lugar de ter sexo contra uma parede. E entre assalto e assalto, teriam falado. Talvez rido um pouco, teriam aberto aquela
garrafa de Chablis que tinha na geladeira fazia uma semana e teriam terminado o pote de caviar
de contrabando que havia lhe trazido um cliente.

Lalisa tinha se precipitado, mas ela também. Tinha fugido dela como um coelho assustado.

E não era como se Lalisa a tivesse evitado ao dia seguinte. Aproximou-se dela em seguida, tinha assumido a responsabilidade e havia dito que tinham que conversar.
E tinha tratado com Sujo Murphy em seu lugar e tinha recolhido seu carro que agora ronronava em suas mãos. Contente, desligou-o e ficou sentada ali, sentindo-se um pouco idiota
por ter reagido assim com ela.
Uma repentina imagem de Lalisa Manoban se formou ante seus olhos. Seu tamanho, sua força, sua intensidade, seu bruto poder feminino. Pois não, não tinha reagido de maneira
exagerada. Aquela mulher era formidável em todos os aspectos.
Repensou no que havia dito Todd enquanto abria a porta do carro e caminhava para a porta.

Que talvez os homens com quem tinha estado saindo eram muito previsíveis, muito brandos, muito… seguros.
O que tinha de mau em querer sentir-se segura? Perguntou-se enquanto desconectava o alarme, abria a porta e voltava a conectar o alarme, tal como tinha prometido a Lalisa que faria.
Sentir-se segura era agradável, quente, cômodo. Palavras que nunca associaria a Lalisa Manoban.
Ela a desconcertava.
Tinha-a tido durante todo o dia de hoje metido na cabeça. Também todo o dia de ontem.

Cada segundo, de fato, desde que a tinha conhecido e isso não era bom. Ela era uma profissional ocupada, a ponto de dar o salto para o êxito e não tinha tempo para obcecar-se. Mal tinha tempo para encontros, tão pouco tempo tinha que deveria passá-lo com homens que ficariam amavelmente a um lado, onde pertenciam, e não ocupariam cada momento que estivesse acordada.
Como agora, entrando com cautela em seu próprio edifício. Perguntando-se se Lalisa estaria ali. Esperando que não estivesse. Esperando que estivesse.
Não estava. Deteve-se um momento no vestíbulo.

Ela era uma mulher silenciosa, era quase um mistério quão silenciosa podia chegar a ser, mas ela conhecia seu edifício. Tinha a quietude de uma casa vazia. E agora que pensava, não tinha visto o Yukon estacionado fora.
De repente Jennie esteve segura que subconscientemente tinha estado procurando o SUV e escutando se por acaso a ouvia. Havia dito que estaria fora da cidade e que retornaria tarde.
Bom, pois a veria amanhã. Definitivamente precisava dormir toda uma noite, se quisesse enfrentá-la com um pouco de igualdade.

E para conseguir dormir toda a noite tinha que tirar a comandante Lalisa Manoban da cabeça. Tinha que recuperar sua vida.
Amanhã. Recuperaria sua vida amanhã. Hoje estava muito esgotada. Marissa Carson superou a si mesma mudando de idéia sobre tudo o que se decidiu até agora. Já tinham pedido a maior parte do mobiliário. Quando Jennie indicou que isso lhe custaria muito dinheiro, Marissa tinha inclinado sua preciosa cabeça para trás e rido histericamente um bom momento dizendo que logo ia ser muito rica.

Midnight Girl. Jenlisa G!POnde histórias criam vida. Descubra agora