Capitulo 13.

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Pov: Jennie Kim

Está bom?
Jennie a observava ansiosa, assim Lalisa teve que deixar de engolir como se não houvesse
um manhã e fingir que saboreava a comida. Estava bastante bom, considerando o que Suzanne
dispunha para cozinhar. Certamente muito melhor que seu habitual prato morno de sopa e bolachas salgadas que tinha na choça. Mas a pura verdade, é que estava faminta. Não tinha
havido muito tempo para comer estes dois últimos dias e a ela lhe tinha aberto o apetite pelo sexo e por cavar a árvore.

Teria estado feliz de lançar-se sobre uma dessas comidas preparadas prontas. Para levar ou inclusive teria torrado pão se tivesse sido necessário, e já nem sequer precisa mencionar a comida perfeitamente decente que ela tinha preparado. O fato de que a comida fosse boa era uma vantagem.
—Está muito bom. —A contra gosto, deixou o garfo e plantou uma expressão de sinceridade na cara, quando o único que queria fazer com a cara era abarrotá-la de comida— Nunca comi
melhor.

Jennie riu.

—É um contista, Lalisa Manoban. Está tentando me convencer que uma mulher que tem conta no Comme Chez Soi pode lamber os dedos com uma perna de peru congelada recheada com
ingredientes com conservantes? Venha, mulher, não brinque.
—Não, não —protestou ela, olhando com desejo o garfo com a parte de peru assado e a batata cozida— Está muito bom, muito bom, me acredite. —Ela ia continuar protestando, via-a
em sua cara. Meteu o garfo na boca, assim ao menos poderia mastigar enquanto ela respondia.
Mas Jennie só moveu a cabeça.

—Suponho que se o comparar com cabra crua, deve estar bom. —concedeu ela.
Estava inclinada para frente com o lindo rosto brilhando de diversão. A luz da vela a fazia mais bela, ressaltando a tênue luminosidade da pele, delineando a elegante curva das maçãs do rosto, refletindo as pinceladas ocultas de fogo do cabelo. Era uma mulher feita para jantares à luz das velas e para o romance.

Merda. Ela não havia feito quase nada disso com Jennie. A verdade é que não sabia como fazê-lo. Sempre tinha considerado que o que havia entre “Olá!” e “Vamos para a cama” era
completamente inútil. Uma terra baldia, uma perda de tempo para conseguir o que queriam ambas as partes.
Pela primeira vez em sua vida, via o intrigante que podia ser a viagem entre olá! e o sexo, quão agradável seria o aroma de rosas —ou, mas bem, a pele com aroma a rosas— ao longo do
caminho.

Seu companheiro de imersão durante o treinamento dos seals, Martin Harding, apaixonou-se por uma estudante de filosofia do Corolado. Marty tinha enviado flores e cartas quando não
podiam ver-se, o que era frequentemente. O treinamento dos seals não entendia de amores nem
de flores. Marty tinha prescindido de um tempo precioso de sono para ir vê-la quando ela saía da formação profissional e acompanhá-la a seu apartamento que estava em uma área não muito segura. E durante três meses não tinha tido relações sexuais, nenhuma só vez. As pessoas teriam
pensado que a Semana do Inferno foi a última semana de formação profissional por tudo o que teve que passar Marty.

Naquele tempo, Lalisa tinha achado tudo isto incrivelmente estúpido. Todo o esforço e nenhuma foda. Onde estava o benefício? Embora houvesse um benefício. Marty tinha se casado
com a moça e tinham três filhos. E eram felizes.
Ela havia feito todo o contrário com Jennie. Ela era o tipo de mulher a que teria que cortejar. Inclusive um cego poderia vê-la, ver seu refinamento e sua classe. Jesus, quão único ela viu foi o bocado delicioso de suas curvas e só quis lhe pôr as mãos em cima e beijar aqueles lábios exuberantes.

A única coisa que pôde pensar foi chupar seus seios e em quão rápido poderia fazer que ela estivesse molhada. Quão único quis foi entrar nela e ficar ali até ficar sem forças.
Inclusive agora —justo agora— sentado à luz das velas diante dela, sabendo que de algum jeito tinha agitado sua varinha mágica de fada para converter seu pequeno e poeirento refúgio da
montanha em um deleite natalino, queria fazer forte e rápido.
Era de loucos; a estas alturas já deveria ter podido tirar do seu sangue os primeiros esquentamentos por ela. Deveria ser capaz de acalmar-se. Mas ainda se excitava quando estava
perto dela, sempre semi-rígida, preparado para saltar em cima ao menor sinal que fizesse.

Midnight Girl. Jenlisa G!POnde histórias criam vida. Descubra agora