Capítulo 05.

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Pov: Jennie Kim.

—Homens! —disse Todd Armstrong enojado, reclinando-se e cruzando as calças de linho impecavelmente engomadas. Estavam no elegante escritório de Todd, em um alto edifício de aço e vidro que ele obtinha que parecesse um penteadeira. Os gostos de Todd eram sempre elegantes, mais clássicos. Ele podia descobrir um Louis Quatorza a cem passos e conhecia todas e cada uma das casas de leilões dos Estados Unidos.

Faziam uma grande equipe. Jennie tinha uma afinidade natural para o desenho moderno e Todd tinha um toque mágico em tudo o que concernia ao desenho tradicional. Juntos não havia quem os superasse. Todd impedia que ela fosse muito pós-moderna, e ela refreava a tendência natural dele a entusiasmar-se pelo extravagante estilo Rei-Sol-no Versalles.

—Um mau encontro, querido?
perguntou Jennie.
Todd franziu os lábios.
—Pois sim. Um inferno de encontro. Escute isso.
Jennie se recostou disposta a divertir-se. As correrias do Todd no selvagem mundo dos encontros eram legendárias.
—Aqui estamos nesse lugar tailandês novo, conhece-o?
—O Tigre de Ouro? —Se era novo e estava na moda, Todd tinha estado ali. Jennie acabava de ler no Oregonian a lista dos lugares para comer e sabia que era só questão de tempo que Todd
fosse ao Tigre de Ouro e contasse.

—Esse mesmo. A decoração fatal mais a comida para morrer. Ao menos a comida esteve bem. Bom, já estamos ali. Boa comida. Meu encontro é uma macacada. Corte de cabelo tipo Hugh Grant, traje Versace, traseiro firme. Pensei que desta vez ia funcionar. E logo quando acabávamos  frango satay⁶, o ouço dizer quanto odeia a sua mãe. Informa-me com insuportável detalhe
exatamente quanto. Embora se a metade do que me contou é verdade, tinha um pouco de razão.
Logo começa a relatar com ainda mais insuportável detalhe, o que? —Todd se reclinou para trás e a olhou com a cabeça inclinada.

Ela tentou pensar em todas as coisas que Todd poderia encontrar aborrecidas.
—Os pagamentos fiscais.
—Nããooo. Esse foi o encontro da terça-feira, com o auditor de contas
— Todd estremeceu delicadamente
— Isto é pior.
—Organismos modificados geneticamente?
Todd riu.
—Não. A verdade é que esse assunto pareceria interessante. Tente outra vez, mas se esforce mais.
—A política republicana.
Ele elevou a mão e a meneou.
—Quase — disse—, mas não. O modelo de voto holandês.
—Uff — jennie se acomodou na cadeira e se imaginou em um encontro falando de uma mãe insuportável e de política holandesa— Que horrível.
—Toda a tarde foi tão divertida como fazer rodar um copo. — Todd suspirou
teatralmente— Não voltarei a ter um encontro até a Quaresma.

Todd sem ter encontros. Jennie riu só de pensar nisso.
—Quaresma é dentro de três meses. E de todos os modos, você não é católico. Não acredito que você anote muitos pontos esperando até a Quaresma se não o for. De todas as formas, não ter encontros durante uma temporada pode ser que não seja má idéia. Por que não dá uma
pequena pausa? Talvez — não sei,
—talvez uma semana?
—Talvez — respondeu ele duvidoso.
Jennie dissimulou um sorriso. Conhecia Todd e sabia que tinha uma natureza romântica.

Sempre estava à caça do homem de sua vida. Estava absolutamente convencido de que seu companheiro de alma o estava esperando no seguinte cabaré, ou restaurante ou festa. Todd não
podia deixar de ter encontros como não podia deixar de comer ou respirar.
—Bom — disse ela, baixando a xícara de chá depois de tomar um gole. O chá era delicioso, perfeito, uma mistura especial que Todd tinha importado da Inglaterra. Servido na xícara de chá perfeita. Villeroy e Boch do Vieux, Luxemburgo. Disposta na bandeja de prata perfeita. Christofle.
Colocada na mesinha de centro perfeita, feita com a madeira de uma porta de um monastério do século XVI. Trabalhar com o Todd era um prazer em todos os aspectos.— Está preparado para
enfrentar esta tarde à mulher dragão? Ocorre-me uma idéia. Você traz a cadeira e eu trarei o chicote.

Midnight Girl. Jenlisa G!POnde histórias criam vida. Descubra agora