Capítulo 09.

255 25 2
                                    

Pov: LALISA MANOBAN.

Ficou adormecida como uma criança, em um segundo, pensou Lalisa. Não que ela tivesse experiência com crianças, mas isso era o que seus companheiros casados diziam sempre. As crianças podiam dormir em um instante, justo em um abrir e fechar de olhos, diziam.
Só que Jennie não era uma criança. Sua furiosa ereção deixava bem claro.
Ela pensava que poderia ocultar-se dentro de uma camisola de flanela de pescoço alto, mas diabos, não poderia esconder-se nem dentro de um saco de estopa. Ainda seria totalmente
desejável. Podia ser que a camisola tivesse o pescoço alto, mas os seios — os seios sem sutiã, —eram claramente visíveis, os pequenos mamilos duros se perfilavam no tecido rosado. Era o frio o que fazia que os mamilos endurecessem, não pensar em fazer sexo com ela. Assim deu um jeito —apenas— para abster-se de lançá-la à cama, rasgar sua camisola em duas e ficar em cima dela.

Abri-la com os dedos e deslizar o membro diretamente dentro.
Sabia exatamente o que sentia estando dentro dela e queria mais. Agora mesmo.
Em parte era por como ela a obcecava, esse ar de princesa de gelo que tinha e que contrastava tão bruscamente com a feminilidade curvilínea, a boca deliciosa, quase excessivamente grande, a pele perfeita, cremosa e suave, os olhos de gato ligeiramente inclinados para
cima…
Mas também estava a parte da adrenalina. Tinha saído de um tiroteio e uma fuga e sempre que a fazia ficava dura como uma rocha.

Era um aspecto das missões militares que não saía nos filmes de Hollywood ou nas novelas de Tom Clancy. Os filmes mostravam os soldados fumando e rindo uns com os outros depois de uma luta, mas a verdade era que os soldados depois de uma batalha iam passando dos limites, com ar sério, tensos, comocionados, com o pênis duro, tão duro como uma rocha.

Dispostos a foder.
com o buraco de uma parede se necessário para poder desafogar-se.
Todos os soldados do mundo sabiam, sabiam que o que sobrevivia depois de uma luta precisava de sexo — forte, rápido e feroz— para expulsar a tensão. Os quartéis, depois de uma intervenção militar, estavam tão cheios de testosterona que até podia cheirar-se de tanto que impregnava o ar. Os soldados tinham ereções depois da luta e isso era um fato da vida. Alguns montariam uma cabra se não houvesse uma mulher por ali, mas ela sempre tinha esboçado a linha em qualquer perversão. Se uma mulher medianamente atraente e disposta não estivesse disponível, pois bem, sua mão fazia um trabalho bastante bom.

Ela, agora mesmo, tinha entre seus braços uma mulher mais que medianamente atraente e os quadris levantavam para acima como um reflexo do membro, as duas com vontade própria, procurando entrar nela. E ela estava justo ali, com as pernas sobre seu colo, com o traseiro em cima de seu membro. Através da camisola notava o pedacinho de tecido no quadril.
Provavelmente uma cópia dessas pequenas calcinhas com cordão incrivelmente eróticas que tinha
arrancado a outra noite com pressa frenética para meter-se dentro dela. Agora mesmo, agora mesmo, maldita seja, poderia estirar para cima a suave flanela, rasgar as calcinhas outras vez, —teria que começar a comprar a roupa íntima ao passo que ia—, abrir suas pernas até que se sentasse escarranchada sobre ela e empurrar diretamente dentro, e Jennie estaria tão ardente e apertada e suave e toda sua…
Jesus.

Recordou todos e cada um dos segundos em que seu membro esteve dentro dela, recordava-os absolutamente todos. A estreiteza, o calor, a umidade… quando jantavam Jennie tinha pensado tanto em sexo quanto Lalisa.
Jennie suspirou enquanto dormia, movendo-se um pouco, deslizando sobre seu membro.
Ela ficou congelada. A testa molhou de suor embora a temperatura ainda fosse um pouco fria apesar da calefação.
Uma boa soldada visualizava, controlando em sua cabeça o que queria fazer até que visse e sentisse os movimentos, até que os movimentos fossem sua segunda natureza, controlando uma futura batalha na mente tantas vezes quanto fosse necessário para que fosse um êxito, e então a operação ia como a seda.
Lalisa era condenadamente boa visualizando, projetando uma operação, repassando os detalhes uma e outra vez.

Midnight Girl. Jenlisa G!POnde histórias criam vida. Descubra agora