Experiments And Experiences

Um dia ruim.

A dimensão 1249, parte 1.

Arco 1
- Getting To Know The World
- Conhecendo o mundo

Na dimensão 1, uma família tradicional vivia em uma casa modesta, onde Nicky compartilhava seu lar com seus irmãos Haru e Kris, e seus pais. ( cujo não citarei nomes ) Mesmo em um mundo repleto de desastres, sua convivência era harmoniosa.

Em um dia ensolarado, Nicky e seus irmãos decidiram fazer um piquenique na floresta próxima à casa. Kris, o mais velho com 12 anos, Haru, o caçula com 9, e Nicky, o irmão do meio com 11, se reuniram para desfrutar do dia. Enquanto conversavam e comiam, uma brincadeira começou.

- Ah Kris, devolve o meu lanche! - choramingou Nicky.

- Vem pegar! - desafiou Kris, levantando os braços, sendo mais alto que Nicky, que nunca conseguia alcançar. Haru ria e ria, divertindo-se com a cena.

- Kris, volta aqui! - ordenou Nicky já sem paciência.

Kris parou de brincar e devolveu o lanche ao irmão.

- Tsc, bom mesmo! - reclamou Nicky.

- Eu só estava brincando, você é muito chato - rebateu Kris.

De repente, Haru interrompeu:

- Gente, alguém viu o meu carrinho?

- Será que foi para o mato? Vou dar uma olhada, esperem aí - disse Nicky, determinado a encontrar o brinquedo favorito do irmão mais novo.

- Vai lá! Eu fico com o Haru enquanto você olha - comentou Kris, e Nicky se embrenhou na floresta.

Enquanto procurava pelo carrinho, Nicky ouviu barulhos, mas continuou sem medo. Estava decidido a encontrar o brinquedo de Haru. Quando finalmente o encontrou, alguém o agarrou pela blusa e o puxou, levando-o consigo.

---

- Nossa, o Nicky tá demorando, né? - disse Kris, notando a ausência do irmão.

- Será que meu brinquedo sumiu? - perguntou Haru, quase chorando.

Kris estava prestes a continuar esperando quando ouviu um grito desesperado vindo da floresta.

- Haru, entra e fica com a mãe lá dentro - ordenou Kris, levantando-se rapidamente.

- Ah, mas por que eu não posso ir?

- É sério Haru, entra!

- Se diz, tudo bem… - Haru recolheu as coisas do piquenique e voltou para casa, enquanto Kris corria para a floresta.

- NICKY! CADÊ VOCÊ? - gritava Kris pela floresta, sem conseguir ver o irmão.

Kris correu, e correu, até finalmente avistar Nicky sendo carregado por alguém que se assemelhava a um... cientista?

Esses cientistas precisavam de corpos para seus experimentos, que consistiam em misturar o DNA de crianças com o DNA de animais, criando híbridos. O objetivo era criar a arma perfeita para futuras guerras e conflitos. Esses híbridos, com treino e calma, poderiam se transformar nos próprios animais, mantendo a consciência.

Kris sabia que gritar não adiantaria, então sua reação imediata foi atacar o cientista. Mas suas diferenças de idade não ajudavam, e o cientista rapidamente imobilizou Kris, levando Nicky embora. Outro cientista foi chamado para buscar Kris, cuja coragem seria um atributo valioso para uma máquina violenta.

---

- Haru, cadê seus irmãos? - perguntou a mãe ao pequeno, que não soube responder e começou a chorar ao tentar explicar a situação.

Os pais sabiam que, uma vez que uma criança era capturada, não havia como resgatá-la. Estava perdida para sempre.

---

Onze anos se passaram. Nicky passou todo esse tempo em cápsulas e jaulas, sendo usado para testes. Em nenhum momento viu seu irmão Kris. Nicky sabia que Kris havia sido capturado, então por que ele não aparecia?

Nicky, ansiando por ver sua família novamente, decidiu que naquele dia mudaria seu destino.

- Hoje eu saio dessa merda aqui.

Usando as habilidades que aprendeu no laboratório, Nicky usou suas garras para quebrar sua prisão. Camuflando-se pelo laboratório, conseguiu escapar rapidamente, revelando a fragilidade da segurança do local. Ao sair, correu diretamente para sua antiga casa, com a esperança de que ainda estivesse lá.

Ao chegar, viu as luzes apagadas e sentiu um cheiro estranho.

- MÃE! PAI! HARU, KRIS! EU VOLTEI! - Nicky abriu a porta da casa.

O que encontrou foi um cenário de caos. Kris estava diferente, agarrado aos corpos mortos dos pais, enquanto o corpo de Haru estava decapitado no chão. A cabeça rolou até os pés de Nicky, que ficou incrédulo.

Kris estava dando espasmos e de repente abriu os olhos.

- Olhos vermelhos? Kris...? O que aconteceu com você, irmão? - Nicky dava passos para trás.

- Realmente te transformaram em híbrido?

Kris não respondia. Por quê?

Kris largou os corpos dos pais e arrancou o coração da mãe, começando a comê-lo na frente de Nicky.

- Kris...? MAS QUE PORRA??? FOI VOCÊ?

- Caralho, quem é você? - finalmente perguntou Kris.

- Kris, SOU EU, PORRA! SEU IRMÃO!

- Tsc, e eu tenho isso?

- Kris, se lembre! Essa é sua família! Isso são seus pais, isso na sua frente é seu irmão!

- Foda.

- KRIS, ACORDA, CARALHO!

- Você tá me estressando.

- Eu pensei que fosse especial o suficiente para você pelo menos se lembrar da gente.

Essas palavras mexeram com Kris, desencadeando algo em sua mente.

Nicky se aproximou de Kris, afastou os corpos e o abraçou.

- AH CARALHO, SAI PORRA! ME LARGA - Kris se debatia, arranhava Nicky, chutava, batia de qualquer jeito, mas Nicky permanecia abraçado.

No fundo, Kris queria aceitar o abraço. No fundo, sua mente lembrava quem Nicky era.

- Você tá deixando eu te bater? - perguntou Kris sinceramente.

- Estou. Estou provando que me importo, diferente de você.

Kris fez mais força e conseguiu se soltar, fugindo da casa. Mas Nicky pôde ver as lágrimas nos olhos de Kris, um possível arrependimento.