CAPÍTULO 1
Faz quatro anos que sua mãe morreu, e Angel fez questão de manter a sua vida muito ocupada todos os dias após aquele, para não se lembrar de tudo que ela perderá naquela noite.
Hoje é seu último dia de aula, e ela está saindo da escola aos 17 anos, não é como se ela estivesse muito ansiosa para esse dia, todos os dias nesses 4 anos foram muito bem projetados para ela chegar no resultado que tem hoje. A melhor aluna da escola, que poderia escolher qualquer curso para estudar, mas resolveu fazer moda, onde ela poderia expressar toda rebeldia que ela escondia dentro de si para não causar mais preocupações para o seu pai.
Ela acabou de ficar pronta e desceu as escadas correndo para não se atrasar para o último dia de aula, seu pai já não se encontrava mais em casa, saiu cedo para o trabalho, ele era médico em um dos maiores hospitais de Los Angeles, então passava a maior parte do tempo ocupado trabalhando.
Ele também fez dos últimos 4 anos, uma grande fulga, e talvez tenha deixado passar tudo de mais importante que estava em baixo dos seus olhos.
Ao sair as presas de casa a procura do seu carro na garagem viu que um dos pneus encontrava-se vazio e ela precisaria ligar para Mary Ana sua melhor amiga, que sempre a salvava quando preciso. Sem pensar nem mais um segundo, Angel pega seu celular para falar com a amiga.
— Ana, tem como você me salvar aqui em casa!? Os pneus do carro já era, e eu não quero me atrasar — diz Angel resmungando, batendo os pés no chão, enquanto espera uma resposta da amiga.
— Tá estou a caminho amiga, você sabe que pode contar comigo, mas sem estresse, hoje é nosso último dia — Ana diz logo desligando o telefone.
Em cinco minutos ela já estava na porta da casa de sua amiga. Angel não saiu da porta mesmo após ligar para ela, então assim que o carro parou na frente da casa, ela correu na sua direção, se ajeitando no banco ao seu lado.
Suas casas não eram tão distantes então elas não se atrasaram para chegar na escola. Foram direto para as aulas, que as duas faziam juntas, e o tempo passou até rápido comparado ao humor de Angel, que agia como se a manhã estivesse se arrastando.
Ao final das aulas elas saíram juntas pois Ana daria uma carona para Angel até em casa, e no corredor a caminho para o estacionamento elas encontraram Valentin Davel o quarterback do time da escola, o garoto que toda escola desejava e passou muito tempo próximo de Angel nos últimos anos após a morte de sua mãe.
Ela sabia que se não fosse por Ana e ele, as coisas poderiam estar ainda pior pela ausência do seu pai, mas apesar dos conselhos da amiga, ela não dava nenhuma chance para ele, fazia questão de mantê-lo na posição de amigo, principalmente pela posição social dele na escola, e agora com os três indo para a mesma faculdade, é que ela não gostaria desse peso sobre a imagem dela mesmo.
— Namorada do quarterback, da pessoa chamativa que era Valentin — Angel se pegou pensando — Mas seus pensamentos foram atrapalhados pelo braço de Valentim passando em volta da sua cintura e lhe puxando para um abraço, apertando seus longos cabelos junto.
— Oi pequena, que saudade — ele a puxa ainda mais inspirando o cheiro do seu cabelo — Eu já disse que você está ainda mais linda hoie!? — diz dando um sorriso de lado.
— Oi Valen — Angel responde escondendo o rosto no seu peito para ele não ver o momento que ela ficou vermelha.
— Vocês já estão indo? Posso te acompanhar até o carro Angel — diz se afastando um pouco para conseguir ver o rosto dela.
— Já vamos sim mas não precisa, eu não vim de carro hoje, então Ana irá me acompanhar até em casa — ela fala enquanto se solta completamente do seus braços.
Valentin olha Angel com surpresa, sem fazer uma pausa para processar a pergunta — Porque não me chamou para te buscar ? Não sabia que estava sem carro — fala enquanto a encara nos olhos.
— Não foi nada, Ana me ajudou a resolver e me trouxe até a aula — Angel respondeu rápido enquanto pegava sua amiga pelo braço, já se despedindo, para não dar espaços para mais questionamentos.
Ana não disse nada ao longo da conversa, mas não perdeu a oportunidade de dar uma boa olhada na amiga enquanto caminhavam as presas até o carro. Quando já estavam as duas acomodadas no veículo, Ana finalmente abriu a boca.
— Vai me contar o motivo de termos saído fugida e a senhorita ter mudado de cor sobre o toque dele !? —Ana fala com um tom sarcástico e cheio de graça, sem deixar de dar uma olhadinha de lado enquanto dirigia até a casa de sua melhor amiga.
— Não tem o que dizer Ana, para de ver coisa onde não tem — responde empurrando o braço de Ana, que rir.
Mas ela continua — Sério amiga, só não quero complicar mais as coisas, quero entrar na faculdade sem mais um drama, e isso inclui um quarterback que chama muita atenção não poder estar ao meu lado.
— Ainda isso Angel? Quando você vai finalmente assumir que é caidinha por ele? — Ana retruca com um tom desafiador.
— Você está vendo coisa onde não tem, e eu não voltarei mais a falar disso, eu e Valen não passará de uma amizade — Angel responde enquanto tira o sinto do carro e vira para sua amiga que estava virada lhe encarando.
Ela só volta a virar na direção da melhor amiga depois que já desceu do carro e pegou sua bolsa, se dando um tempo para esquecer esse assunto que esquenta sua mente e deixa cheia de dúvidas.
— Como você está claramente fugindo e evitando responder sobre o Valen, eu vou deixar você se enganar por hora — Ana diz respirando fundo e continua — Também fingirei que a pequena dele, não ficou vermelha como um tomate após sentir o seu toque e agora está fugindo desesperadamente do assunto - ela ri da própria brincadeira.
Angel fica tensa imediatamente quando escuta a menção do apelido que Valen dá para ela, se despede da amiga, pois precisa resolver o problema do carro e se dirige a porta da frente de casa. Entra e vai em direção do seu quarto que fica no segundo andar, enquanto atravessa a sala até chegar as escadas, vê que seu pai ainda não chegou, pois vê apenas Maria e Lúcia, as duas funcionárias da sua casa, que são como uma mãe para Angel.
Não muito preocupada com a ausência do seu pai, já é mais do que normal para ela que sabe que ele vive em hospitais, jantares e reuniões importantes. E é toda a informação que ela tem sobre a vida dele, a grande ocupação por conta do trabalho.
Angel atravessa seu quarto e vai direto para o banheiro, liga a banheira e espera a água esquentar, enquanto deixa suas roupas no seu closet, volta e mergulha na água como se não desejasse que houvesse amanhã. Longos minutos se passaram com ela dentro da água de olhos fechados, procurando a paz que a sua mente não tem.
A verdade é que Angel não consegue esquecer o que aconteceu com ela no dia da morte da sua mãe, depois do acidente, que parece que nunca aconteceu, ela acordou na sua casa, e a única coisa que ela sabe é o que seu pai lhe disse.
"Quando ele chegou em casa, ela estava dormindo na cama, e ele acreditava que por conta do trauma em ver a morte da mãe, ela não se lembrava como tinha chegado em casa, ficando com os pensamentos embaralhados." E aquela noite ficou por isso mesmo.
Durante todo esse tempo sua mente se encontrava ocupada nos estudos e focando em terminar a escola, mas agora que ela tem um tempo livre até às aulas da faculdade começarem, ela não para de voltar nós quatro anos atrás e em todas as partes da sua vida que ficaram vagas todo esse tempo.——————————————————-
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FAITH - Reivindicando seu Anjo
Fantasy" Ainda que eu falasse a língua dos homens, e falasse a língua dos anjos, sem amor, eu nada seria" Em um mundo onde ela acreditava só existir humanos, ela descobre o grande segredo do seu pai ( traição dói, imagine vindo da última pessoa que lhe re...