Capítulo 16

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— Porque? — Rose tirou o olhar que estava fixo no livro intitulado “Orgulho e Preconceito” que ela lia totalmente encantada com o desenrolar da história. A mulher de meia idade tirou os seus olhos que escondiam os seus olhos azuis e puxou as madeixas loiras para atrás da sua orelha.


— Espero que seja algo relevante para você interromper o meu momento de paz, Jones — Disse controlando a irritação por ser interrompida logo no ápice do seu romance predileto.


— Você mandou eu protegê-lo e segui-lo para conseguir informações do Scott mas agora simplesmente deu ordens para ficar longe dele. Porque? — Rose encarou seriamente o loiro que a olhava com indignação estampada na faceta.



— Aquele civil não serviu de nada e você estar perto dele está interferindo na sua missão. Eu sei que te encorajei a procurar um parceiro mas o Oliveira não é a pessoa certa para ti e talvez se envolver com alguém do seu ramo fosse melhor para você — Benjamin mostrou um sorriso forçado diante as palavras de sua chefe.


— O melhor para mim? Desde que você existe na minha vida nada tem sido o melhor e me arrependo amargamente por ter algum tipo de relação com alguém como você — A mulher de idade, furiosa, desferiu uma bofetada no rosto do agente.


— Quer queira ou não você é do meu sangue, da minha carne e existes porque um tolo me convenceu a não abortar então me respeita, Benjamin Jones — Esbravejou mostrando a sua fúria com o outro que não se comoveu nem um pouco com a atitude dela.


— Eu posso ter ser mais um dos seus erros mas não vou permitir que estrague a minha felicidade, Rose — Retrucou dando as cosas a sua mulher sentada, não queria discutir com ela.



— Não acha que foi um pouco dura com ele? — George perguntou ajeitando os seus óculos e a mulher furiosa apertou o livro que tinha nas mãos.


— Ele é uma máquina de matar, não tem sentimentos então não, ele não merece a minha compaixão — Respondeu massageando a testa frustrada, o arrependimento veio logo que lembrou das palavras cruéis que saíram da sua boca.



Benjamin vagou pelas ruas mesmo lotadas, sentia que estava sozinho no mundo e continuou procurando por um lugar onde poderia se sentir melhor.

Não percebeu que estava a casa do moçambicano, ficou encarando a entrada do prédio indeciso se ia ou não mas mudou completamente de ideia quando viu o carro de um certo alguém estacionado por ali.




O moçambicano afundou o rosto na almofada macia quando Max pulou em cima dele, era o início de um domingo, Raul estava exausto e adormeceu até às dez da manhã, algo que não parecia ser o suficiente.

Max soltou um latido como se estivesse avisando o seu dono de que não estava sozinho em casa.

Raul sorriu levemente quando sentiu o hálito quente próximo ao seu ouvido e os lábios conta a sua pele. Ele pensava que fosse Benjamin por isso virou-se e abraçou o corpo do desconhecido.


— Não me importava de receber esse tratamento todos os dias — Raul afastou-se bruscamente assim que reconheceu o dono daquela voz.



— Adam? O que está fazendo na minha casa ou melhor no meu quarto? — Questionou esfregando os olhos para espantar o sono, algo que não demorou pois sentiu o grande corpo se jogando contra si.



— O seu príncipe encantado foi embora. Porque não me dá uma chance? — O enfermeiro bufou quando sentiu o cheiro a álcool vindo de Adam.



SOMBRA E LUZOnde histórias criam vida. Descubra agora