Capítulo 18

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72 horas depois…


— Tens a certeza sobre isso? — Raul perguntou apertando as mãos do loiro, as pessoas na rua passeavam totalmente alheias ao casal que estava parado em frente ao hotel onde o retinto passaria a noite.


— Só assim eu serei livre e poderei ficar com você, meu amor — Benjamin soltou um suspiro longo, não queria preocupar o moçambicano mas ele sabia que nenhum dos dois viveria inteiramente livre se não terminasse a sua missão, algo que Benjamin manteve para si.



— Sei disso, Ben mas… — Raul não gostava de ser pessimista e fazia o seu melhor para não se deixar dominar pelas inúmeras vozes sussurrando coisas horríveis que poderiam acontecer caso deixasse o loiro partir.



— Eu prometo que irei voltar antes da meia noite e amanhã nos estaremos no primeiro voo para a nossa nova casa — O menor assentiu levemente.


— Os meus pais querem mesmo conhecer você então volta vivo ou eu juro que busco você onde estiver para te matar com as minhas próprias mãos, entendeu? — Benjamin não queria mostrar o medo que sentiu de nunca mais ver o outro por isso usou o seu braço livre se fechou na cintura do outro.



— Se não voltar, promete-me que irás pegar o avião e partir sem olhar para atrás — Raul negou-se veementemente a aceitar aquele pedido.



— Não vou sair daquele aeroporto sem você — Benjamin ajoelhou-se para acariciar as orelhas do pastor alemão que tinha a língua fora, mostrando a sua mais pura alegria.




— Confio a você aquele que daria a minha vida, amigão. Não me decepcione, Max — O enfermeiro sorriu quando o pastor alemão latiu como se tivesse entendido tudo que Benjamin tinha dito e talvez tivesse, Max era um canino muito inteligente.


O loiro ficou um pouco atónito quando o menor o abraçou com tanta força que mal conseguia respirar mas ele fazia o seu melhor para que aquele não fosse o seu último encontro.


— Nós temos um casamento por realizar então volte para nós, Benjamin — Jones arregalou os olhos quando escutou aquilo saindo da boca de Raul.


O loiro acariciou carinhosamente o rosto do homem retinto, passou o polegar pelos lábios macios, segurou o seu queixo o fazendo o menor encontrar os seus olhos.

Os olhos castanhos vividos reluziam ao encarar os olhos azuis, o mais alto inclinou-se para colar os seus lábios contra os do menor.

Na ponta dos pés Raul apoiou as mãos sobre o peito do loiro e se perdeu no toque suave nos seus lábios, Benjamin parou a carícia em busca de ar.



— Quem tipo de noivo seria eu se não aparecesse no meu próprio casamento? E nada melhor que passar a vida ao lado do meu barulhento e bobinho preferido — Raul revirou os olhos quando Benjamin falou brincalhão.






Benjamin decidiu ir embora antes que se arrependesse e ficasse ali mesmo junto de Raul.


Caminhou até o carro preto que o esperava do outro lado da rua, não perderia tempo para concluir a sua última missão.



— Qual é a localização do alvo? — Questionou carregando as armas que estavam dentro de uma pasta preta e George ao seu lado prontamente respondeu:



— É o seu dia de sorte. O Scott finalmente conseguiu um comprador e os dois irão se encontrar num armazém abandonado em duas horas — George respondeu endireitando os seus óculos.




SOMBRA E LUZOnde histórias criam vida. Descubra agora