Thiago Veigh
jardim paulista, spEra a terceira vez que eu conferia a roupa na frente do espelho.
Fim de semana passado eu finalmente consegui me soltar com a Bia, e tinha conseguido até marcar alguma coisa com ela hoje, mas na quarta o Kay disse que ia dar uma festa pra comemorar a estreia do álbum dele. E eu fiquei meio pá, ate porque estávamos combinando até onde seria, mas agora fico mais tranquilo se penso que de qualquer forma eu vou poder estar com ela.
— Ta boneco, irmão. — Gu me elogiou do fundo do meu quarto.
Os moleque decidiu também se arrumar aqui, já que ia todo mundo junto.
— Ta lindão também, cuzao. — Devolvi.
— E eu, ninguém fala de mim? — A voz do g.a saiu manhosa.
— É que nós ficou bonito, G. Você já É lindo. — Brinquei.
— Ah bom irmão.
Gu aumentou o som e começou fazer um passinho, me obrigando a acompanhar ele.
Ficamos nessa resenha até umas onze horas, quando a gente decidiu ir, pra não ficar tão tarde.
[...]
— Lugar da hora demais. — G.a falou deslumbrado com o salão.
E era papo mesmo, tava tudo no tema do álbum.
— Triste mesmo é saber que a gente quase não vai aproveitar. — Gu lembrou, fazendo o meu desânimo bater na boca do estômago.
Amanhã vamos fazer show o dia inteiro, e por isso antes das três da manhã a gente vai ter que meter marcha.
Bom, mas não era hora de pensar nisso. Procurei só com os olhos por ela, e não demorou muito pra ver a baixinha dançando animada com a mãe e irmã do Kay.
Beatriz tava apelativa na beleza.
Por mim eu atravessaria todas aquelas pessoas pra ir falar com ela, mas isso era um pouco impossível quando a cada passo que eu dava, precisava cumprimentar alguém.
— Olha a Bia ali. — Gu falou alto apontando pro lugar de onde eu não desgrudava os olhos desde quando chegamos.
— Onde? — Perguntei me fazendo um pouco.
Eu ainda não tinha contado pra nenhum deles que tava trocando ideia com ela desde o show.
— Ali, irmão. — Apontou de novo.
Continuamos cumprimentando as pessoas até conseguir ficar numa distância razoável pro Gu chamar ela.
— Bia!?
Beatriz paralisou tentando procurar quem tinha chamado ela, e não demorou muito pra olhar pro Gu. E mesmo que ela tenha achado o dono do grito, ela continuou procurando, até olhar pra mim e lançar um sorriso. Mas sua atenção voltou totalmente pro Gu.
Assisti meu amigo ir dar um abraço nela e fiquei esperando de canto a minha vez.
— Oi, Veigh!? — Disse me direcionando a atenção.
— Oi Beatriz, tudo bem? — Estiquei meus braços e ela andou uns centímetros pra entrar num abraço.
O perfume dela exalou deixando o contato ainda mais gostoso.
— Não me chama de Beatriz. — Cutucou minha costela de leve, me fazendo ter espasmo.
— Então não me chama de Veigh. — Rebati apertando os braços em volta dela.
— Ta bom... tico. — Se afastou rindo.
— Para de zoar meu apelido.
— Seus fãs que te deram ele? — Bebeu um gole de alguma coisa que tava no copo dela.
Fiquei em silêncio por uns segundos lembrando quem tinha me dado o apelido.
— Vamo fazer o seguinte... — Me aproximei dela. — Me chama do que você quiser. — Disse só pra ela ouvir.
Beatriz riu.
— Eu prefiro muito mais sua versão sem timidez. — Me confessou no mesmo tom.
Nos afastamos um pouco e vi o Gu me olhar desconfiado.
Ele não era bobo.— Bibia, cadê o Kay? — Gu desviou os olhos.
— Ele tava por aí. E o G.a?
— Assim que a gente chegou ele já falou que ia falar com não sei quem. — Gustavo respondeu.
Agora só iríamos achar o Gabriel de novo na hora de ir embora.
— E o copo de vocês? — Beatriz julgou olhando para as nossas mãos vazias.
— Acabamos de chegar, Bibia. — Gu riu.
— Não bebo álcool. — Disse simples, esperando a careta ou algum comentário nada inédito.
— Eu também não tô bebendo. — Me estendeu o copo dela.
Até cogitei pegar mesmo, mas segurei e dei um gole pequeno sentindo o gosto do energético de manga.
— Você não bebe tambem? — Perguntei devolvendo o copo.
— Até bebo, mas raramente. — Deu de ombros.
— Agora deem as mãozinhas e saiam saltitando. — Gu brincou.
— Olha o Kaique ali. — Bia apontou para trás da gente.
— Vamo lá, irmão. — Gustavo bateu no meu braço, me deixando um pouco frustrado.
— Já já nós volta. — Disse pra ela que sorriu pra mim.
— Avisem ele que a Esther tá chegando com a neném, por favor!?
Confirmei e ela deu as costas, voltando pra perto da família do Kay.
Notas!
amigas, obrigada pelas comentários. não sabem o quanto me motiva a continuar atualizando aqui.
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CONFISSÕES | veigh.
Fanfictionjá pensei em te procurar, mas na disputa de ego não tem ninguém certo e isso nunca vai mudar.