Ana Beatriz
vila livieiro, spConversei um pouco com o Veigh antes de ir falar com os outros meninos, e eu até tentei desenvolver um assunto ali, mas me senti engolida pelo promoter do Mike, então fiquei mais afastada com a Rafaela.
— Ai, eu odeio tanto macho assim. — Falei assim que estávamos num ambiente seguro.
— Ta falando de qual deles?
— Daquele feioso ali do lado do Mike.
Rafaela minuciosamente olhou pra rodinha e depois me olhou com os olhos de quem entendeu tudo.
— Além de feio, tem a audácia de ficar flertando comigo. — Neguei.
Eu não tenho nada contra homem feio, mas tudo contra feio desumilde que ainda se acha bonito.
— O que é pior, feio que flerta como se fosse bonito ou bonito que não tem atitude? — Rafaela fez uma pergunta difícil.
Ali era um disputa bem acirrada.
— Os dois são foda, mas a do feio me pega muito.
— Ta, então o que é pior, feio que flerta como se fosse bonito, ou cantor que tá babando por você, mas quase se treme inteiro quando chega perto?
Eu achei ser uma pergunta verdadeira, mas entendi a intenção logo quando disse que se treme inteiro.
— Rafaela, o que você quer dizer com isso? — Fui tão sonsa que quase ri de mim mesma, mas segurei o máximo.
— Não se faz, Beatriz. — Ne olhou com um falso tédio. — Eu até tava com expectativa, mas não dá. Ele é muito lerdo.
— Não viaja, Rafa. Até hoje não vi ele agir com intenções comigo. — Fui sincera.
— Ai que tá, ele tá te querendo muito, mas quer fingir que não. Me irrita. — Negou com a cabeça.
O jeito que ele me olha é realmente diferente, não que seja algo sobre paixão e nem muito menos me comendo com os olhos. E eu não sei explicar, mas é diferente.
E no fundo eu sei que ele poderia sim ter alguma intenção comigo, mas depois daquela ligação no estúdio eu achei que era pira da minha cabeça.Não deu muito tempo de mudar o assunto, já que a produção pediu pra irmos pro palco que a apresentação já ia começar.
Ficamos em uma ponta que tinha a visão ampla de todo o ambiente. E eu nunca vi a Mk tão cheia como hoje.— Imagina tá lá embaixo. — Falei no ouvido da Rafaela.
— Um dia já estivemos lá.
— Quero nem lembrar. — Fiz careta.
Meu foco foi cem por cento pro palco assim que uma música de fundo começou, e a voz dele no autotune dando um grunhido melódico que pareceu mais um especial de vídeo game.
A plateia quase enlouqueceu.
Logo vida chique começou e ele entrou dançando. Acho que essa é a única música dele que eu sei cantar mesmo.
— Ela quer um pouco de tudo que eu tenho, vampira, quer sugar minha alma. — Cantei junto com ele.
Eu gosto bastante das músicas, mas a performance dele no palco era algo muito gostoso de assistir. Não me parecia nenhum pouco o Veigh que perde a fala so de estar perto de mim.
Assistia me sentindo muito empolgada. E quase na metade do show começou uma música que eu confesso não conhecer, mas meu corpo mexia como se conhecesse.
— Deixa eu chegar mais perto, claro se me permitir. — Seus olhos pareceram procurar alguém, e assim que me viu ali no canto, veio correndo pra perto para aquele lado do palco. E mesmo um pouco distante cantou rindo. — Pra disfarçar minha timidez, chego e faço cê sorrir. Quando eu fui ver já tô na sua. Baby, me diz pra onde cê quer ir?
Veigh voltou a caminhar e performar pelo palco, mas eu fiquei completamente congelada com uma vontade de gargalhar.
— Mano, o que foi isso? — Rafaela gritou do meu lado.
A única coisa que eu consegui fazer foi dar de ombros. Nem eu entendi bem.
O resto do show foi tão divertido como o começo, e quando acabou eu me senti tão frustrada quanto aquelas pessoas na plateia. Ele era realmente bom.
Enquanto ele despedia resolvemos entrar pra dentro do camarim e esperar. Eu também aproveitei pra ir comer umas coisinhas ali.
— Eu retiro tudo que eu disse sobre ele. — Rafaela disse com a boca cheia de pão de queijo.
— Mastiga primeiro, porcona.
Minha amiga revirou os olhos, mas me obedeceu.
— É sério. Pra mim ali ele deixou muito claro que quer pegar você, e quer muito.
— E quem disse que eu quero pegar ele? — Perguntei como se aquilo não tivesse escrito em negrito na minha testa.
— Essas horas, Beatriz?
Ri me entregando.
Minha visão sobre quem ele é mudou muito rápido. E mesmo não fazendo nenhum pouco o meu tipo, ele me atraia de uma forma inexplicável. Acho que essa timidez dele fez toda a diferença.
— Fica quieta. — Impliquei bebendo um pouco do meu gin que estava puro suco já.
Do nada todo mundo entrou e pediu pra organizar tudo porque iria abrir pra tirar foto. Aquilo foi uma baldada de água fria nos meus planos de ir falar com ele.
— Acho que é melhor falar depois. — Pensei alto na intenção da minha amiga ouvir mesmo.
— Realmente, agora não dá mesmo.
Que ódio.
notas!
amanhã eu corrijo as falhas.
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CONFISSÕES | veigh.
Fanficjá pensei em te procurar, mas na disputa de ego não tem ninguém certo e isso nunca vai mudar.