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Ele me olhou nos olhos e me contive para não desviar, jamais mostre ao seu oponente vulnerabilidade

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Ele me olhou nos olhos e me contive para não desviar, jamais mostre ao seu oponente vulnerabilidade. Isso da munição a ele, e confesso que estou profundamente arrependida de ter escolhido uma mesa na janela. Mas eu tenho uma fraqueza severa pelas paisagens e amo observar os detalhes.

- O que fiz para ser tratados assim com tamanha brutalidade, pela senhorita?

Suspirei e coloquei uma pequena quantidade do meu almoço na boca, ele por sua fez tomou um gole da água que o garçom havia trazido.

- O que o senhor deseja realmente de mim? Mas quero estruturar bem a minha pergunta, para que não haja meias verdades vindas da sua boca.

- Estou ouvindo, senhorita Wélla.

- O senhor me manda flores para solicitar os serviços da minha empresa, coisa que poderia mandar um email ou pedir aos seus inúmeros assistentes entrar em contato comigo.

- A senhorita me intriga.

- A senhoritas Silveiras também o cativa, já que mandou um buquê semelhante ao que me deu para ela. Agora senhor Arturo, me diga, o que realmente quer comigo. Já lhe adianto que prefiro cortar laços do que ser alvo de seus caprichos.

- Sinceridade é uma qualidade admirável, e como a senhorita utilizou da sua, farei o mesmo. Como deve saber pretendo me casar, não é de bom tom que com 32 anos ainda não tenha uma noiva. Avaliei as possibilidades, e a senhorita me agrada demasiado. E antes que pense errado, não vejo a senhorita com objeto - levantei a sobrancelha em tédio o fazendo rir de leve - Tudo bem, talvez eu queira domar sua personalidade.

- Talvez o senhor que precise de ser adestrado - o clima ficou leve e relaxei - Obrigada por ser sincero comigo.

- Vai aceitar realizar o evento da minha empresa? - concordei levemente enquanto comemos - Quando for visitar o clube, eu mesmo irei com a senhorita. Eu fiz reformas e ainda não vi como ficou.

- Comprou um clube e não foi ver pessoalmente? - ele negou rindo - Onde fica?

- Na verdade comprei de uma família naturalista, três gerações replantando uma parte da mata Atlântica.

- Espera o senhor comprou a propriedade Atlântica Reserva? - perguntei abismada.

- Conhece?

- Eu tive a honra de plantar um pau Brasil quando tinha doze anos, o senhor fez mudanças drásticas? - negou e respirei aliviada - Graças a Deus! Aquele lugar é lindo, não sabia que haviam vendido.

- Os netos investiram errado - conversamos mais e ele pagou a conta - Gosta de comer aqui?

- Confesso que hoje foi a primeira vez e com certeza não será a última, o lugar é calmo e bonito.

Yan parou o carro e ele abriu a porta.

- Foi um almoço agradável - segurou minha mão me ajudando a entrar no carro - Espero que agora que sabe de minhas intenções, não fique tão na defensiva comigo. A propósito, está belíssima.

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