29. Quem você pode ser? Um traidor.

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Niki

— Quem é você? — pergunto, puxo a arma a apontando para sua cabeça enquanto Andrei ajuda Jasmine a colocar o cinto de segurança. — Me diga antes que eu me arrependa do que estou fazendo.

— Se arrepender de que? Cumprir as suas ordens? — questiona-me, segura a arma a trazendo até a sua testa. — Quer atirar? Ótimo, mas deixe para quando nos afastarmos. — Leva as mãos para o volante começando a dirigir sem se importar por a arma ainda estar apontada para sua cabeça. — Você fica com uma expressão muito linda quando está com raiva, mas não tem medo de causar um acidente?

— Acha que vou aceitar o que diz porque serei seu brinquedo?

— Ah, ficou irritado com isso? O que queria que eu dissesse? Ele viu o sangue em você — comenta e eu sei bem que ele reparou em mim, mas essa era a melhor desculpa que poderia dar? — Estou acostumado a andar com as pessoas com quem, bem, você sabe — diz sem finalizar o que queria devido às crianças. — Onde é o lugar que quer que eu leve você?

— A boate Paradise — profiro rapidamente.

— Quer que eu te leve para uma boate? Como esse pode ser um lugar...

— Por que tenho que dizer tudo que quer saber? — Sorri, balança a cabeça devagar.

— Tem razão, não precisa me contar nada, vou acreditar em você, se está responsável por ela é por ter a confiança da irmã dela — discorre.

— Não seria sua irmã também? — É uma pergunta que é muito provável que não responda, mas se pode ser uma maneira de conseguir saber mais dele, por que não tentar? Não tem como evitar. A arma apontada para sua cabeça não parece fazer muita diferença em sua vida.

— Temos pais diferentes, deve saber que Jasmine é filha de outra mulher — conta rapidamente.

Sim, eu sei que, na verdade, Tasya é apenas meia irmã de Jasmine, que seu pai a entregou a ela em um momento horroroso segundo o que dizem. Não foi a pessoa a me contar a história, contudo, somente em saber o que enfrentou entendo porque é desse modo hoje.

Também protegeria tudo que estivesse em meu caminho com a sua ferocidade.

Não é por esse motivo que estou implorando para derramar o sangue de alguém?

Tudo o que tenho feito não é somente por um único desejo?

Este é apenas o início do caminho que tenho que seguir.

— Sim, eu sei, então você é filho dela — concluo. Porém, pelo que eu saiba, a mulher é esposa de Dimitri Frolov, ou seja, ele é Aleksei, o filho mais velho do casal. O mais jovem não poderia estar aqui ajudando alguém a escapar. — Aleksei Frolov, certo?

— Alguém que diz o meu nome sem desprezo, uma ótima recompensa para o dia — fala e me olha de lado com os olhos brilhando de uma forma estranha, por um segundo penso que deveria baixar a arma, mas não devo deixar que a minha guarda seja transpassada.

Ele continua sendo o filho da mulher que tem atormentado Tasya mesmo depois delas terem "resolvido" a situação. Se estiver apenas me enganando. Mas e os corpos? Seu pai não vai aceitar que tenha matado os seus homens com facilidade. Sua mãe não veria a sua ação como uma traição? Afinal está impedindo que eles cheguem perto do que almejam.

— O que você quer fazendo isso? — Para tomar uma decisão desse tipo é necessário buscar por algo em troca, correr esse risco, enfrentar sua própria família para ajudar o outro lado não é um ato que seria bem visto.

Contrato de honra - Série Família Sokolov - Livro 2 - RETIRADA 28.11.2024Onde histórias criam vida. Descubra agora